tag:blogger.com,1999:blog-8147585848629748862024-02-07T16:58:43.205-03:00livros, livrarias e livreirosTem por objetivo trocar ideias sobre livros, leitura, livrarias físicas, livrarias virtuais, e-commerce B2B e B2C, formação de livreiros, cauda longa, nichos de mercado, fidelização de clientes, história do livro, direitos autorais, acesso, e-book, e-reader, livro digital, bibliodiversidade. Enfim, mercado editorial em geral.Jaime Mendeshttp://www.blogger.com/profile/14377094846833275102noreply@blogger.comBlogger72125tag:blogger.com,1999:blog-814758584862974886.post-54957440116538974322020-06-18T16:18:00.001-03:002020-06-18T16:18:57.352-03:00De como chegamos a este estado de coisas<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14pt;"> </span><span style="font-size: 14pt; text-align: justify;">Em 11 de janeiro de 2020 foi registrada, na China, a primeira
morte por Covid-19.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">A população mundial hoje está na ordem dos 7,8 bilhões de
pessoas. Há 100 anos a população era de 1,8 bilhões e no início da 2ª Guerra
Mundial (1939) era de 2,3 bilhões de pessoas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Os dados anteriores são apenas para comparar com os a seguir,
para termos noção da ordem de grandeza da situação em que nos encontramos. Neste
mês de abril existem cerca de 4 bilhões de pessoas (52%) obrigadas ou
incentivadas pelos governos de seus países a ficaram confinadas em suas casas,
segundo levantamento da Agência France Press divulgado dia 07/4/2020.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Entre a metade de março e a metade de abril, 22 milhões de
pessoas nos USA solicitaram o seguro desemprego. No Brasil o desemprego pode
atingir o acumulado de 17 milhões de pessoas no final de abril, contra os 12
milhões no fim de Fevereiro, segundo o IBGE. Em Portugal, um milhão de pessoas
estão em lay-off, o que ainda não é o desemprego, mas é uma perda de 1/3 nos
rendimentos dos trabalhadores. A taxa de desemprego estava em 6,5% ao fim de
fevereiro e passou para 8,9% no fechamento de março. Em Portugal, são agora 344
mil trabalhadores desempregados no total.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Com estes dados a economia mundial despencou. E o mercado do
livro não é imune a isso. No Brasil, a queda do faturamento está em 47,47% na
semana de número 15 do ano, segundo a Nielsen. Em Portugal, segundo dados da
GFK para a mesma semana 15 (de 6/4 a 12/4), a queda de faturamento nas
livrarias já está em 84% na comparação com ano anterior. Em Portugal as
livrarias vão reabrir agora em 04 de maio com a limitação de uma pessoa para
cada 20 m2. Os shoppings (centros comerciais) permanecem fechados até 31 de maio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">O mercado do livro está numa situação de UTI / cuidados
intensivos, tanto no Brasil quanto em Portugal, para ficar somente nestes dois
países. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt;">Entretanto, é necessário ter claro que o vírus da Covid-19 </span><b style="font-size: 14pt;">só
potencializou uma situação de fragilidade que já existia no mercado do livro</b><span style="font-size: 14pt;">.
Não querer ver isso, é tal qual na história de Andersen, “A roupa nova do
Imperador”, onde o Rei estava nu. E essa fragilidade, no Brasil, veio sendo
construída ao longo de 4 décadas, pelo menos, desde os anos 1980 do século
passado.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Assim, para primeiro sobreviver a esta crise e, depois,
seguir em frente, é fundamental levantar dados e analisá-los. Sugiro três
etapas:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">1 - caracterizar a situação atual;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">2 - entender como se chegou a esta situação;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">3 - propostas para fazer diferente e seguir em frente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">1 - SITUAÇÃO ATUAL: FRAGILIDADE.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">No Brasil, em 2018, o mercado do livro foi pego de surpresa
com os processos de Recuperação Judicial da Saraiva, Cultura e Bookpartners,
sendo que, esta última, já teve a falência decretada em 09/03/2020 (ver </span><a href="https://www.publishnews.com.br/materias/2020/03/11/justica-decreta-falencia-da-bookpartners"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">aqui</span></a><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"> no PN). Com isso, ficou escancarada
a concentração da venda e a consequente situação de dependência, que anda de
mãos dadas com a fragilidade. De um mês para o outro, a quase totalidade das
editoras perdeu entre 40% e 60% do faturamento que estes 3; sim, um, dois, três
clientes representavam. Mas, a surpresa da RJ não pode explicar, por si só, o
momento atual.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Aliás,
sem surpresas, a concentração da venda continua, mas está mudando de endereço.
Em 08 de novembro de 2017, em um artigo aqui no </span><a href="https://www.publishnews.com.br/materias/2017/11/08/amazon-e-o-boi-de-piranha"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">PublishNews</span></a><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">
escrevi: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div style="background: white; line-height: 18.75pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<i><span style="color: black; font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-color-alt: windowtext; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">“</span></i><i><span style="color: #333333; font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 14.0pt; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">A Amazon vai ter uma participação significativa no mercado do
livro no Brasil? SIM.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 18.75pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<i><span style="color: #333333; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Ao final de 2018 será o 1º ou 2º cliente de todas as editoras e
distribuidores que fornecem diretamente para ela.”</span></i><span style="color: #333333; font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 18.75pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">O outro ponto da fragilidade é com relação aos descontos exigidos
pelos maiores clientes em faturamento, sejam livrarias ou não. Depois pelos
descontos que esses clientes oferecem nos seus e-commerces e, na outra ponta,
pelos descontos praticados pelas editoras diretamente ao leitor em seus sites.
Tudo isso contribui para, a cada ano, a cada mês, a cada dia, diminuir o
tamanho do mercado em pontos de venda, tanto para as editoras quanto para o
leitor. Qualquer mercado que tem seus pés fincados no desconto, e não na margem
para o negócio, não tem futuro. A diminuição dos pontos de venda, com o
crescente fechamento de livrarias, também vai afetar as editoras,
principalmente as que têm menor capacidade (caixa) para publicar. Com isso, a
oferta de variedade editorial, a bibliodiversidade, vai diminuir e as ideias,
principalmente as não hegemônicas, terão menor possibilidade de circular. Uma
sociedade democrática precisa da diversidade de ideias para existir.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">No meio desta pandemia os descontos praticados por editoras,
pequenas e grandes em faturamento, e por sites de varejo, de livrarias ou não,
chegam aos 50%. Mesmo em Portugal, onde existe a Lei do Preço Fixo, sempre há
um jeito de contornar e está acontecendo também. Este exagero pode ser
explicado, um pouco, pelo momento de desespero que se vive agora, em que cada
um só consegue pensar em soluções individuais e nas contas que tem para pagar
amanhã. Mas, será sustentável? Durante quanto tempo se terá fôlego para manter
essas práticas?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">2 - SOBRE COMO CHEGAMOS À ATUAL SITUAÇÃO.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Como aconteceu essa concentração? Quando comecei no livro, em
1981, os descontos das editoras para as livrarias eram de 30% e 35%. Em alguns
poucos casos chegava-se aos 40%. Hoje os descontos começam em 40% (salvo raras
exceções de 35% em alguns segmentos dentro dos livros CTP, os Científicos,
Técnicos e Profissionais) e vão até os 65%, pelo menos. Os livros didáticos de
ensino fundamental e médio não entram nesta análise.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Temos um passado de vivência e sobrevivência a inflações
altíssimas. E isso deixa marcas na cultura, nas mentalidades e nos negócios
também. E o histórico cultural, as mentalidades, não se mudam por decreto. Por
exemplo, as negociações de desconto entre editoras e distribuidores e livrarias
não são de um em um, mas de cinco em cinco pontos percentuais. Já ouvi em muita
negociação comercial o cliente dizer que só tinha 40% de desconto. E eu tinha
que mostrar que isso lhe proporcionava 66,67% de margem bruta de retorno. Assim
como 50% de desconto é 100% de retorno, e 65% de desconto são imorais 185,71%
de retorno.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Voltando à inflação. Decorrente do grande endividamento
externo realizado durante os governos do período da Ditadura Militar, a
inflação pulou dos mais de 200% ao ano em 1985, chegando aos quase 2.000% no
governo Sarney (1985-1990), aos 1.119% no governo Collor (1990-1992) e a
inacreditáveis quase 2.500% no governo Itamar (1993-1994). Algo tinha que ser
feito e veio, então, o Plano Real.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Como era o negócio do livro nessa época? No início dos anos
1990 se ganhava mais dinheiro com a especulação em cima da inflação do que com
o resultado do trabalho. E o overnight era o meio para tal. As editoras, assim
como todos os negócios, foram obrigadas a reajustar os preços mensalmente pelo
índice da inflação. Foi a época em que as grandes livrarias e os distribuidores
mais ganharam. Dia 30 de um mês se compravam, por exemplo, 500 exemplares do
Alquimista (Paulo Coelho) a CR$ 100,00 (cruzeiro real era a moeda) de preço de
capa. Se a inflação do mês tivesse sido de 40%, um ou dois dias depois, apenas no
trajeto do depósito da editora para os distribuidores e livrarias, estes já
teriam ganho mais Cr$ 40,00, pois o novo preço de capa já seria CR$ 140,00. A
seguir, existia o interesse que o leitor pagasse o livro à vista, isto é, somente
em dinheiro, e para tal, dava-se um desconto. O dinheiro dessas vendas depois
era aplicado diariamente no overnight. Assim, foi-se construindo essa prática
nefasta de desconto no livro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Como a inflação crescia a cada mês, as editoras tiveram que passar
a fazer reajustes quinzenais, depois semanais, até passarem a reajustes
diários. Na sexta-feira de cada semana as livrarias recebiam uma lista das
editoras com os preços para cada dia da semana seguinte. Em seguida cada
editora chegou a ter uma “moeda” fictícia própria, cuja quantidade era
multiplicada pelo valor da URV (Unidade Real de Valor), instituída em fevereiro
de 1994. O valor da URV era diariamente determinado pelo governo. Em julho desse
mesmo ano, mudou-se mais uma vez a moeda no Brasil e foi instituído o atual
Real (R$). Um Real começou valendo uma URV ou os equivalentes CR$ 2.750,00
(cruzeiros reais), que foi a cotação do dia anterior. A URV deixou de existir a
partir de então. Dali pra frente era simplesmente Real (R$). Também houve a
paridade cambial e um dólar valia um real. Foi verdade! Mas isso, já ficou na
“história”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Uma mudança tão radical assim é difícil de ser assimilada com
rapidez nos negócios. Quem estava acostumado a ganhar dinheiro com a
especulação e não conseguiu se adaptar rapidamente, foi tendo dificuldades e,
alguns distribuidores acabaram por fechar nos anos seguintes. A maior rede de
livrarias da época, a Siciliano, achou outra forma de se adaptar à nova
realidade. Qual foi? Exigir mais desconto das editoras, principalmente daquelas
que tinham best-sellers e, portanto, dependiam da Siciliano para distribuir os
livros em “pilhas” pelas lojas, pois algumas já eram nos shoppings. Uma editora
cedeu à pressão e, na sequência, outras tiveram que acompanhar. E, assim, foi
quebrada a barreira dos 50% de desconto que, até hoje, não retrocedeu a esse
patamar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Com a estabilidade da economia sempre existe investimento e
surgem mais negócios. Em maio de 1996 a Livraria Saraiva inaugura a 1ª
megastore no Brasil, no shopping Eldorado em São Paulo. Em junho de 1997 é a
vez do Rio de Janeiro com a mega da Rua do Ouvidor. Era a grande novidade da
época. Nas palavras do então <span style="background: white; color: black;">diretor-superintendente
da empresa, José Luiz Próspero:</span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><span style="background: white; color: black;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span style="background: white; color: black; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">"A Saraiva vem namorando esse conceito de
megastore há mais de oito anos. Essa tendência é muito forte nos EUA e, em São
Paulo, está dando muito certo".<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Fonte</span>:
<a href="https://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq190620.htm">https://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq190620.htm</a><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Também em 1997 é inaugurado o Ática Shopping Cultural, no
bairro de Pinheiros em São Paulo. O mercado crescia e atraiu a atenção externa.
