Dando continuidade à discussão desta necessidade do mercado acho que é fundamental pensar na formação do livreiro de modo formal e profissional, qual seja, uma escola ou curso profissionalizante.
A indústria do livro tem uma cadeia que, na maioria absoluta de seus segmentos, precisa de profissionais com formação específica e com alguns anos de estudo direcionado para o exercício das funções. Pense nos editores, tradutores, revisores, capistas, produtores gráficos, designers etc. Todos eles tiveram que estudar alguns anos para aprender conceitos, técnicas e adquirir conhecimento específico para poderem exercer suas atividades dentro de uma editora. Da soma destes trabalhos temos o livro a ser impresso nas gráficas e que, depois, será vendido, principalmente, nas livrarias.
Quando o livro chega nas livrarias deparamo-nos com uma questão. Quem vai vender esse produto resultante de tanto trabalho especializado? Tão diferenciado em relação a outros produtos, seja pela quantidade de títulos, seja pela variedade de assuntos, seja pelo simbolismo que faz parte do próprio objeto livro: suporte para a transmissão do conhecimento.
Hoje, a maioria das pessoas que trabalha em livrarias, no atendimento direto ao cliente, não tem formação nem treinamento específico e nem perspectivas de ter acesso a eles. A exceção são umas poucas livrarias, normalmente algumas das redes, que têm visão e condições financeiras de investir em programas de treinamento para seus funcionários. Nas condições atuais do mercado, o investimento de uns poucos e o não investimento da maioria na formação de livreiros ajuda o processo de concentração a que assistimos. Qual a saída?
Imagino que possa ser a criação de uma escola para a formação de livreiros. Mas, quem se interessaria em investir num projetos desses, isto é, quem vai pagar a conta? Qual seria a abrangência geográfica da escola? Quem seriam os professores? Qual o currículo e o conteúdo a ser ministrado?
Temos no mercado do livro várias e várias instituições como SNEL, CBL, ANL, LIBRE, ABEU, ABRELIVROS, ABDR etc, etc. Salvo engano, nenhuma delas isoladamente ou em conjunto, tem um projeto de investir na formação de mão-de-obra para a ponta final da cadeia produtiva do livro, isto é, para o livreiro. Existem algumas pequenas iniciativas muito isoladas em termos geográficos e, na maioria das vezes, voltadas para a área editorial.
Por que estas instituições não se juntam por exemplo com o Senac, que tem abrangência nacional, e organizam uma escola para livreiros? O Senac tem entre suas atribuições a formação de mão-de-obra para o comércio. Pelo menos nas principais cidades as instalações físicas já existem para as aulas; onde não fosse viável a existência física do curso a educação à distância, via web, poderia ser utilizada.
A indústria do livro tem uma cadeia que, na maioria absoluta de seus segmentos, precisa de profissionais com formação específica e com alguns anos de estudo direcionado para o exercício das funções. Pense nos editores, tradutores, revisores, capistas, produtores gráficos, designers etc. Todos eles tiveram que estudar alguns anos para aprender conceitos, técnicas e adquirir conhecimento específico para poderem exercer suas atividades dentro de uma editora. Da soma destes trabalhos temos o livro a ser impresso nas gráficas e que, depois, será vendido, principalmente, nas livrarias.
Quando o livro chega nas livrarias deparamo-nos com uma questão. Quem vai vender esse produto resultante de tanto trabalho especializado? Tão diferenciado em relação a outros produtos, seja pela quantidade de títulos, seja pela variedade de assuntos, seja pelo simbolismo que faz parte do próprio objeto livro: suporte para a transmissão do conhecimento.
Hoje, a maioria das pessoas que trabalha em livrarias, no atendimento direto ao cliente, não tem formação nem treinamento específico e nem perspectivas de ter acesso a eles. A exceção são umas poucas livrarias, normalmente algumas das redes, que têm visão e condições financeiras de investir em programas de treinamento para seus funcionários. Nas condições atuais do mercado, o investimento de uns poucos e o não investimento da maioria na formação de livreiros ajuda o processo de concentração a que assistimos. Qual a saída?
Imagino que possa ser a criação de uma escola para a formação de livreiros. Mas, quem se interessaria em investir num projetos desses, isto é, quem vai pagar a conta? Qual seria a abrangência geográfica da escola? Quem seriam os professores? Qual o currículo e o conteúdo a ser ministrado?
Temos no mercado do livro várias e várias instituições como SNEL, CBL, ANL, LIBRE, ABEU, ABRELIVROS, ABDR etc, etc. Salvo engano, nenhuma delas isoladamente ou em conjunto, tem um projeto de investir na formação de mão-de-obra para a ponta final da cadeia produtiva do livro, isto é, para o livreiro. Existem algumas pequenas iniciativas muito isoladas em termos geográficos e, na maioria das vezes, voltadas para a área editorial.
Por que estas instituições não se juntam por exemplo com o Senac, que tem abrangência nacional, e organizam uma escola para livreiros? O Senac tem entre suas atribuições a formação de mão-de-obra para o comércio. Pelo menos nas principais cidades as instalações físicas já existem para as aulas; onde não fosse viável a existência física do curso a educação à distância, via web, poderia ser utilizada.
É claro que não adianta somente uma formação teórica para os livreiros; é necessária também uma formação prática e, neste caso, a criação de livrarias-escola vinculadas ao Senac seria fundamental. Também poderiam ser feitos convênios com livrarias, sejam elas de rede, sejam as chamadas independentes, onde esses alunos pudessem estagiar.
Outra questão prática aparece: quem seriam os professores? Acho que os mais indicados são os inúmeros profissionais que hoje trabalham em editoras e livrarias e que já têm anos e anos de experiência; experiência essa que pode e deve ser transmitida nas áreas comercial, editorial, marketing, financeira, logística, web etc. Isso não exclui, é claro, professores universitários que já atuam em áreas ligadas ao tema.
Na questão do currículo, do conteúdo, alguns temas gerais deveriam estar presentes:
Outra questão prática aparece: quem seriam os professores? Acho que os mais indicados são os inúmeros profissionais que hoje trabalham em editoras e livrarias e que já têm anos e anos de experiência; experiência essa que pode e deve ser transmitida nas áreas comercial, editorial, marketing, financeira, logística, web etc. Isso não exclui, é claro, professores universitários que já atuam em áreas ligadas ao tema.
Na questão do currículo, do conteúdo, alguns temas gerais deveriam estar presentes:
- breve história do livro;
- história do livro no Brasil;
- pequena história das livrarias;
- pequena história das editoras;
Com formação profissional de qualidade acho que será possível mostrar para as pessoas que é viável, que é factível fazer uma carreira dentro de uma livraria; que é possível crescer e ter uma boa remuneração. Trabalhar em livraria vai deixar de ser um emprego temporário até que apareça algo melhor para a pessoa ou que ela termine a faculdade. Acho que só assim o mercado do livro como um todo, poderá se consolidar de vez como uma atividade econômica importante para o país. Hoje, a ponta final, que está na livraria, no livreiro, ainda é muito frágil.
Um comentário:
É realmente notório a falta de conhecimentos básicos de certos livreiros ou(vendedores de livros). Além de desprestigiar o lugar que ocupam e a livraria, também ficam mal vistos perante os seus pares e os clientes em particular. Concordo inteiramente com uma formação prévia.
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