Em julho de 1998 a rede francesa Fnac compra o Ática Shopping e vai
reinaugurá-lo com o nome Fnac em 01/06/1999. Nasceu com uma estratégia de
negócios bem definida. Nas palavras de <span style="color: black;">Pierre Courty,
diretor-geral da empresa no Brasil <i>"Os produtos nacionais serão, com
certeza, muito mais baratos aqui".</i><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: black; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Fonte </span><a href="https://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq28059911.htm">https://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq28059911.htm</a><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="https://www.publishnews.com.br/estaticos/uploads/2020/05/x8rPBMmCAPRaMjsbMOceAy8jI2VYg5C8mEvfR5pDxYdvMglbesXMAGBlSnDXCTAzFIqlTy5Qzi2EU6m1e.png.pagespeed.ic.HgqIEw4NxU.webp" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="196" data-original-width="165" src="https://www.publishnews.com.br/estaticos/uploads/2020/05/x8rPBMmCAPRaMjsbMOceAy8jI2VYg5C8mEvfR5pDxYdvMglbesXMAGBlSnDXCTAzFIqlTy5Qzi2EU6m1e.png.pagespeed.ic.HgqIEw4NxU.webp" /></a><span style="background: white; color: black; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-themecolor: text1;"> Instituiu, assim, o “Preço
Verde”, um selo adesivo que era colado nos livros, CDs e DVDs, e que dava 20%
de desconto nos primeiros 30 dias de lançamento (chegada) desses produtos em
loja. O que era, e ainda é proibido na França. As outras livrarias,
principalmente as maiores, optaram por acompanhar a Fnac nessa estratégia, e
começaram a dar descontos também. Para preservarem sua margem, começaram a
exigir mais descontos das editoras que, mais uma vez, na sua grande maioria,
cedeu.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: black; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-themecolor: text1;"><o:p> </o:p></span><span style="font-size: 14pt;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Ainda em 1999, em novembro, com vistas a pegar a época do
Natal, é lançado com grande divulgação, com uso de out-doors e propaganda na TV
aberta, o site do Submarino. Mais uma vez a estratégia de negócio era centrada
no desconto. Desta vez muito agressivo, superior a 30%, tanto que muitos
livreiros ligaram para as editoras reclamando. Para saber mais sobre a
estratégia de venda de grandes varejistas apoiada no desconto, ver este artigo </span><a href="https://www.publishnews.com.br/materias/2018/04/24/boi-de-piranha-2-o-livro"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">aqui</span></a><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"> no Publishnews.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Se até aqui o foco foi o desconto, a outra variável que
ajudou a chegar à situação atual, foi a concentração. Tanto de livrarias quanto
de editoras, sendo que estas últimas, até pelo gigantismo, foram ficando cada
vez mais reféns das redes de livrarias, por mais contraditório que isso possa parecer.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Com o Plano Real a inflação foi contida. Nos governos de FHC
(1995-2002) variou entre 1,65% (1998) e 12,53% (2002). Não considerei o ano de
1995, o primeiro após a implementação do Real, no qual se baixou a inflação de
916,43% (1994) para 22,41% (1995). Nos governos de Lula (2003-2010), a variação
ficou entre 3,14% (2006) e 9,30% (2003). Esta relativa ao ano seguinte ao
último ano de FHC (2002). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Este cenário de estabilidade estimulou a expansão das livrarias,
com a ajuda de financiamentos do BNDES. Propiciou também a entrada de editoras
estrangeiras para atuação direta no mercado brasileiro. E as maiores editoras
nacionais começaram a comprar editoras menores por oportunidade de negócio, mas
também para se defenderem da entrada das estrangeiras. Tudo isto aconteceu
essencialmente entre 2000 e 2010, com uma ou outra aquisição em 2011.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">2.1 - EXPANSÃO DAS LIVRARIAS.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">A primeira importante expansão é a da Livraria Cultura para
além das fronteiras de São Paulo. Em 2003 inaugura a loja em Porto Alegre, que
logo vira a 2ª loja em faturamento do grupo. Em 2004 abre a loja de Recife. E
prossegue abrindo lojas a cada ano.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">A Fnac também já vinha expandindo. Tinha aberto em 2001 a
loja no Rio de Janeiro. Ainda existia a Laselva que tinha participação
importante no mercado com as lojas nos aeroportos. Um parêntesis: a Laselva, em
Recuperação Judicial desde maio de 2013, teve a falência decretada em
05/03/2018, noticiou o </span><a href="https://www.publishnews.com.br/materias/2018/03/07/e-decretada-falencia-da-laselva"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">PN</span></a><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Mas, o marco divisório da concentração nas livrarias acontece
em 06/03/2008, quando a Saraiva compra a Siciliano, a maior rede até então. Às
36 lojas da Saraiva vão somar-se as 63 da Siciliano criando-se, assim, um
gigante do varejo de livros com 99 lojas distribuídas por 13 estados (SP; RJ;
MG; ES; PR; SC; RS; GO; BA; PE; PB; RN; CE) além do Distrito Federal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">E esta aquisição traz mais um custo para as editoras e uma
imensa vantagem competitiva para a Saraiva no mercado. Via de regra, a
Siciliano tinha descontos entre 5% e 10% (conseguidos no pós-Plano Real, como
já mencionado) maiores do que a Saraiva. Com a aquisição, a Saraiva forçou para
manter as condições que a Siciliano tinha, e acabou por conseguir isso das
editoras, salvo raríssimas exceções.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Era acirrada a disputa para abertura de novas lojas,
principalmente em shoppings. As negociações eram longas e feitas com muita
antecedência antes da abertura efetiva de uma loja. Em 2011 existiam 430
shoppings no país por onde circulavam <b>mensalmente</b> 376 milhões de
pessoas. O Brasil tinha então 191 milhões de habitantes. Impressiona, não?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Como resultado dessa corrida, na metade de 2012 a situação
das principais redes de livrarias, em número de lojas, era a seguinte:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">100 lojas, tinha a Saraiva. Base São Paulo;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">32 lojas, </span><span style="color: black; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-color-alt: windowtext;">tinha
</span><span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">a Livraria Leitura. Base
Minas Gerais;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">20 lojas, </span><span style="color: black; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-color-alt: windowtext;">tinha
</span><span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">a Livrarias Curitiba.
Base Paraná;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">13 lojas, </span><span style="color: black; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-color-alt: windowtext;">tinha
</span><span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">a Livraria Cultura. Base
São Paulo;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">11 lojas, </span><span style="color: black; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-color-alt: windowtext;">tinha
</span><span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">a Fnac. Base São Paulo;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">7 lojas, </span><span style="color: black; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-color-alt: windowtext;">tinha
</span><span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">a Livraria da Travessa.
Base Rio de Janeiro;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">6 lojas, </span><span style="color: black; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-color-alt: windowtext;">tinha
</span><span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">a Livraria da Vila. Base
São Paulo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Obs: não considerei a Nobel como rede pois as lojas não têm
uma administração centralizada. As lojas são franquias e a negociação com as
editoras é individualizada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">2.2 - ENTRADA DAS EDITORAS ESTRANGEIRAS PARA ATUAÇÃO DIRETA
NO PAÍS.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Segue
uma rápida cronologia:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Grupo <b>Pearson</b> (Inglaterra)
entrou no mercado em 1996 e comprou a editora Makron Books no ano 2000.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Grupo <b>Vivendi </b>(França),
em parceria com o grupo Abril, comprou as editoras Ática e Scipione em 1999.
Saiu do Brasil em 2004 e o grupo Abril comprou a sua parte.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Grupo Prisa-<b>Santillana</b> (Espanha)
entrou no mercado em 2001 com a compra das editoras Moderna e Salamandra. Em
2005 comprou 75% da editora Objetiva.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<b><span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Elsevier </span></b><span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">(Holanda) chegou em 1976 no
mercado nacional em parceria com a editora Campus. Suas compras foram as
seguintes:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">2002 a editora Alegro<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">2002 a editora Negócio<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">2005 a editora Impetus<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">A <b>Larousse </b>(França)
chegou em 2003.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Grupo <b>Planeta </b>(Espanha)
chegou em 2003. Em 2006 comprou a editora Academia da Inteligência.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<b><span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Edições SM </span></b><span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">(Espanha) chegou em 2004.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<b><span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Almedina</span></b><span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"> (Portugal) chegou em 2005.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<b><span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Penguin</span></b><span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"> Books (USA) em 2005 fez uma
joint-venture com a Companhia das Letras e, em 2011, comprou 45% do capital
dessa editora.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Grupo <b>Leya </b>(Portugal)
chegou em 2009. Em 2010 fez uma parceria com a editora Barba Negra. Em 2011
comprou a editora Casa da Palavra.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<b><span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Thomson</span></b><span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"> <b>Reuters </b>(USA) em 2010
comprou a editora Revista dos Tribunais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">2.3 - E AS EDITORAS NACIONAIS TAMBÉM FORAM ÀS COMPRAS.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Mais uma rápida cronologia:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">A <b>Guanabara Koogan</b> comprou
editoras nos seguintes anos:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">1994 a LTC<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">2007 a Forense<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">2007 a Método<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">2008 a Santos<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">2010 a Forense Universitária<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">2011 a EPU<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">2011 a Roca<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">2011 a AC Farmacêutica<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Todas essas editoras estão sob a
holding GEN | Grupo Editorial Nacional criada em 2007.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">A <b>Record </b>também foi às
compras e fez as seguintes aquisições editoriais:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">1997 a Bertrand Brasil<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">1997 a Civilização Brasileira<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">1997 a
Difel</span><span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">2001 a
José Olympio</span><span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">2004 a
Best-Seller</span><span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">2005 joint-venture com a
canadense Harlequim Books<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">2010 a Verus<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">A <b>Saraiva</b> comprou editoras
nos anos de:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">1998 a Atual<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">2000 a Renascer<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">2001 a Solução<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">2003 a Formato<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Com a compra da Siciliano vieram
também as editoras:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">2008 a ARX<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">2008 a ARX Jovem<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">2008 a Futura<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">2008 a Caramelo<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">A <b>Ediouro </b>comprou editoras
nos anos:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">2002 a Agir<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">2004 a Relume-Dumará<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">2005 e 2007 a Nova Fronteira<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">2006 parceria com a Thomas
Nelson<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">2007 a Nova Aguilar<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">2008 a Desiderata<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">A <b>Sextante</b> fez uma compra
diferente. Tem inteligência de negócio aqui.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">2007 a Intrínseca (apenas 50%)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">A <b>Artmed</b>
(atual Grupo a) comprou em:</span><span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">2009 a
McGraw-Hill Education no Brasil</span><span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">A <b>IBEP/Companhia Editora
Nacional</b> comprou em:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #FFF9EE; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">2010 a Conrad<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Tanta movimentação no mercado só poderia gerar uma produção
elevada. A pesquisa da Fipe, contratada pela CBL e SNEL, apresenta os seguintes
números para o ano de 2011:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">20.406 novos ISBN publicados. Se divididos pelos 249 dias
úteis do ano, seria uma média de 82 novos livros por dia. Onde e como colocar
tantos livros nas livrarias?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">304 milhões de exs produzidos para mercado (exclui governo).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">284 milhões de exs vendidos no mercado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Portanto, sobra de 20 milhões de exemplares só neste ano. Não
esquecer dos exemplares que vêm sobrando de cada ano anterior. Logo, há muitos
milhões de exemplares nos estoques das editoras. Isso tem custo!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Voltando à pergunta “Onde e como colocar tantos livros, e quais
livros, nas livrarias?” Como isso foi fragilizando o mercado e acentuando a
concentração?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Com a predominância das livrarias de rede nos shoppings,
grandes concentradores de fluxo de pessoas como visto, e com o espaço físico
finito nas lojas, as já mencionadas redes, sem exceção, viram que poderiam
monetizar o espaço de exposição. E começaram a vender de forma direta ou
disfarçada, via participação em encartes promocionais, o espaço nas lojas. Os nomes
dados a esses espaços lembram os utilizados pelos supermercados: gôndola, ponta
de gôndola, linha de caixas, mesa, ilha, ilha central etc. Também se adesivava
o chão e a vitrine, além de banners, totens e displays espalhados pelas lojas. Em
algumas delas existiam aparelhos de TV reproduzindo imagens relativas aos
livros selecionados. Isso sem falar das “pilhas” de livros. Acreditava-se
(continuam?) que as “pilhas” vendiam o livro por si só.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">As grandes editoras supra citadas, principalmente as da linha
de Obras Gerais, na classificação da pesquisa da Fipe, eram o foco dessas
ações. Como existia a lógica de publicar muito para aumentar as chances de se
criar / achar um best-seller, a disputa entre elas era acirrada por esses
espaços de exposição. Com isso ficavam em desvantagem nas negociações com as redes.
O objetivo final era conseguir fazer com que determinados livros chegassem às
listas de mais vendidos. Na época, a lista da Veja era a mais importante. Ela quase
que determinava a exposição e as tiragens e reimpressões. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Existia ainda a premissa da novidade e a falácia de que, sem
ela, não se venderiam livros. A definição de novidade era somente o que tinha
sido publicado “ontem” e, não, o livro que o leitor ainda não tinha lido ou
comprado. Lembro de uma vez, quando fazia a apresentação de alguns livros da
Zahar para a equipe de vendas da Siciliano - numa das suas lojas -, ao falar da
Trilogia Tebana, do Sófocles, uma pessoa me perguntou se esse livro vendia.
Respondi com a verdade: sim. Vendia e vende há mais de 2.500 anos!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">A cada ano esse esforço das editoras para vender milhares de
exemplares, mas de poucos títulos e que, por necessidade, que essa venda
acontecesse nas redes para entrar nas listas de mais vendidos, (eram as redes
que forneciam os números das vendas para a elaboração das listas), acabou
minando, pouco a pouco, a venda desses best-sellers nas livrarias menores em
espaço físico e que, além disso, também tinham menores descontos. Queda nas
vendas, e margem menor nos produtos, levou ao fechamento anual de pequenas
livrarias por todo o país, como demonstra pesquisa do IBGE divulgada </span><a href="https://www.publishnews.com.br/materias/2019/12/09/ibge-aponta-que-no-brasil-tem-mais-municipios-com-videolocadoras-do-que-com-livrarias"><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">aqui</span></a><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"> no Publishnews:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="background: white; color: #333333; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Em 2001, 2.374 municípios brasileiros (42,7% do
total) contavam com pelo menos uma livraria. Em 2018, apenas 985 dos 5.570
municípios brasileiros (17,7%) tinham esse tipo de estabelecimento.</span></i><i><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="background: white; color: #333333; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://www.publishnews.com.br/estaticos/uploads/2020/05/6F9xguJ4XdKWMp09qBZngrZPOjXnS7Y6VbUQJHdYN5t2hRP5wvr1wnVn3yYY5XptUknkYLLaIWL4XcHI.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="316" data-original-width="529" height="380" src="https://www.publishnews.com.br/estaticos/uploads/2020/05/6F9xguJ4XdKWMp09qBZngrZPOjXnS7Y6VbUQJHdYN5t2hRP5wvr1wnVn3yYY5XptUknkYLLaIWL4XcHI.png" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="background: white; color: #333333; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-no-proof: yes;"><v:shape id="Imagem_x0020_1" o:spid="_x0000_i1025" style="height: 237pt; mso-wrap-style: square; visibility: visible; width: 396.75pt;" type="#_x0000_t75">
<v:imagedata o:title="" src="file:///C:/Users/JAIME~1.MEN/AppData/Local/Temp/msohtmlclip1/01/clip_image002.png">
</v:imagedata></v:shape></span><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span><span style="font-size: 14pt;">Porém, é importante registrar que essas livrarias menores em
espaço físico, sempre com raras exceções é claro, quase nada fizeram para mudar
esse cenário. O que sempre ouvi, na função de gerente/diretor comercial de
editoras era, em primeiro lugar, pedidos de mais desconto para a livraria e,
depois, a reclamação de que a internet estava tirando o público das livrarias
assim como a venda com descontos elevados. E só.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Por experiência própria, sei que é possível fazer diferente.
Atuei como livreiro entre 1992 e 1999, com loja na mesma rua da Argumento
Leblon, no Rio de Janeiro, e ainda com a livraria Letras e Expressões a 200 m.
Lojas próximas não são problema a priori. Cada uma tinha clientela fiel e
clientes em comum também, pois cada uma tinha acervos diferentes. A fidelidade
era ao acervo e ao atendimento, ao serviço prestado. Desconto não fideliza!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Mas isto é assunto para o próximo tópico:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">3 – PROPOSTAS PARA FAZER DIFERENTE E SEGUIR EM FRENTE,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">que fica para um próximo artigo, pois este já ficou longo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="background: white; color: #333333; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">As ideias expostas não representam as de
quaisquer empresas ou instituições a que estou ou estive vinculado.</span></i><i><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="background: white; color: #333333; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="background: white; color: #333333; font-size: 14.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Publicado originalmente no <a href="https://www.publishnews.com.br/materias/2020/05/05/de-como-chegamos-a-este-estado-de-coisas">Publishnews</a> em 05/05/2020.</span></i></div>
<br />Jaime Mendeshttp://www.blogger.com/profile/14377094846833275102noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-814758584862974886.post-82607911673336717752020-04-28T19:05:00.001-03:002020-06-18T14:15:58.361-03:00Boi de Piranha 2: o livro<h2>
<br /></h2>
<span style="font-size: 14pt; text-align: justify;">Warren Buffett vendeu ações do Wal-Mart.</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">De 56 milhões de ações que tinha no fim de 2015, passou para
apenas 1 milhão e 400 mil em fevereiro de 2017.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Mas o que isto tem a ver com o mercado do livro?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Tudo!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">A estratégia de Buffett segue a realidade nos USA. No
primeiro trimestre de 2017 foram fechadas 2.880 lojas físicas, contra 1.153 no
mesmo período em 2016. A causa é o comércio online ou, se quiserem um nome, a
Amazon, que em 2017 ficou com 44% das vendas do e-commerce segundo pesquisa da
One Click Retail (fonte: Portal NOVAREJO).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">No Brasil, em 2016, foram fechadas quase 109 mil lojas
físicas, segundo a CNC – Confederação Nacional do Comércio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt;">E varejo, o que é?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Varejo é a atividade econômica da venda de um bem ou um serviço
para o consumidor final, ou seja, uma transação entre um CNPJ e um CPF.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">As vendas pelo e-commerce crescem a cada ano e, no Brasil,
não é diferente. Pelos dados da E-bit, o faturamento foi de R$ 44,4 bilhões em
2016 e de R$ 47,7 bilhões em 2017. </span><span style="font-size: 14pt;">Desse faturamento o livro representou apenas 3,2% em 2016,
ficando na 8ª posição.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Dados referentes a 2016:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://www.publishnews.com.br/estaticos/uploads/2018/04/CLFoMUdLtOEHVLIhptJx88oGwjvDBYM9Gh8E8XAf8kCBMDkhZEBnoREwV1JfviRbLXo1wpLIGlYbUkxV.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="191" data-original-width="567" src="https://www.publishnews.com.br/estaticos/uploads/2018/04/CLFoMUdLtOEHVLIhptJx88oGwjvDBYM9Gh8E8XAf8kCBMDkhZEBnoREwV1JfviRbLXo1wpLIGlYbUkxV.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Em 2017, em faturamento, o livro nem aparece entre os 10
primeiros, representando, portanto, menos de 2,2%. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Dados referentes a 2017:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://www.publishnews.com.br/estaticos/uploads/2018/04/aDgCCPklRkBfzS9DkGUiRF7EdxKOpha3QSpj0fUFbwbyrflFNBGhDXR9iqRrIYL9ByUo0e49Kz50DdHk.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="186" data-original-width="567" src="https://www.publishnews.com.br/estaticos/uploads/2018/04/aDgCCPklRkBfzS9DkGUiRF7EdxKOpha3QSpj0fUFbwbyrflFNBGhDXR9iqRrIYL9ByUo0e49Kz50DdHk.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-no-proof: yes;"><!--[if gte vml 1]><v:shape
id="Imagem_x0020_1" o:spid="_x0000_i1029" type="#_x0000_t75" style='width:425.25pt;
height:139.5pt;visibility:visible;mso-wrap-style:square'>
<v:imagedata src="file:///C:/Users/JAIME~1.MEN/AppData/Local/Temp/msohtmlclip1/01/clip_image003.png"
o:title=""/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]--></span><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Mas, se é tão pouco, por que dos 5 maiores varejistas do
e-commerce, 4 vendem livros (não considerei a Privalia por somente fazer ações
pontuais), e nenhum deles é um e-commerce que também tem livraria física?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://www.publishnews.com.br/estaticos/uploads/2018/04/2QywDFgpdHVDM4GecMzgDsUYc6vnju65i6K8ityepQkt3DxGQQ2cAnj9qtIMTwd3d8afubP2CmJhR20v.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="285" data-original-width="546" src="https://www.publishnews.com.br/estaticos/uploads/2018/04/2QywDFgpdHVDM4GecMzgDsUYc6vnju65i6K8ityepQkt3DxGQQ2cAnj9qtIMTwd3d8afubP2CmJhR20v.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-no-proof: yes;"><!--[if gte vml 1]><v:shape
id="Imagem_x0020_3" o:spid="_x0000_i1028" type="#_x0000_t75" style='width:408.75pt;
height:213.75pt;visibility:visible;mso-wrap-style:square'>
<v:imagedata src="file:///C:/Users/JAIME~1.MEN/AppData/Local/Temp/msohtmlclip1/01/clip_image005.png"
o:title=""/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]--></span><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">É sempre bom lembrar que o primeiro produto a ser comercializado
no e-commerce foi o livro, mais precisamente em 03/04/1995 na Amazon. O
primeiro exemplar foi “Fluid Concepts and Creative Analogies: computer models
of the fundamental mechanisms ot thought”, de Douglas Hofstadter. Um livro da
categoria CTP (Científicos, Técnicos e Profissionais) sobre inteligência
artificial e aprendizado de máquina. Profético, não?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Durante muitos anos, até 2009, o livro foi a categoria mais
vendida em quantidade de pedidos no e-commerce no Brasil. Com o crescimento e
amadurecimento deste mercado, ano após ano, vem sendo ultrapassado por outras
categorias, mas ainda está entre as 10 mais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Dados referentes a 2016:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://www.publishnews.com.br/estaticos/uploads/2018/04/05KaymttndWhkbL9y9q79MZrPNmZAg0gfciyVo4lyD4z8pnGBhz37FYL1JWiokuw8XYwa0I2ytNzIS00.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="207" data-original-width="559" src="https://www.publishnews.com.br/estaticos/uploads/2018/04/05KaymttndWhkbL9y9q79MZrPNmZAg0gfciyVo4lyD4z8pnGBhz37FYL1JWiokuw8XYwa0I2ytNzIS00.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-no-proof: yes;"><!--[if gte vml 1]><v:shape
id="Imagem_x0020_4" o:spid="_x0000_i1027" type="#_x0000_t75" style='width:425.25pt;
height:158.25pt;visibility:visible;mso-wrap-style:square'>
<v:imagedata src="file:///C:/Users/JAIME~1.MEN/AppData/Local/Temp/msohtmlclip1/01/clip_image006.png"
o:title=""/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]--></span><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Dados referentes a 2017:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://www.publishnews.com.br/estaticos/uploads/2018/04/J9048tWjnGaD8i6LDOySbHYGncTKToWM8GeRPcPoVVBj1TGb12ot5hnnOsyaogWv7ItJzRNvEmb9BR8K.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="190" data-original-width="567" src="https://www.publishnews.com.br/estaticos/uploads/2018/04/J9048tWjnGaD8i6LDOySbHYGncTKToWM8GeRPcPoVVBj1TGb12ot5hnnOsyaogWv7ItJzRNvEmb9BR8K.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-no-proof: yes;"><!--[if gte vml 1]><v:shape
id="Imagem_x0020_5" o:spid="_x0000_i1026" type="#_x0000_t75" style='width:425.25pt;
height:141pt;visibility:visible;mso-wrap-style:square'>
<v:imagedata src="file:///C:/Users/JAIME~1.MEN/AppData/Local/Temp/msohtmlclip1/01/clip_image008.png"
o:title=""/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]--></span><span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span><span style="font-size: 14pt;">O ponto fundamental é que livro propicia conhecimento, certo?
Mas, no e-commerce, o conhecimento buscado com avidez é de outro tipo. É
conhecimento sobre o e-consumidor e, não exatamente, o conteúdo que está nos
livros. Mas, como o livro ajuda nisso? Vamos lá...</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Em 2013, depois de 32 anos trabalhando (em livraria e
editoras) com livros de Humanas, Literatura e Literatura infantil e
Infanto-Juvenil, entrei no segmento de livros CTP. Coincidiu com o lançamento
de uma nova edição do principal título da editora: Sobotta-Atlas de Anatomia
Humana em 3 vols. Preço de capa atual: R$ 883,00. </span><span style="font-size: 14pt;">E o que acontecia no e-commerce? Um dos principais players
vendia esse livro com desconto maior do que o desconto que recebia da editora.
Portanto, vendia com prejuízo! E isso, para mim, não fazia sentido.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Depois dos três primeiros meses de adaptação ao novo
segmento, aprende-se a fazer algumas perguntas. Boas perguntas podem ser
esclarecedoras.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Pergunta: Quem compra o livro Sobotta-Atlas de Anatomia
Humana?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Resposta: Estudante de Medicina de 1º período, principalmente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Se a pergunta fosse sobre quem compra o livro do Padre
Marcelo Rossi, a resposta seria: milhões de pessoas, inclusive, possivelmente,
um estudante de Medicina de 1° período.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Acontece que E-commerce precisa de segmentação máxima sobre
quem compra. Por quê? Para poder sugerir, com grande grau de assertividade, produtos
que possam interessar ao cliente. Sugestões equivocadas podem fazer com que o
cliente clique no opt-out do e-mail marketing, por exemplo. E isso sai muito
caro. Conquistar um cliente novo custa 10 vezes mais do que manter um. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">E como as empresas que operam no e-commerce fazem essa
segmentação?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Inicialmente pelo cadastro básico: nome, endereço completo
com cidade e estado, além de CPF e e-mail, que são dados necessários para
emissão de uma nota fiscal. Isso é comum a qualquer e-commerce. Além disso,
dependendo da visão de negócio e da capacidade de processamento e análise de
dados da empresa, ela pode pedir sua data de nascimento, seu gênero etc. Depois
pelas compras do cliente, é claro, mas isso pode demorar meses ou anos. Mas tem
uma informação que nenhuma empresa, por maior que seja, pede. Sabe qual é? Sua
faixa de renda. Guarde isso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Voltando ao livro Sobotta-Atlas de Anatomia Humana, a partir
de uma única compra é possível deduzir, com alto grau de assertividade (o que
não é 100%, é claro), o seguinte sobre o cliente:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">1-tem alto poder aquisitivo. Salário mínimo é R$ 954,00;
preço do livro R$ 883,00;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">2-cliente tem entre 18 e 21 anos;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">3-mora com os pais;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">4-não trabalha, pois curso de Medicina é em horário integral;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">5-tem até 10 anos de estudo pela frente: 6 do curso regular e
até 4 de Residência Médica. <u>São 10 anos comprando livros</u>. Aluno de
Medicina, via de regra, não abandona o curso;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">6-se comprou um Sobotta, será potencial comprador do
Moore-Anatomia Orientada para a Clínica, do Junqueira-Histologia Básica etc.,
etc.; isto é, permite indicar e saber a próxima compra;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">7-ao se tornar um profissional vai continuar comprando
livros, agora na sua área de especialização;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">8-neste momento não é comprador de fogão, geladeira,
eletrodomésticos, mesmo sendo produtos de ticket elevado. São os pais que
compram, pois mora com eles;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">9-mas já é potencial comprador do novo iPhone, do novo Moto,
do novo Galaxy e seus acessórios;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">10-é potencial comprador do novo notebook;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">11-é potencial comprador de pacotes de viagens; etc.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Imagine-se que esse e-commerce tenha perdido R$ 88,00 com
essa venda do Sobotta (10% do preço de capa). É um custo muito baixo para a
quantidade de conhecimento que adquiriu sobre o cliente (e isso é muito mais do
que simples informação), com uma única venda. E quanto esse cliente pode trazer
de faturamento ao longo de um ano, ao longo de 10 anos?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Esse tipo de cliente é potencial consumidor de R$ 1.000,00
por mês, em média, no e-commerce. São R$ 12.000,00 no ano. Se esse e-commerce
vender 1.000 exs do Sobotta por ano, pode trazer um faturamento de R$ 12
milhões por ano. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Quantas editoras faturam R$ 12 milhões por ano? Menos de uma
centena.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Quantas livrarias faturam R$ 12 milhões por ano? Algumas
dezenas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Em 10 anos, só os compradores do Sobotta <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">em um</b> <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">único</b> <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">ano</b>, podem trazer um faturamento de R$
120 milhões!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Portanto, vender livro, ficou estratégico para o varejo em
geral. Não é mais somente uma questão de editora e livraria, de mercado
editorial. O varejo vai cada vez mais para o canal do e-commerce e este será
dominado pelos grandes Marketplaces. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Números comprobatórios?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Em 2016, dos 50 maiores grupos varejistas, 31 deles ou 62%,
têm operação de e-commerce. E dos 10 maiores, 70% têm Marketplace. Se olharmos
apenas para os 7 primeiros, 6 deles ou 86% têm Marketplace.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">E o que é Marketplace? Basicamente uma plataforma de
e-commerce onde vários varejistas podem vender, mediante o pagamento de uma
comissão para o Marketplace. Portanto, não é necessário ter um site próprio
para vender no e-commerce.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">O primeiro Marketplace foi lançado em 1995, uma start-up do
Vale do Silício fundada por Pierre Omidyar, e seu nome era Auction Web. Já ouviu
esse nome antes? Não? E eBay? Então, são a mesma “pessoa”. A partir de 1997 o
nome eBay passa a ser usado e está aí até hoje, como um dos gigantes do
e-commerce. E este passou a ser o modelo de negócio perfeito, pois recebe uma
comissão por cada venda, sem ter os custos de estoque e envio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">A Amazon inicialmente até seguiu o modelo do eBay, de venda por
leilão, e lançou o Amazon Auction em 1999, como uma aba dentro do site da
Amazon. Não deu certo, pois o eBay já tinha estabelecido o tráfego. Assim,
aprendendo também com os erros, a Amazon lançou no ano 2000 seu Marketplace com
a venda direta de produtos por diferentes varejistas. Começou também com o
livro, desta vez o usado. Todas as ofertas de venda de um produto apareciam na
mesma página desse produto da própria Amazon. Este formato da venda direta com
preço, e não o leilão, prevaleceu e também já é o principal no eBay, há muito
tempo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Estava assim lançada a base que pode permitir que se
concretize o discurso de Jeff Bezos em Março de 1999 na Association of American
Publishers: <i style="mso-bidi-font-style: normal;">“Não nos vemos como uma
livraria nem como um loja de música. Queremos ser o lugar onde uma pessoa
encontra e descobre tudo que quer comprar.”</i> Citado por Brad Stone in A Loja
de Tudo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">No Brasil o primeiro Marketplace foi o Mercado Livre, fundado
em Agosto de 1999 na Argentina, e que aqui começou as operações em Outubro
desse mesmo ano.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Voltando para o livro, das 70 maiores empresas de e-commerce,
as 3 maiores são Marketplaces que também vendem livros. E, destas 70, 10 delas
são Marketplaces. Com a Saraiva são 4 ou 40% dos Marketplaces que vendem
livros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://www.publishnews.com.br/estaticos/uploads/2018/04/OsJIbEykHWR9rHQ3K4qdjpPh7dfsw5AjR8YIPFKlDPQXQrs96rl0qBYzHaQXqM2GyIKF0fKt2YyfnTM0.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="235" data-original-width="605" src="https://www.publishnews.com.br/estaticos/uploads/2018/04/OsJIbEykHWR9rHQ3K4qdjpPh7dfsw5AjR8YIPFKlDPQXQrs96rl0qBYzHaQXqM2GyIKF0fKt2YyfnTM0.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Nos próximos anos a disputa vai ser acirrada no e-commerce e
entre os Marketplaces. Nos que vendem livros, a disputa será entre (em ordem
alfabética): <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Amazon</b>; <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">B2W</b> (Americanas, Shoptime, Submarino); <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Buscapé</b>; <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Cultura</b> (Fnac, Estante Virtual); <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Magazine</b> <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Luiza</b>; <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Mercado</b> <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Livre</b>; <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Ricardo</b> <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Eletro</b>; <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Saraiva</b>; <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Via</b> <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Varejo</b> (Casas Bahia, Extra, Ponto
Frio); <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Walmart</b>. </span><span style="font-size: 14pt;">Destes 10 concorrentes, somente 3 ainda têm o livro como
principal produto em faturamento: Amazon, Cultura e Saraiva.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Parece um cenário assustador, não? A concentração vai
aumentar ainda mais. No segmento de livros CTP (Científicos, Técnicos e
Profissionais) as livrarias físicas vão perder espaço muito rapidamente, a cada
ano. Hoje, entre 50% e 60% do que é vendido para um cliente CPF já é via algum
e-commerce.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Como vai ser para o segmento de livros de Interesse Geral,
como Literatura? Acho que ainda existe um espaço maior para as livrarias
físicas neste caso. Mas, certamente, não será para as que apostam as fichas em
best-sellers. Esse tipo de livro será comprado no e-commerce. Qual será o
modelo sobrevivente? Não sei, mas deixo uma pista: estudem a Blooks Livraria.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Para as editoras a concentração também não é boa, é claro. Entretanto,
passou a existir uma variável interessante, que pode vir a evitar que fiquem
reféns, se conseguirem pensar e agir mais a longo prazo, e não no imediatismo,
como é usualmente feito. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Como o livro é “boi de piranha” para os grandes varejistas já
mencionados, será muito arriscado para qualquer um deles, que compra direto de
editora, exigir mais vantagens comerciais (desconto, prazo, devolução, frete,
verba de marketing etc) e, caso não consigam, fazer alguma espécie de
retaliação e não disponibilizar os best-sellers, por exemplo. E sabe por quê? Por
dois motivos principais. Um: porque no e-commerce tráfego para o site é
condição básica para faturamento. Livro proporciona isso, como já demonstrado.
E dois: porque o concorrente de um grande varejista não é uma livraria e, sim,
os outros gigantes do varejo, seus concorrentes diretos, que também vendem de
tudo, inclusive livros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Mais uma prova? É só lembrar que o faturamento de um único
grande varejista, a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">B2W</b> em 2016, foi
de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">R$ 10 bilhões</b> e, o faturamento de
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">todo o</b> <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">mercado do livro</b> (exceto governo), foi de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">R$ 4 bilhões</b>, segundo a pesquisa FIPE. Portanto, fica alguma dúvida
de que o livro não é o produto, não é o objetivo direto para o faturamento dos
grandes varejistas?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Por outro lado, terão as editoras nervos de aço e/ou caixa
para resistir e sobreviver neste momento de definição de cotas de mercado entre
os gigantes? Ah, ainda falta chegar o chinês, o Alibaba Group...<o:p></o:p></span></div>
<br />
<br />
<div>
Publicado originalmente no <a href="https://www.publishnews.com.br/materias/2018/04/24/boi-de-piranha-2-o-livro">Publishnews</a> em 24/04/2018</div>
Jaime Mendeshttp://www.blogger.com/profile/14377094846833275102noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-814758584862974886.post-85135997881819916092018-05-14T00:05:00.000-03:002020-06-18T16:22:45.605-03:00Amazon e o “boi de piranha”<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">A Amazon iniciou seus negócios no Brasil em 06/12/2012
vendendo somente e-books. Em 21/08/2014, também numa jogada de marketing, na
véspera da 23ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, começou a vender
livros impressos. A terceira fase aconteceu em 12/04/2017 com a versão Market
Place para a venda de livros usados, além dos novos. E, recentemente, em
18/10/2017 começou a vender eletrônicos, mas exclusivamente via Market Place.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">Nas conversas e negociações que tenho com clientes e colegas
de ofício do mercado do livro, em algum momento a Amazon sempre entra na pauta.
E o tema específico, único, monolítico, verdadeira obsessão é... DESCONTO que a
Amazon pratica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">Mas, por que alguém compra alguma coisa? Será que é pelo
preço? É ele o determinante ou será que se compra algo para satisfazer uma
necessidade, seja ela física ou psicológica? Lembram das lojas de R$ 1,99? Onde
estão? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">Para esta discussão sobre preço, desconto, valor, reproduzo
algumas opiniões de pensadores e estudiosos:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">Saul <u>Kaplan</u> diz que: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">“<i style="mso-bidi-font-style: normal;">O preço é o elemento
menos compreendido e mais mal implementado do mix de marketing. Quando você vê
uma empresa depender excessivamente de descontos e incentivos para impulsionar
suas vendas, é um sinal de alerta. A liderança pelo preço é, sem dúvida, um
sinal de produto ou serviço não diferenciado. Muitas empresas de marketing e
vendas abusam dos incentivos e descontos. Isso porque é mais fácil vender por
um preço menor do que trabalhar para convencer os clientes do valor inerente a
um preço mais elevado. Também é da natureza humana preferir vender por um preço
mais baixo a correr o risco de perder uma venda. O problema é que o comportamento
adepto da concessão de descontos transmite uma mensagem aos consumidores de que
a oferta não vale o preço pedido. Desse modo, é inevitável que os clientes
simplesmente esperem uma oferta melhor. A venda baseada no preço é como um
vício. A partir do momento em que o comportamento adepto dos descontos invade
uma empresa, trona-se difícil controlar o hábito</i>”.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">E <u>Kaplan</u> é contundente na forma de combater esse
vício. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">“<i style="mso-bidi-font-style: normal;">A partir do momento em
que o vício do desconto passa a dominar uma empresa, somente um significativo
esforço de reabilitação, normalmente com mudança de funcionários, pode reverter
uma espiral descendente de preços</i>”. pp. 52-53.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">Para Michael <u>Aun</u>, “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Uma
clientela leal não é conquistada com descontos ou prêmios, e sim ao longo do
tempo, com serviços e produtos de qualidade</i>”. p. 65<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">O senso comum é que a prática de conceder descontos na venda
de livros para o consumidor final começou com a Amazon, a partir de 1995. Será?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">Corria o ano de 1977 quando a Crown Books foi fundada por
Robert Haft. A estratégia de expansão foi dar descontos de até 40% nos
best-sellers de capa dura. No Washington Post em 1979, na edição de domingo, os
anúncios eram com Robert Haft sentado em grandes pilhas de livros com a legenda
</span><span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">“<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: #f6f6f6; color: black;">Books Cost Too Much, That's Why I Opened
Crown Books. Now You'll Never Pay Full Price Again!</span></i><span style="background: #f6f6f6; color: black;">”.</span></span><span style="background: #f6f6f6; color: black; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 9.0pt; line-height: 107%;"> </span><span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">Chegou a ter
247 lojas no auge, em 1993, e era a terceira rede de livrarias nos USA atrás da
Barnes & Noble e da Borders, que também passaram a dar descontos. A partir
de 1994, devido a uma disputa familiar, começou a decair e foi liquidada em
2001.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">Como resultado dessa prática de descontos elevados, segundo
dados da American Booksellers Association, “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">entre
1991 e 1997, a participação de livrarias independentes no mercado dos USA caiu
de 33% para 17%. O número de associados também caiu de 4.500 para 3.300</i>”. <u>Stone</u>,
p.66.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">1995, em retrospectiva, transformou-se num ano emblemático: início
das vendas da Amazon nos USA e, no Brasil, início do site da Livraria Cultura e
da Book Net, esta que foi a primeira livraria brasileira exclusivamente
virtual, criada por Jack London. A Book Net já concedia descontos. Chegou a ter
50 mil clientes quando foi comprada em 1998 pela GP Investments (de Jorge. Paulo.
Lemann e companhia). Em 03/11/1999 o nome foi alterado para Submarino que, seis
meses depois, já alcançava os 500 mil clientes, e manteve a política de dar
descontos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">Mas, a prática dos descontos em livrarias físicas no Brasil
deve ser creditada à Fnac. No ano 2000, a Fnac, de origem francesa, comprou o
Ática Shopping Cultural e abriu duas outras lojas em São Paulo. Como estratégia
para atrair clientes para as lojas instituiu o “Preço Verde”, um selo adesivo
que era colado nos livros, CDs e DVDs, e que dava 20% de desconto nos primeiros
30 dias de lançamento desses produtos em loja. O que era, e ainda é, proibido
na França. As outras livrarias, principalmente as maiores, optaram por
acompanhar a Fnac nessa estratégia, e começaram a dar descontos também. Para
preservarem sua margem, começaram a exigir mais descontos das editoras que, na
sua grande maioria, cedeu.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">Voltando a falar de obsessão, qual será a da Amazon?<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">Três dos autores indicados na bibliografia abaixo, <u>Brandt</u>,
<u>Krames</u> e <u>Stone</u>, mencionam o fato a seguir envolvendo Jeff Bezos. Transcrevo
o relato de Brandt, por ser o mais detalhado:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">“<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Em 22.09.1994, dois
meses depois de adquirir a Amazon e dez meses antes de lançar a empresa, Jeff
Bezos decidiu aprender a vender livros. Fez, então, um curso sobre como montar
uma livraria, patrocinado pela Associação dos Livreiros Americanos. Cerca de 40
aspirantes a donos de livrarias, de jovens estreantes a casais aposentados em
busca de uma nova carreira, participaram do curso de quatro dias no Benson
Hotel, em Portland. Eles assistiram a palestras que abordavam temas como
operações financeiras em livrarias, atendimento ao cliente e gerenciamento de
estoques. Um dos instrutores era Richard Howorth, dono da Square Books, de
Oxford, Mississippi.<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">Howorth é um fanático
por atendimento ao cliente. Para enfatizar a importância do atendimento, ele
contou a história de seu mais eloquente exemplo de cuidado com o cliente.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">Um gerente da loja
subiu ao escritório de Howorth para informá-lo que uma cliente queria fazer uma
reclamação. Howorth voou para baixo a fim de saber qual era o problema. A
cliente, furiosa, contou que havia estacionado o carro na frente do
estabelecimento, e que, de alguma forma, havia caído sujeira dos vasos de
plantas da sacada em cima do carro dela. Howorth então se ofereceu para lavar o
veículo. Eles entraram no carro e foram a um lava-rápido de posto de gasolina,
mas ele estava fechado para reforma. Ela ficou ainda mais brava. Howorth então sugeriu
que fossem à casa dele. Lá ele pegou balde, sabão, mangueira e lavou o carro.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">Quando voltaram para a
loja, a atitude da cliente mudou, e ela voltou em seguida à loja, na mesma
tarde, e comprou uma pilha de livros.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">Mais trade, Bezos disse
a um executivo da Associação dos Livreiros Americanos que havia se
impressionado com a história e estava determinado a fazer do atendimento ao
cliente ´a pedra de alicerce da Amazon´ ”.</span></i><span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;"> <u>Brandt</u>, pp. 9-10.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">Peter <u>Drucker</u> em 1954 conceituou que a finalidade de
uma empresa, qualquer empresa, é “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">criar
um cliente</b>”. Nos dias de hoje também é necessário atendê-lo e fidelizá-lo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">Empresas vencedoras já aprenderam esse ensinamento:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">“<i style="mso-bidi-font-style: normal;">A transição da IBM se
baseava em uma ideia central: uma paixão obsessiva pelo cliente</i>”. <u>Collins</u>
citando o CEO Louis Gerstner, contratado para recuperar a IBM em 1993, p. 135.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">“<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Em 2003, decidiríamos
fazer do atendimento ao cliente o foco da empresa</i>”. <u>Hsieh</u>, CEO da
Zappos, p. 130.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">“<i style="mso-bidi-font-style: normal;">A experiência do
cliente é o próximo campo de batalha competitivo. É onde os negócios serão
ganhos ou perdidos</i>”. Tom Knighton, VP da Forum Corp, in <u>Fast Company
(org)</u>, p. 42<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">“<i style="mso-bidi-font-style: normal;">As empresas como as
conhecemos, estão em vias de extinção. Elas não vendem mais produtos, <span style="mso-bidi-font-weight: bold;">vendem experiências</span>. Já não mais
existem concorrentes, apenas melhores soluções e mais escolhas, que podem ser
reunidas de maneiras mais variadas</i>.” Peter Drucker, citado por <u>Edersheim</u>,
p. 32<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">Jeff Bezos é o mais apropriado para dizer qual é a obsessão
da Amazon:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">“<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Somos genuinamente
focados no consumidor, somos genuinamente voltados para o longo prazo e
gostamos genuinamente de inventar. A maioria das empresas (...) se concentram
na concorrência, não no cliente</i>.” <u>Stone</u>, p. 20<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">“<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Não estou preocupado
com alguém que cobra 5% a menos. Estou preocupado com quem oferece melhor
experiência</i>”. <u>Kotler</u>, p. 181.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">Mas, a frase definidora da estratégia de negócio da Amazon, é
esta de Bezos, pronunciada no Commonwealth Club em 27.07.1998: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">“<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Sabemos que, se conseguirmos manter os nossos concorrentes focados em
nós, enquanto colocamos o foco no cliente, no final vamos nos dar bem</i></b>”.
<u>Brandt</u>, p. 10.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">Portanto, desconto é só o “boi de piranha” da Amazon. Se
preferirem uma analogia mais filosófica, pode ser a da “Alegoria da Caverna”,
de Platão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: #fff9ee; color: #222222; font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">Cliente que vem por preço, por preço vai
embora, assim como a margem (de lucro). E no varejo, assim como no “Velho
Oeste”, sempre existirá um “pistoleiro” mais rápido. Vantagens competitivas de
longo prazo são:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: #fff9ee; color: #222222; font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">1-atendimento ao cliente;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: #fff9ee; color: #222222; font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">2-cultura da empresa;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: #fff9ee; color: #222222; font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">3-treinamento e desenvolvimento de
colaboradores.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: #fff9ee; color: #222222; font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">Jack Welch também já disse que </span><span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">“... <i style="mso-bidi-font-style: normal;">se você não possui vantagem competitiva, não entre na concorrência</i>”.
<u>Rumelt</u>, p. 67<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">E como é esse atendimento ao cliente da Amazon? Vou contar
dois casos pessoais, como cliente e como fornecedor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">Compro muitos livros e em muitas livrarias, sejam elas
físicas e/ou virtuais. Há algumas semanas precisei comprar dois livros infantis
para meu filho, pedidos pela escola. Um deles era da Ática e o outro da
Brinque-Book. Portanto, dois livros que, normalmente, não é comum estarem
disponíveis para entrega imediata; somente por encomenda. Entrei direto no site
da Amazon. Não fiquei pesquisando onde tinha menor preço. Depois fiquei me
perguntando porque tinha feito assim. E a resposta é que, de alguma forma, já
aprendi que a Amazon tem disponibilidade imediata.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">Para o fornecedor, a Amazon criou e libera o acesso a um site
exclusivo para cada um. Lá é possível acompanhar a venda, o estoque de cada
livro entre um dia e um ano atrás, cadastrar produtos e atualizar informações
sobre eles, pagamentos feitos etc. Com isso, por exemplo, é possível sugerir
reposição de títulos com estoque zerado ou baixo. O pressuposto é de um trabalho
em conjunto. Somente dois ou três clientes no mercado fornecem dados simples
sobre a venda e estoque, com envio de dados por planilha excel, mas uma vez por
semana ou mês.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">Outro ponto chave, de grande diferenciação, é com relação à
logística. A Amazon agenda recebimento na logística em dois ou três dias.
Grandes concorrentes entre 10 e 20 dias.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">Portanto, definitivamente, o diferencial competitivo da
Amazon não é o preço.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">A Amazon vai ter uma participação significativa no mercado do
livro no Brasil? <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">SIM</b>. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">Ao final de 2018 será o 1º ou 2º cliente de todas as editoras
e distribuidores que fornecem diretamente para ela.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">A Amazon vai pressionar as editoras? <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">SIM</b>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">Já fez isso com grandes e pequenas editoras. Em 2010 com a
Macmillan, da qual chegou a retirar os e-books do site. Em 2014 com a Hachette.
Para as negociações com as editoras menores chegou a ter nos USA, dentro da
equipe de livros, um programa denominado “Projeto Gazelle”. Detalhes em <u>Stone</u>,
p.263.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">Mas, pressionar fornecedores, sejam eles grandes ou pequenos,
não é exclusivo da Amazon. Todo grande varejista pressiona seus fornecedores
para obter mais descontos, mais prazo, redução do custo de frete, rateio de
mídia (VPC), bônus por compra, enxoval de abertura de loja etc, enfim, melhores
condições financeiras e, assim, aumentar suas margens de lucro. É mais fácil
isso do que olhar para sua própria operação e ver onde ela é ineficiente e
corrigir. Acontece que, margem de lucro é finita. Portanto, cuide bem da sua.
No Brasil, os grandes do varejo de livros, sejam de âmbito nacional ou
regional, também pressionam as editoras, principalmente as menores, que têm que
dar descontos muito acima do patamar normal de mercado ou seus livros não
estarão nas prateleiras e sites. Logo, é bom acabar com essa dicotomia de
“demônio X santo”, pois isso não vai ajudar a encontrar soluções para problemas
reais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">Com esse cenário, é possível existir um mercado onde pequenas
e medias livrarias e editoras possam coexistir com os grandes do varejo? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">Neste momento, a maioria absoluta do mercado do livro, até
grandes do varejo que eram contra no passado recente, veem o </span><a href="https://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/119760"><span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">Projeto de Lei do Senado n. 49 de
2015</span></a><span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">, que institui a
política nacional do livro e regulação de preço, como o “Salvador da Pátria”
deste mercado. Esquecem, que já existe legislação que regulamenta qualquer
atividade econômica. É a </span><a href="http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/Lei/L12529.htm"><span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">Lei n. 12.529 de 30/11/2011</span></a><span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">, que Estrutura o Sistema Brasileiro
de Defesa da Concorrência. Segue o artigo:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: black; font-size: 13.0pt;">Art.
36. Constituem infração da ordem econômica, independentemente de culpa,
os atos sob qualquer forma manifestados, que tenham por objeto ou possam
produzir os seguintes efeitos, ainda que não sejam alcançados.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: black; font-size: 13.0pt;">IV - exercer de forma abusiva posição
dominante. <o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: black; font-size: 13.0pt;">§ 3<u><sup>o</sup></u> As seguintes condutas,
além de outras, na medida em que configurem hipótese prevista
no caput deste artigo e seus incisos, caracterizam infração da ordem
econômica: <o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: black; font-size: 13.0pt;">XV
- vender mercadoria ou prestar serviços injustificadamente abaixo do preço de
custo;<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">Não tenho registro de nenhuma ação de livraria, distribuidora
ou associação de classe contra quem comercializa fora dos limites da
legislação. Então, a pergunta é: por que a legislação nunca foi usada por quem
se sente prejudicado?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">Respondendo à pergunta se é possível coexistir num mercado
onde a Amazon tenha elevada participação no mercado, a resposta é: <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">SIM</b>, é possível (post em breve). Mas,
para isso, é necessário mudar o posicionamento das empresas, isto é, das
pessoas que as gerenciam, pois, mesmo no negócio do livro, que demorou 545 anos
para ter uma mudança significativa na sua comercialização, somente com o
e-commerce em 1995, não é mais permitido ficar na inércia: <i style="mso-bidi-font-style: normal;">“Essa propriedade da massa (resistência a uma mudança de movimento) ...
Nos negócios, a inércia é a incapacidade ou falta de disposição de uma
organização em se adaptar às novas circunstâncias”. Rumelt, p. 191<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">Para terminar, e com esperança, deixo a sugestão de Tony <u>Hsieh</u>,
CEO da Zappos: “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Eduque-se. Leia livros e aprenda com os outros que o fizeram antes</i></b>”,
p.92, e uma “escalação” de 13 livros. Aliás, quantos desses você já leu?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">Bibliografia<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">AUN, Michael. É o Cliente que Importa: 34 dicas para garantir
a satisfação dos clientes e o sucesso dos negócios. Rio de Janeiro, Sextante, 2012.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">BRANDT, Richard L. Nos Bastidores da Amazon: o jeito Jeff
Bezos de revolucionar mercados com apenas um clique. São Paulo, Saraiva, 2011.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">COLLINS, Jim. Como as Gigantes Caem: e por que algumas
empresas jamais desistem. Rio de Janeiro, Campus/Elsevier, 2010.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">DRUCKER, Peter F. O Gestor Eficaz. Rio de Janeiro, LTC, 2011.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">EDERSHEIM, Elizabeth Haas. A Essência de Peter Drucker: uma
visão para o futuro. Rio de Janeiro, Campus/Elsevier, 2007.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">FAST COMPANY (org.). Adapte-se ou Morra: e outras 54 lições
dos principais pensadores do mundo dos negócios. Rio de Janeiro, Sextante,
2010.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">HSIEH, Tony. Satisfação Garantida: no caminho do lucro e da
paixão. Rio de Janeiro, Thomas Nelson Brasil, 2010.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">KAPLAN, Saul. Modelos de Negócios Imbatíveis: como sua
empresa e você podem se manter relevantes em meio às mudanças. São Paulo,
Saraiva, 2013.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">KOTLER, Philip. Marketing de A a Z: 80 conceitos que todo
profissional precisa saber. Rio de Janeiro, Campus/Elsevier, 2003.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">KRAMES, Jeffrey A. A Cabeça de Peter Drucker. Rio de Janeiro,
Sextante, 2010.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">LEWIS, Robin e DART, Michael. As Novas Regras do Varejo:
competindo no mercado mais difícil e desafiador do mundo. São Paulo, Figurati,
2014.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">RUMELT, Richard. Estratégia Boa, Estratégia Ruim. Rio de
Janeiro, Campus/Elsevier, 2011.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">STONE, Brad. A Loja de Tudo: Jeff Bezos e a era da Amazon.
Rio de Janeiro, Intrínseca, 2014.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.0pt; line-height: 107%;">Sobre o autor:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #333333; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">As ideias expostas não representam as de quaisquer
empresas ou instituições a que estou ou estive vinculado.</span><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #333333; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #333333; font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Publicado originalmente no <a href="https://www.publishnews.com.br/materias/2017/11/08/amazon-e-o-boi-de-piranha">Publishnews </a>em 08/11/2017</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />Jaime Mendeshttp://www.blogger.com/profile/14377094846833275102noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-814758584862974886.post-32498329996947972016-12-02T22:51:00.001-02:002016-12-02T22:51:46.656-02:00Por que seu produto vende?<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Por que alguém compra alguma
coisa, seja um produto, seja um serviço?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quem compra algo da sua empresa é
o quê?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Qual é mesmo a finalidade da sua
empresa existir?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma compra só acontece para que
uma necessidade seja satisfeita. Essa necessidade pode ser física e/ou
psicológica. A pessoa que faz a compra é um cliente e, a sua empresa tem por
finalidade, criar um cliente, atendê-lo e fidelizá-lo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Qual o preço do seu produto? Ele
vale o preço pedido? Você baseia seu negócio no preço ou no valor para o
cliente?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Jeff Bezos, CEO da Amazon, já
disse que “<i>Não estou preocupado com
alguém que cobra 5% a menos. Estou preocupado com quem oferece melhor experiência</i>.”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E Steve Jobs, CEO da Apple, “<i>Nossa crença era de que se continuássemos
apresentando ótimos produtos aos clientes, eles continuariam abrindo a carteira</i>.”
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Preço NÃO é argumento de venda.
Valor, sim. Que vendamos satisfação, portanto.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“<b><i>Quando você vê uma empresa
depender excessivamente de descontos e incentivos para impulsionar suas vendas,
é um sinal de alerta</i></b><i>. A liderança
pelo preço é, sem dúvida, um sinal de produto ou serviço não diferenciado.
Muitas empresas de marketing e vendas abusam dos incentivos e descontos. Isso
porque é mais fácil vender por um preço menor do que trabalhar para convencer
os clientes do valor inerente a um preço mais elevado. Também é da natureza
humana preferir vender por um preço mais baixo a correr o risco de perder uma
venda. O problema é que o comportamento adepto da concessão de descontos
transmite uma mensagem aos consumidores de que a oferta não vale o preço
pedido. Desse modo, é inevitável que os clientes simplesmente esperem uma
oferta melhor. <b>A venda baseada no preço
é como um vício. A partir do momento em que o comportamento adepto dos
descontos invade uma empresa, torna-se difícil controlar o hábito.</b></i>”
Saul Kaplan.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Para Philip Kotler “<i>a promoção de vendas deve ser usada com
parcimônia. A repetição incessante de descontos, cupons, ofertas e brindes pode
desvalorizar a marca na percepção dos consumidores, e, talvez, leve o cliente a
esperar pela próxima campanha, em vez de comprar agora.</i>”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Jack Welch, CEO da GE, já ensinou
que “<i>Qualidade é a nossa melhor garantia
da fidelidade dos clientes, nossa defesa mais poderosa contra a competição
externa e o único caminho para o crescimento e lucro sustentáveis.</i>” <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nessa linha, Steve Jobs deu um
conselho à Nike: “<i>Vocês produzem alguns
dos melhores produtos do mundo, mas também fazem um monte de porcarias.
Livrem-se das porcarias</i>.”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Portanto, vamos investir nosso
tempo em fazer melhores produtos e serviços, criar melhores experiências para
os clientes com esses produtos e serviços, atender melhor os clientes, fazer
com que comprem mais vezes ao longo do ano, ao invés de ficar pensando em
quanto de desconto deve ser dado, em criar cupons e coisas do gênero.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Cliente que vem por preço, por
preço vai embora, assim como a margem (de lucro).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Se você não cuidar do seu cliente,
alguém o fará.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Bibliografia:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
KAPLAN, Saul. Modelos de Negócios Imbatíveis. São Paulo; Saraiva; 2013</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
KOTLER, Philip. Marketing de A a Z. Rio de Janeiro; Elsevier; 2003</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
THOMAS, Alan Ken. Steve Jobs em 250 frases. Rio de Janeiro; Best Business; 2012</div>
Jaime Mendeshttp://www.blogger.com/profile/14377094846833275102noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-814758584862974886.post-32420339797331987302013-09-28T17:32:00.001-03:002013-09-28T17:32:43.174-03:00Saiu na mídia # 17: O livro de papel parece ter mais futuro hoje do que ontem<span style="font-size: large;">Compartilhando. Publicado no site da <a href="http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/1050/noticias/um-futuro-de-papel?page=1">Exame</a> </span>(somente o texto)<br />
<br />
<div style="background-color: white; font-family: arial, helvetica, clean, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; margin-bottom: 18px; margin-top: 18px; padding: 0px; text-align: justify;">
Em tese, a pequena livraria da americana Keebe Fitch, a McIntyre’s Books, em Pittsboro, na Carolina do Norte, já deveria ter fechado as portas. Keebe viu o avanço das grandes redes, como <span style="font-style: inherit;">Barnes </span><span style="font-style: inherit;">& </span><span style="font-style: inherit;">Noble</span>, nos anos 90. Testemunhou também a explosão das <span style="font-style: inherit;">vendas </span>pela internet, sobretudo o fenômeno varejista <span style="font-style: inherit;">Amazon</span>, nos anos 2000.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikiUD8f5IASYPkcibeq6ZT7IU2CG-Msny2GskuoPtg8g-JQlzjtzvVVYwW7sTKHToSwaLrBF856S76DAZKWgTZyDJGaNWvaIzHVJm_SuA2xRMOByR4XPdmTydZVT8-Q6UoMGT_uDWQ1tA/s1600/McIntyre%E2%80%99s+Books+livraria.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="219" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikiUD8f5IASYPkcibeq6ZT7IU2CG-Msny2GskuoPtg8g-JQlzjtzvVVYwW7sTKHToSwaLrBF856S76DAZKWgTZyDJGaNWvaIzHVJm_SuA2xRMOByR4XPdmTydZVT8-Q6UoMGT_uDWQ1tA/s400/McIntyre%E2%80%99s+Books+livraria.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="background-color: white; font-family: arial, helvetica, clean, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; margin-bottom: 18px; margin-top: 18px; padding: 0px; text-align: justify;">
E, mais recentemente, foi a vez de os <span style="font-style: inherit;">e-books<b> </b></span>mudarem novamente o mercado livreiro nos Estados Unidos. Mas a loja de Keebe, herdada de seus pais e há 25 anos no mercado, vai muito bem: a expectativa é faturar 10% mais em 2013. E a McIntyre’s Books é tudo, menos um caso isolado. </div>
<div class="noindex" style="background-color: white; font-family: arial, helvetica, clean, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 17px; margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="line-height: 19px;">As vendas das chamadas livrarias alternativas nos Estados Unidos aumentaram 8% em 2012. O número de lojas também voltou a crescer. “Oferecemos uma série de serviços que enriquecem a experiência do cliente na livraria. Caso contrário, ele compraria online”, diz Keebe.</span></div>
<div class="noindex" style="background-color: white; font-family: arial, helvetica, clean, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 17px; margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;">
<span style="line-height: 19px;"><br /></span></div>
<div class="" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: arial, helvetica, clean, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px;">Em seu cardápio estão encontros com escritores e discussões entre leitores com interesses comuns. O curioso é que, até há pouco tempo, a morte do livro em papel era dada como certa — e, consequentemente, das livrarias. Sim, vendem-se menos</span><span style="background-color: white; font-family: arial, helvetica, clean, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px;"> </span><span style="font-family: arial, helvetica, clean, sans-serif; font-size: 14px; font-style: inherit; line-height: 19px;">livros </span><span style="background-color: white; font-family: arial, helvetica, clean, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px;">em papel hoje do que em 2007 nos Estados Unidos, ano do lançamento do Kindle, o leitor eletrônico da Amazon. O futuro, porém, não parece ser de uma onipresença eletrônica. </span></div>
<div class="" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; font-family: arial, helvetica, clean, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px;"><br /></span></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDvISCtITMP-2wxmfhvSRpOvyZoc4weKDGw3sEnjM4D1ktWvyJJmZJYLHiOCWacDiP2W69nkVcXnG1CrvX3DrL7LqzqrAjSHYwt-7ABG_rJj8MLH1O4OxgvxftbrOhMVXoqFAXbKACbp8/s1600/McIntyre%E2%80%99s+Books+logo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="298" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDvISCtITMP-2wxmfhvSRpOvyZoc4weKDGw3sEnjM4D1ktWvyJJmZJYLHiOCWacDiP2W69nkVcXnG1CrvX3DrL7LqzqrAjSHYwt-7ABG_rJj8MLH1O4OxgvxftbrOhMVXoqFAXbKACbp8/s400/McIntyre%E2%80%99s+Books+logo.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="background-color: white; font-family: arial, helvetica, clean, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; margin-bottom: 18px; margin-top: 18px; padding: 0px; text-align: justify;">
Depois de um início espetacular, o crescimento da venda de <span style="font-style: inherit;">e-books</span><b> </b>nos Estados Unidos, mercado considerado um laboratório das experiências digitais, perdeu fôlego. De acordo com a consultoria PricewaterhouseCoopers, as vendas de e-books devem crescer 36% em 2013, mas apenas 9% em 2017 — embora sobre uma base obviamente maior.</div>
<div style="background-color: white; font-family: arial, helvetica, clean, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; margin-bottom: 18px; margin-top: 18px; padding: 0px; text-align: justify;">
“Não há mais fôlego para o e-book crescer como antes”, diz o consultor Mike Shatzkin, um dos maiores especialistas em mercado editorial digital. Não é que o consumidor vá perder o interesse, pelo contrário.</div>
<div style="background-color: white; font-family: arial, helvetica, clean, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; margin-bottom: 18px; margin-top: 18px; padding: 0px; text-align: justify;">
No mundo, a venda de e-books deverá movimentar 23 bilhões de dólares em quatro anos. Ainda assim, de cada dez livros vendidos em 2017, apenas dois serão eletrônicos, segundo as previsões mais respeitadas. </div>
<div style="background-color: white; font-family: arial, helvetica, clean, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; margin-bottom: 18px; margin-top: 18px; padding: 0px; text-align: justify;">
Não faz muito tempo, acreditava-se que a indústria do livro sofreria o mesmo destino da indústria fonográfica. O surgimento do MP3 abalou o mercado de CDs e, consequentemente, as grandes lojas de discos. O mercado de livros, no entanto, tem se comportado de maneira diferente.</div>
<div style="background-color: white; font-family: arial, helvetica, clean, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; margin-bottom: 18px; margin-top: 18px; padding: 0px; text-align: justify;">
Quase metade dos livros é comercializada pela internet nos Estados Unidos. Mas apenas 23% dos americanos leem livros eletrônicos. Ou seja, a experiência da leitura digital não acompanhou na mesma velocidade o hábito de comprar livros pela internet. </div>
<div style="background-color: white; font-family: arial, helvetica, clean, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; margin-bottom: 18px; margin-top: 18px; padding: 0px; text-align: justify;">
Um levantamento do instituto de pesquisas Pew Research com 3 000 leitores mostra que o livro digital leva vantagem frente ao papel em algumas situações. No caso de viagens, a maioria prefere os e-books. Quando se trata de leitura para crianças, 80% preferem as edições físicas.</div>
<div style="background-color: white; font-family: arial, helvetica, clean, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; margin-bottom: 18px; margin-top: 18px; padding: 0px; text-align: justify;">
Essas evidências frustraram quem contava com um futuro 100% digital. A rede de livrarias americana Barnes & Noble apostou suas fichas no Nook, leitor eletrônico lançado em 2011. A venda do aparelho e de títulos digitais, porém, tem sido uma decepção. As sucessivas quedas de venda custaram o emprego de William Lynch, que até julho presidia a empresa. Especula-se que a Microsoft esteja negociando a compra do Nook.</div>
<div style="background-color: white; font-family: arial, helvetica, clean, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; margin-bottom: 18px; margin-top: 18px; padding: 0px; text-align: justify;">
A previsão mais aceita atualmente é de que haverá uma convivência entre e-books e papel. “A participação do livro digital deve alcançar no máximo 40% do total de vendas”, diz Wayne White, vice-presidente da canadense Kobo, fabricante de leitores eletrônicos, com 14 milhões de usuários no mundo.</div>
<div style="background-color: white; font-family: arial, helvetica, clean, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19px; margin-bottom: 18px; margin-top: 18px; padding: 0px; text-align: justify;">
Hoje, nos Estados Unidos, a fatia dos e-books na receita do setor é de 22% — no Brasil, é de 1,6%. “O livro digital será parte do negócio, não todo ele”, diz Sergio Herz, dono da Livraria Cultura, na qual os e-books representam 3,7% das vendas. É provável que não tenhamos de explicar a nossos netos o que são livros de papel — nem o prazer que temos ao lê-los.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiFtIwq-kzSYYSsBzJ5AjaugLO7gGCeX9_z2ucX8l8IG-r5MJH7H0UW0IXsKo5rYUHnHeag5yjABsQePIEy2nMpZPpAG7Lr4WyJ4vXnO7aUyMDWK94PU3v1ueqx1XCWLic-YpinsAVRkI/s1600/Livraria+Cultura+Iguatemi+SP.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiFtIwq-kzSYYSsBzJ5AjaugLO7gGCeX9_z2ucX8l8IG-r5MJH7H0UW0IXsKo5rYUHnHeag5yjABsQePIEy2nMpZPpAG7Lr4WyJ4vXnO7aUyMDWK94PU3v1ueqx1XCWLic-YpinsAVRkI/s400/Livraria+Cultura+Iguatemi+SP.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Inauguração da Livraria Cultura no Shop Iguatemi em SP, Av. Faria Lima, em 25.09.2013</td></tr>
</tbody></table>
</div>
Jaime Mendeshttp://www.blogger.com/profile/14377094846833275102noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-814758584862974886.post-70092557553409203292013-07-06T22:41:00.000-03:002013-07-06T22:41:55.934-03:00A experiência multicanal no mercado do livro<div style="text-align: justify;">
O passar dos anos vem mostrando que não são mais antagônicos os canais de varejo físico e de e-commerce. A experiência multicanal é a nova realidade. O grande desafio que se apresenta é de como fazer que os dois canais sejam, cada vez mais, complementares. Abaixo, a palestra de Sérgio Herz, CEO da Livraria Cultura, no Congresso E-commerce Brasil Experiência do Cliente 2013<span style="color: #31578f; font-family: Helvetica Neue, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 17px; letter-spacing: -1px; line-height: 19px;"><b>. </b></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
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<div style="text-align: justify;">
É uma bela aula em 26 minutos. Todos temos a aprender.</div>
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<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="//www.youtube.com/embed/rArv_iK3knQ" width="480"></iframe>Jaime Mendeshttp://www.blogger.com/profile/14377094846833275102noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-814758584862974886.post-14695370271585312652013-07-02T00:51:00.000-03:002013-07-02T00:51:11.508-03:00Saiu na mídia # 16: O mercado editorial na Alemanha<span style="font-size: large;">Compartilhando. Publicado no <a href="http://www.publishnews.com.br/telas/colunas/detalhes.aspx?id=73557">Publishnews</a></span><br />
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<h3 style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px !important; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<a href="" id="ctl00_ContentPlaceHolder1_hplTitulo" style="clear: both; cursor: pointer; display: block; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 10px 0px 0px; text-decoration: underline; vertical-align: baseline;">O mercado editorial na Alemanha</a></h3>
<h4 style="color: #b1ba1d; font-family: verdana, arial; font-size: 13px !important; line-height: 19px; list-style: none; margin: 10px 0px 5px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
</h4>
<div class="data-colunista" style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px !important; line-height: 19px; list-style: none; margin-bottom: 8px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">01/07/2013</em></div>
<div class="imagem" id="ctl00_ContentPlaceHolder1_divImagem" style="float: left; font-family: verdana, arial; font-size: 13px !important; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px 5px 0px 0px; padding: 5px 5px 5px 0px; vertical-align: baseline;">
<img id="ctl00_ContentPlaceHolder1_imgImagem" src="http://www.publishnews.com.br/upload/conteudo/20130701104602607-2024495391.jpg" style="border-width: 0px; font-size: 11px; line-height: normal; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;" /> <br style="font-size: 11px; line-height: normal; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;" /><span style="clear: both; color: #7f7f7f; display: block; font-size: 9px; line-height: normal; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"></span><span style="clear: both; color: #7f7f7f; display: block; font-size: 9px; line-height: normal; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"></span></div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px !important; line-height: 19px; list-style: none; margin-bottom: 8px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
</div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px !important; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Por Holger Heimann</div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px !important; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<br style="font-size: 11px; line-height: normal; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;" /></div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px !important; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Só as farmácias conseguem ser mais rápidas, porque providenciam remédios em apenas algumas horas. Mas, na Alemanha, quem quer fortalecer o espírito e a imaginação e não encontra o que procura numa livraria espera no máximo dois dias. Graças à logística eficiente dos grandes livreiros como Koch, Neff e Volckman (KNV) e Libri, que possuem em seus estoques centrais a maioria dos livros atuais e mais procurados, as livrarias são abastecidas da noite para o dia. Mesmo nos tempos da nova mídia, ler livros está no topo das atividades de lazer preferidas dos alemães. Além disso, a rede de livrarias na Alemanha mantém um vínculo muito estreito, difícil de se ver em outros países. Isto se dá, entre outros motivos, graças à fixação dos preços dos livros, que determina o mesmo preço para todos os locais de venda. Há 3.500 livrarias no país para uma população de 82 milhões de habitantes. Ainda hoje toda cidadezinha possui a sua livraria. Muitas vezes, além de ser um lugar onde se vendem livros, ela é o centro cultural da cidade, lugar para sarau de poetas e outras atividades literárias. Não foi à toa que o escritor Hans Magnus Enzensberger intitulou estes locais de “postos de abastecimento do espírito”.<o:p style="font-size: 11px; line-height: normal; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"></o:p><div class="MsoNormal" style="list-style: none; margin-bottom: 8px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="list-style: none; margin-bottom: 8px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
No entanto esta imagem está mudando. Cada vez mais as pequenas livrarias se rendem, por não gerarem mais lucro, sem falar na renda irrisória de seus administradores. Primeiro, foi a expansão das grandes redes, principalmente da Thalia e Hugendubel, e suas estratégias repressoras. Agora é a vez da ascensão do comércio livreiro virtual, com a Amazon e o aumento das vendas de e-books, do qual as lojas físicas praticamente não aproveitam, já que são negociadas diretamente com plataformas virtuais. Em 2011, pela primeira vez o resultado no comércio livreiro físico representou menos de 50% do resultado total do setor de € 9,6 bilhões. O volume de € 4,7 bilhões corresponde a uma queda de 3% em relação ao ano anterior. E algumas previsões são bastante sombrias: até 2015 o resultado no comércio livreiro físico deve cair cerca de 16%, opinam os especialistas. Quase um a cada cinco livreiros acreditam que a queda chegará a 20%, devido à importância cada vez maior do livro eletrônico. Nas vendas do Natal passado, o e-reader, principalmente o Kindle da Amazon, foi um dos presentes preferidos.</div>
</div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px !important; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
</div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px !important; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
A Amazon, empresa ativa no mercado alemão desde 1998, também tem a agradecer o sucesso de seus leitores digitais o fato dela estar crescendo de maneira vertiginosa e constante. O resultado da Amazon Alemanha no setor livreiro foi de € 1,6 bilhões (de um resultado total de € 6,5 bilhões). Isto equivale a 74% de todo o comércio livreiro eletrônico, que representa aproximadamente um quarto do total do comércio livreiro. Com este avanço, a Amazon deixou para trás as maiores redes de livrarias, que após anos de expansão, tiveram que ir fechando cada vez mais filiais, por causa de perdas drásticas na receita.</div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px !important; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
</div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px !important; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Thalia, com um resultado de € 984 milhões, ficou abaixo da marca de € 1 bilhão. Esta rede do comércio livreiro pertence ao grupo Douglas, cujo setor mais rentável é o da perfumaria. Na posição abaixo, ocupando o terceiro lugar e mantendo-se bem, temos a DeutschBuchHandelsGmbH (DBH), uma fusão entre os atacadistas de livros Hugendubel e Weltbild, com receita no montante de € 695 milhões.</div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px !important; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
</div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px !important; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Com promoções permutáveis em espaços de venda enormes, as grandes redes foram se dirigindo para um beco sem saída. A crítica à política dos gigantes tornou-se cada vez mais veemente. “Estou certa que o aumento de filiais, que tanto a Thalia quanto a Hugendubel impulsionaram, levou a um nivelamento do comércio livreiro individual, deixando os clientes de hoje entediados. É compreensível que eles prefiram se afastar dos espaços padronizados, pois tem mais chance de encontrar produtos interessantes pela Internet”, diz Julia Claren. A gerente da Dussmann, Shopping da Cultura, mostra que é possível fazer diferente. O templo da cultura, com uma gama imensa de livros, CDs e DVDs espalhados num prédio de 5 andares no centro de Berlim, é prova viva que grandes espaços também podem ser rentáveis. No entanto o conceito da Dussmann se distancia daquele das redes livreiras, focadas em livros bestsellers; o seu se assemelha mais ao das livrarias administradas por proprietários, que investem em um atendimento competente e em um sortimento selecionado e de qualidade. “Estas são nossas pequenas irmãs”, afirma Claren.</div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px !important; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
</div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px !important; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Em Berlim estas são tão numerosas como em nenhum outro lugar; a densidade do comércio livreiro na cidade também é a maior do país. O que não surpreende, para uma cidade de 3,5 milhões de habitantes, a mais populosa da Alemanha. Por outro lado, aqui há um outro crescimento notável: ao contrário da tendência geral, o número de livrarias na capital aumenta: são mais de 300 atualmente. Ao empreendedor corajoso, o momento atual parece favorável para concretizar um negócio no setor livreiro, que não seja meramente voltado para as massas, mas que dê ênfase no especial, acima do trivial.</div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px !important; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
</div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px !important; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Provavelmente a iniciativa mais ambiciosa das recém-inauguradas é a livraria Ocelot, na capital, cujo proprietário Frithjof Klepp quer unir os mundos Online e Offline. Pelo wi-fi seus clientes não só podem como devem baixar os e-books. Mas por ora eles continuam indo às lojas, principalmente por causa da seleção primorosa de belos livros, para os quais Klepp reserva sempre um lugar de honra. “Estou certo que, mesmo nos tempos atuais, as pessoas querem ter contato com outras pessoas. Quer dizer que o cliente vai lá, onde ele se sente bem, onde espera encontrar um atendimento competente”, diz Klepp com confiança.</div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px !important; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
</div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px !important; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Deve ter sido graças ao otimismo e a dedicação destes empreendedores que Gottfried Honnefelder, Diretor da Associação da Bolsa do Comércio Livreiro Alemão, declarou: “É possível que agora seja a hora e vez do comércio livreiro independente”. Se e como o comércio livreiro tradicional poderá usufruir dos negócios com o e-book ainda é uma icógnita, mesmo contando com livreiros inovadores como Klepp. As previsões divergem tanto quanto o temperamento dos livreiros. Talvez Julia Claren tenha razão, ao afirmar que “sentimos uma certa ansiedade no momento, devido às transformações fundamentais. Todos nós do setor só temos a ganhar, reconhecendo que as empresas bem-sucedidas sempre se orientaram e ficaram bem atentas às necessidades dos clientes, para depois agir de maneira criativa. Quando a pressão aumenta, aparecem força e energia e se olha para frente.“</div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px !important; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
</div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px !important; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Holger Heimann trabalhou muitos anos como redator do Börsenblatt, a revista mais importante do setor editorial alemão. Hoje é jornalista independente em Berlim e trabalha, entre outros, para a Welt, a Rádio Alemanha e ainda para a Börsenblatt.</em></div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px !important; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"> </em></div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px !important; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Texto traduzido por Christina Wolfensberger</em></div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px !important; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><br /></em></div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px !important; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><br /></em></div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px !important; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><div style="font-style: normal; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
O negócio do livro na Alemanha vai bem – e é muito produtivo: cerca de 80 mil novos títulos são publicados todo ano, e as vendas geram um faturamento anual de 9,52 bilhões de euros. Mas quem são os atores no cenário do livro e do mercado editorial na Alemanha? Quais regras específicas se aplicam ao mercado alemão – do preço do livro ao Börsenverein? Tendo em vista a participação da Alemanha como país convidado de honra na Bienal do Livro do Rio de Janeiro, e o Brasil como país convidado de honra na Feira do Livro de Frankfurt, produzimos uma série de artigos sobre o mercado editorial, e o livro em geral, na Alemanha. Apresentaremos um panorama geral do mercado, falaremos sobre agências literárias na Alemanha, sobre literatura para crianças, sobre o livro digital, as principais empresas do mercado, e muitos outros assuntos. Agradecemos ao Ministério das Relações Exteriores da Alemanha por seu apoio na produção desta série. Esperamos que gostem!</div>
<div style="font-style: normal; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
</div>
<div style="font-style: normal; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Juergen Boos, diretor da Feira de Frankfurt</div>
</em></div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px !important; line-height: 19px; list-style: none; margin-bottom: 8px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
</div>
<div class="botoes" style="clear: both; font-family: verdana, arial; font-size: 13px !important; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 10px 0px; vertical-align: baseline; width: 710px;">
<br /></div>
Jaime Mendeshttp://www.blogger.com/profile/14377094846833275102noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-814758584862974886.post-52672685582452527942013-06-28T11:17:00.001-03:002013-06-28T11:17:53.947-03:00Saiu na mídia # 15: O futuro não é o fim, ainda<span style="font-size: large;">Compartilho texto publicado no jornal Valor Econômico</span><br />
<br />
<div class="n-header" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 13px; line-height: 14px; margin-bottom: 15px;">
<span class="date submitted">28/06/2013 às 00h00</span> <h1 class="title1" style="color: #333333; font-family: 'coranto bold', georgia, 'times new roman', times; font-size: 30px; font-weight: normal; margin: 0px; word-wrap: break-word;">
<br /></h1>
<h1 class="title1" style="color: #333333; font-family: 'coranto bold', georgia, 'times new roman', times; font-size: 30px; font-weight: normal; margin: 0px; word-wrap: break-word;">
O futuro não é o fim, ainda</h1>
</div>
<div class="node-author node-author-valor-share" style="border-color: rgb(209, 209, 209); border-style: solid; border-width: 4px 0px 1px; color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; margin: 0px 0px 20px; overflow: hidden; padding: 9px 0px;">
<div class="valor-share-social-links-small-wrapper" style="margin-top: -8px; position: absolute; right: 0px; top: 50%; width: 154px;">
<div class="share-list-small" id="valor-share-social-links-small">
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<ul class="inline-list list-social-small left" style="float: left; margin: 0px; overflow: hidden; padding: 0px;">
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</ul>
</div>
</div>
</div>
<div class="node-author-inner">
Por <strong>João Luiz Rosa | De São Paulo</strong></div>
</div>
<div class="n-content" id="node-body" style="clear: both; font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 15px; line-height: 25px;">
<div class="ml-image mdl mblue mdl-img right ml-image-preset-media_library_small_horizontal media-library-image" style="border-top-color: rgb(16, 124, 183); border-top-style: solid; border-top-width: 4px; color: #333333; float: right; line-height: 1.2; margin-left: 20px; max-width: 240px; position: relative;">
<a absolute="1" href="http://www.valor.com.br/sites/default/files/gn/13/06/foto28cul-402-capa-d4.jpg" rel="colorbox-image" style="color: #388b9f; text-decoration: none;"><div class="hdr-right" style="position: absolute; right: 0px; top: 0px; z-index: 10000;">
<div class="button zoom" style="background-color: #107cb7; background-image: url(http://www.valor.com.br/sites/all/themes/basic/css/img/icons/zoom.png); background-position: 9px 8px; background-repeat: no-repeat no-repeat; border: 0px; cursor: pointer; height: 31px; overflow: hidden; text-indent: -4000px; width: 31px; zoom: 1;">
</div>
</div>
<img alt="Claudio Belli/Valor" src="http://www.valor.com.br/sites/default/files/crop/imagecache/media_library_small_horizontal/0/0/755/494/sites/default/files/gn/13/06/foto28cul-402-capa-d4.jpg" style="border: none; display: block;" title="Claudio Belli/Valor" /></a><span class="ml-caption" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 1.2;">Javier Celaya, vice-presidente da Associação Espanhola de Revistas Digitais: “A grande pergunta de todo mundo é onde está o dinheiro na internet”</span></div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
</div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
Há dois anos, parecia que o livro impresso começava a tomar o caminho da extinção. Em abril de 2011, a Amazon anunciou que a venda de livros eletrônicos superara pela primeira vez a de papel - 105 volumes digitais para cada 100 tradicionais - e a Borders, uma das maiores cadeias de livrarias dos Estados Unidos, baixou as portas, em setembro, apenas sete meses depois de entrar com um pedido de recuperação judicial. Das 511 lojas que tinha um ano antes restavam 399.</div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
Agora, os sinais são diferentes. As vendas dos aparelhos eletrônicos para leitura de livros, ou e-readers, que pareciam os substitutos naturais do livro em papel, vão cair dos 5,8 milhões de unidades projetadas para este ano para 2,3 milhões em 2017, prevê a consultoria Forrester. O interesse do público parece tão morno que nesta semana a Barnes & Noble, outra gigante americana das livrarias, anunciou que vai abandonar parte da produção do seu e-reader, o Nook, depois de a receita com o negócio cair 34% no trimestre, duplicando as perdas na área.</div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
Ainda mais significativo é que as próprias vendas dos livros digitais não seguiram o ritmo espetacular que se esperava a princípio. Em uma década, entre 2002 e 2012, os e-books saíram de invisíveis 0,05% da receita do mercado editorial americano, o mais avançado na área digital, para 20% das vendas. Em outros países, permanece longe desse patamar - 10% na Espanha, 3% na Itália, pouco mais de 2,5% no Brasil.</div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
Contra as probabilidades, os números parecem indicar que o livro é mais resistente ao tsunami digital que a música. Segundo a IFPI, principal organização mundial da indústria fonográfica, o segmento digital representou 37% da receita total do setor no ano passado, mas os números só levam em consideração as vendas legais. O que é obtido por meio da pirataria fica fora do levantamento, o que distorce o cenário. Foram as vendas ilegais, afinal, que destroçaram as regras estabelecidas no setor, cujos personagens ainda estão em busca de novos formatos comerciais viáveis. No mercado editorial, talvez por não ter ocorrido o mesmo efeito devastador, fica a impressão de que a maré digital está fraca, mas muitos especialistas acham que a grande onda ainda está por vir.</div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
"Há 500 anos, desde a invenção da imprensa por Gutenberg, não se via uma revolução da mesma ordem e magnitude na indústria da informação", disse o professor Silvio Meira, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), na abertura do IV Congresso do Livro Digital, ocorrido neste mês em São Paulo. Meira, que também é cientista-chefe do Cesar, centro de inovação com sede no Recife, contou que algum tempo atrás um executivo perguntou se as mudanças viriam antes de sua aposentadoria, daqui a dez anos. "Dez anos? Ih, pode ter certeza de que você vai enfrentar turbulência", respondeu o professor.</div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
Tempo, portanto, ocupa um papel especial na digitalização do livro. "Eu não diria que o ritmo [de vendas dos livros digitais] está lento ou abaixo das expectativas", afirma Karine Pansa, presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL) e sócia-diretora da Girassol Brasil Edições. Embora o assunto esteja em discussão há anos, as vendas de e-books no país só começaram para valer no fim do ano passado, com uma resposta positiva tanto da indústria quanto do consumidor, avalia Karine. Pelas contas da CBL, o número de títulos em formato digital triplicou no Brasil em um ano, passando de 5 mil em 2011 para 15 mil no ano passado.</div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
A expectativa é que a redução dos preços dos tablets dê um forte impulso aos livros digitais. Enquanto os e-readers, voltados basicamente para leitura, sofrem uma redução prematura das vendas, os tablets - que também permitem navegar na internet, ver filmes, ouvir música etc. - ficam mais baratos e ganham consumidores de mais classes sociais. A previsão da consultoria IDC é que as vendas mundiais de tablets vão chegar a 229,3 milhões de unidades neste ano, superando pela primeira vez a de notebooks, de 187,4 milhões de unidades. O preço médio vai ficar quase 11% mais baixo, em US$ 381. É por isso que, apesar do desinteresse pelos e-readers, os livros digitais teriam espaço para crescer. Em vez de aparelhos exclusivos para leitura, o consumidor estaria preferindo os tablets na hora de ler.</div>
<div class="ml-image mdl mblue mdl-img left ml-image-preset-media_library_small_horizontal media-library-image" style="border-top-color: rgb(16, 124, 183); border-top-style: solid; border-top-width: 4px; color: #333333; float: left; line-height: 1.2; margin-right: 20px; max-width: 240px; position: relative;">
<a absolute="1" href="http://www.valor.com.br/sites/default/files/gn/13/06/arte28cul-401-capa-d4.jpg" rel="colorbox-image" style="color: #388b9f; text-decoration: none;"><div class="hdr-right" style="position: absolute; right: 0px; top: 0px; z-index: 10000;">
<div class="button zoom" style="background-color: #107cb7; background-image: url(http://www.valor.com.br/sites/all/themes/basic/css/img/icons/zoom.png); background-position: 9px 8px; background-repeat: no-repeat no-repeat; border: 0px; cursor: pointer; height: 31px; overflow: hidden; text-indent: -4000px; width: 31px; zoom: 1;">
</div>
</div>
<img src="http://www.valor.com.br/sites/default/files/crop/imagecache/media_library_small_horizontal/87/91/230/150/sites/default/files/gn/13/06/arte28cul-401-capa-d4.jpg" style="border: none; display: block;" /></a></div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
</div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
A competição acirrada pode contribuir para a adoção mais rápida dos e-books. Companhias como a Amazon, dona do Kindle, estão lançando equipamentos básicos a preços reduzidos, com margens baixíssimas de lucro, na expectativa de vender livros digitais e recuperar o investimento mais tarde. É uma manobra que tomou emprestada do setor de tecnologia da informação: fabricantes de impressoras, por exemplo, também vendem máquinas com margens apertadas para ganhar dinheiro com tinta e papel.</div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
"O problema do tablet é que se trata de um meio individual. Cada pessoa precisa ter o seu. Mas a TV também era algo raro nos anos 50 e 60 e hoje cada casa tem duas ou três TVs", diz o italiano Mario Pireddu, professor da Universidade de Roma III e da Universidade IULM de Milão. "Com o tablet, multipliquei minha capacidade de leitura. Se tenho um voo de 12 horas, posso ver filmes e ouvir música, mas conto com 40 livros à disposição."</div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
No Brasil, a arrancada do livro digital também estaria ligada a um ponto particular: o peso dos livros didáticos no mercado editorial e nos hábitos de leitura da população. Divulgada no ano passado, a mais recente edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil mostra que o número de leitores no país caiu de 95,6 milhões de pessoas em 2007, ou 55% da população, para 88,2 milhões em 2011, o equivalente a 50%. Elaborado pelo Instituto Pró-Livro e o Ibope Inteligência, o levantamento considerou como leitor a pessoa que tivesse lido pelo menos um livro nos três meses que antecederam a pesquisa. Em média, foi lido 1,85 livro no período, sendo 1,05 por iniciativa própria e 0,81 - uma participação considerável - por indicação da escola. Desse número, 0,63 encaixava-se na categoria livro didático, deixando à literatura apenas 0,18 livro.</div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
Ler ficou na sétima posição entre as preferências no tempo livre, com 28% das respostas, bem abaixo de ver TV (85%), o passatempo favorito dos brasileiros. Em uma pergunta que admitia até três respostas, a maioria (64%) afirmou que ler é adquirir conhecimento para a vida, mas as respostas seguintes - útil para a atualização profissional (41%) e para o conhecimento na escola (35%) - mostram que a leitura é vista muito mais como uma obrigação do que como uma fonte de prazer. A resposta "uma atividade interessante" ficou com apenas 21% das preferências e "uma atividade prazerosa", com menos ainda: 18%.</div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
O quadro permite deduzir que para onde a escola se dirigir no Brasil o hábito de leitura vai se mover, e essa direção, em parte, é o livro digital. "Já foi definido que a partir de 2015 todos os livros didáticos que o governo adquirir terão de ter uma versão digital", diz Karine, da CBL.</div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
A questão que começa a se discutir - e provavelmente vai dominar os debates e as ações nos próximos anos - é que tipo de livro digital chegará às salas de aula, e quais serão os ecos nos demais ramos da indústria, incluindo a ficção. Até agora, o e-book tem sido pouco mais que a transposição do livro em papel para a tela de um dispositivo eletrônico. Mas um novo conceito de publicação digital está em gestação: é a ideia de transformar o livro em componente de um sistema mais amplo, com uma forte contribuição das redes sociais. É o livro como serviço ou, numa proposição ainda mais radical, o livro como software.</div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
Bibliotecárias sempre tiveram pavor de que usuários mais rebeldes grifassem ou fizessem anotações nas orelhas dos livros que tomavam emprestados, mas no mundo digital saber as opiniões dos outros não só é útil como tem valor econômico, defende o professor Meira. Essa concepção já seria dominante na internet, na qual as pessoas procuram pelas opiniões dos outros antes de fazer compras, decidir para onde viajar nas férias ou em que hotel ficar. O livro digital, sob esse ponto de vista, não só pode estimular que mais pessoas leiam, mas também escrevam, como prenunciam os blogs.</div>
<div class="ml-image mdl mblue mdl-img right ml-image-preset-media_library_small_horizontal media-library-image" style="border-top-color: rgb(16, 124, 183); border-top-style: solid; border-top-width: 4px; color: #333333; float: right; line-height: 1.2; margin-left: 20px; max-width: 240px; position: relative;">
<a absolute="1" href="http://www.valor.com.br/sites/default/files/gn/13/06/foto28cul-403-capa-d4.jpg" rel="colorbox-image" style="color: #388b9f; text-decoration: none;"><div class="hdr-right" style="position: absolute; right: 0px; top: 0px; z-index: 10000;">
<div class="button zoom" style="background-color: #107cb7; background-image: url(http://www.valor.com.br/sites/all/themes/basic/css/img/icons/zoom.png); background-position: 9px 8px; background-repeat: no-repeat no-repeat; border: 0px; cursor: pointer; height: 31px; overflow: hidden; text-indent: -4000px; width: 31px; zoom: 1;">
</div>
</div>
<img alt="Claudio Belli/Valor" src="http://www.valor.com.br/sites/default/files/crop/imagecache/media_library_small_horizontal/0/0/686/449/sites/default/files/gn/13/06/foto28cul-403-capa-d4.jpg" style="border: none; display: block;" title="Claudio Belli/Valor" /></a><span class="ml-caption" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px; font-style: italic; line-height: 1.2;">Pireddu, professor da Universidade de Roma III: “Creio que o tablet será o meio dominante. O problema é que cada pessoa precisa ter o seu. Mas a TV também era algo raro nos anos 50 e 60”</span></div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
</div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
A reclamação de muitos críticos é qual a relevância de tudo isso que está sendo escrito. A maior parte dos blogs, na verdade, passa despercebida - e desaparece com a mesma facilidade com que foi criada. "Você está falando do problema do lixo [cultural], mas essa não é uma questão nova", diz Pireddu. No século XV, informa o professor, um livro publicado na Itália por um contemporâneo de Gutenberg já questionava se as facilidades proporcionadas pelos tipos móveis não cobririam a Europa de obras descartáveis. "O argumento de que os monges copistas faziam uma seleção do que deveria ser publicado era semelhante ao usado hoje", afirma o especialista. "Vai haver mais lixo, mas esse é o preço a pagar pela democratização [da produção de conteúdo]. E não é verdade que bem antes da internet as editoras já publicavam muita literatura de baixo valor?"</div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
Ainda não está claro como o conceito da rede social pode ajudar o leitor, mas Pireddu dá uma pista. "Você pode não ter interesse em saber a opinião de um leigo sobre um livro de Shakespeare, mas e se a editora montasse um grupo que lhe permitisse compartilhar as opiniões de um crítico de teatro ou de um ator reconhecido por interpretar Shakespeare?", pergunta.</div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
A ideia, portanto, é ligar o livro a outras fontes de conhecimento, combinando-as em um único serviço. Em vez de só ler sobre um filme de Fellini, por exemplo, o leitor poderia ver trechos do filme como extensão do livro e discutir com outras pessoas sobre o que está sendo abordado.</div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
É nessa linha que vai o próximo livro de Meira. Com lançamento previsto para setembro, a obra terá palavras-chave associadas a cada parágrafo. Um aplicativo poderá ajudar na leitura do livro. Toda vez que uma informação nova for publicada sobre o termo em questão, o leitor será avisado pelo software, com indicações de como obter os complementos. Na prática, o livro vai se tornar uma espécie de obra aberta e atualizada constantemente, como ocorrem com alguns programas de computador. "Em determinado momento, precisei parar de escrever o livro e passei a escrever o software", contou Meira.</div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
Se mudanças como essas se tornarem padrão, outras questões ganharão urgência, como os direitos autorais - em um ambiente coletivo, quem será remunerado pelo quê? - e os meios para financiar criações que vão requerer um aparato tecnológico para oferecer ao leitor o que prometiam a princípio. Será a hora, também, de definir quem vai pagar a conta e que modelos comerciais serão capazes de oferecer o retorno necessário para sustentar o investimento.</div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
"A grande pergunta de todo mundo é onde está o dinheiro na internet", diz Javier Celaya, vice-presidente da Associação Espanhola de Revistas Digitais e diretor da Associação Espanhola de Economia Digital.</div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
Até agora, os produtores de conteúdo, como autores de livros e jornalistas, criam bens culturais pelos quais os leitores pagam. Esse cenário se baseia em uma espécie de economia da escassez, na qual os produtores de informação são poucos, o que aumenta o valor do que é produzido. A internet alterou esse modelo ao multiplicar as fontes de informação, sem entrar no mérito da qualidade da produção cultural ou no fato de que muitos sites exibem propriedades pelas quais deveriam pagar.</div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
Para não perder relevância, afirma Celaya, as empresas ligadas à informação terão de cobrar por serviços, em vez de conteúdo. Não é só o livro que será transformado em serviço, mas também os jornais, as revistas e outros meios noticiosos. E, como no livro, a carga tecnológica para promover essa transformação será intensa.</div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
"Pense em empresas como o Google e a Amazon, que ganham dinheiro porque conhecem muito bem seus usuários", diz Celaya. As empresas jornalísticas poderiam adotar uma abordagem semelhante, afirma o especialista. Ao saber quais artigos o leitor lê por dia, quantos deles são lidos até o fim e outras informações do gênero, obtidas por meio de softwares, as companhias poderiam criar versões pessoais de suas publicações.</div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
"O Brasil é um dos países com mais bancas de jornal, mas elas não têm muitos recursos tecnológicos", afirma Celaya. Com investimento na cadeia de distribuição, um jornal ou revista poderia identificar, por sistemas de geolocalização, que um leitor está a poucos metros de uma banca e mandar um aviso para o celular dele, com o resumo de uma notícia particularmente interessante e a sugestão de que passe pela banca no caminho.</div>
<div style="line-height: 1.4; margin-bottom: 1em;">
Por enquanto, essa parece uma cena de ficção científica, mas, se o caminho se mostrar correto, finalmente será impossível dissociar meio e mensagem.</div>
</div>
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', Times, serif; font-size: 13px; line-height: 14px;"><br /></span>Jaime Mendeshttp://www.blogger.com/profile/14377094846833275102noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-814758584862974886.post-36174853555371348032013-06-25T23:24:00.000-03:002013-06-25T23:24:07.735-03:00Saiu na mídia # 14: Setor de Educação e países emergentes marcaram indústria editorial internacional em 2012<span style="font-size: large;">Compartilhando matéria publicada no <a href="http://www.publishnews.com.br/telas/noticias/detalhes.aspx?id=73496">Publishnews</a></span><br />
<br />
<h3 style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px !important; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Setor de Educação e países emergentes marcaram indústria editorial internacional em 2012</h3>
<div class="data-colunista" style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px; line-height: 19px; list-style: none; margin-bottom: 8px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">PublishNews - 25/06/2013 - Iona Teixeira Stevens</em></div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px; line-height: 19px; list-style: none; margin-bottom: 8px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<em style="list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Pearson continua liderando ranking global</em></div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; max-width: 150px; padding: 0px; vertical-align: baseline; width: 100px;">
</div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px; line-height: 19px; list-style: none; margin-bottom: 8px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
</div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Desde 2006 a consultoria Rüdiger Wischenbart vem acompanhando o mercado editorial internacional, disponibilizando anualmente um ranking com as maiores editoras do mundo, que possuem faturamento superior a US$ 200 milhões. O Ranking Global é realizado a pedido da revista francesa Livres Hébdo, especializada no mercado editorial, e é publicado em conjunto pela Buchreport, na Alemanha, The Bookseller, no Reino Unido, Publishers Weekly, nos Estados Unidos, e PublishNews, no Brasil.</div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
</div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Segundo o consultor austríaco, as informações das empresas são coletadas a partir de relatórios, documentos e consultas, e incluem os números referentes a vários tipos de publicação (livros, material digital e informação profissional, com exceção de jornais, revistas, serviços de notícias ou publicações corporativas e atividades de varejo). Em 2011, a pesquisa passou a incluir o Brasil, China, Coréia e Rússia, e desde então temos visto a presença de algumas editoras brasileiras no ranking. Abril Educação, Saraiva e FTD, que já estavam entre as 54 maiores em 2012, aparecem novamente na lista.</div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
</div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
O ranking de 2013 leva em consideração o faturamento observado em 2012 de 60 grupos editoriais, cuja receita consolidada chegou a € 56,56 bilhões, recuperando a leve queda registrada no ano passado, quando as 54 empresas listadas totalizaram € 54,3 bilhões.</div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
</div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<o:p style="font-size: 11px; line-height: normal; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><strong style="font-size: 13px !important; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Consolidação</strong></o:p></div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<o:p style="font-size: 11px; line-height: normal; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"> </o:p></div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Em 2012 o mercado editorial internacional foi abalado pela notícia da fusão da editora Penguin, do grupo Pearson, com a Random House, da gigante alemã Bertelsmann, além de outras tentativas de compra como a News Corp e Simon & Schuster. Mesmo ainda sem a fusão, o relatório de Wischenbart mostra que a tendência à consolidação a nível internacional não é de hoje: em 2012, os 10 maiores grupos editoriais responderam por mais da metade do faturamento total das 50 maiores empresas da lista.</div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
</div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Porém, o <em style="list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">market share</em> das 10 maiores vem caindo, e passou de 57% de 2008 a 2010 para 55% em 2012. Paralelamente, o <em style="list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">market share </em>das empresas nas posições 21-50 aumentou de 21% em 2008 e 2009 para 25% em 2012. A fusão do “Pinguim Aleatório” deve afetar o gráfico relativamente estável da evolução do<em style="list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">market share </em>nos próximos anos. Segundo o consultor Wischenbart: “Essa evolução reflete bem como novas empresas, especialmente dos mercados emergentes, estão entrando e adquirindo um papel na arena internacional”.</div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px; line-height: 19px; list-style: none; margin-bottom: 8px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<img alt="" height="503" src="http://www.publishnews.com.br/upload/Image/Tabela01.jpg" style="font-size: 11px; height: 357px; line-height: normal; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline; width: 560px;" width="626" /></div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Fonte: Consultoria Rüdiger Wischenbart</div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px; line-height: 19px; list-style: none; margin-bottom: 8px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px; line-height: 19px; list-style: none; margin-bottom: 8px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<strong style="list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Setores<o:p style="font-size: 11px; font-weight: normal; line-height: normal; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"></o:p></strong></div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
</div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
O segmento CTP ainda é o mais representativo, com 41% do faturamento das empresas, mas é o segmento educacional que vem ganhando espaço, passando de 30% em 2011 para 34% no ano passado. O varejo de literatura geral vem caindo nos últimos 3 anos, e em 2012 manteve apenas 25% do faturamento total. O estudo ressalta que o distanciamento entre o setor de educação e o varejo geral aumentou desde 2010.</div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px; line-height: 19px; list-style: none; margin-bottom: 8px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<img alt="" height="395" src="http://www.publishnews.com.br/upload/Image/Tabela02.jpg" style="font-size: 11px; height: 303px; line-height: normal; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline; width: 583px;" width="709" /></div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Fonte: Consultoria Rüdiger Wischenbart</div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
</div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
</div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Aqui os mercados emergentes afetam mais claramente o cenário internacional. O segmento de educação depende dos gastos governamentais, e em 2012 estes gastos caíram, principalmente nos Estados Unidos, segundo Wischenbart. O que explicaria então a forte competitividade do segmento educacional é o potencial de crescimento dos novos mercados no cenário internacional, não apenas os BRICS, como também México, Turquia, Indonésia e países do Golfo. “A substituição de livros-texto tradicionais por digitais através de programas nacionais de compras é a cobertura desse bolo crescente”, afirma o consultor.</div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
</div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
</div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<o:p style="font-size: 11px; line-height: normal; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"></o:p></div>
<div align="center" style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px; line-height: 19px; list-style: none; margin-bottom: 8px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<img alt="" height="506" src="http://www.publishnews.com.br/upload/Image/Tabela03.jpg" style="font-size: 11px; height: 356px; line-height: normal; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline; width: 594px;" width="694" /></div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
</div>
<o:p style="font-family: verdana, arial; font-size: 11px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"></o:p><span style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px; line-height: 19px;"></span><span style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px; line-height: 19px;">Fonte: Consultoria Rüdiger Wischenbart</span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px; line-height: 19px; list-style: none; margin-bottom: 8px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<o:p style="font-size: 11px; line-height: normal; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px; line-height: 19px; list-style: none; margin-bottom: 8px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<strong style="list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Ranking<o:p style="font-size: 11px; font-weight: normal; line-height: normal; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"></o:p></strong></div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
</div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
À primeira vista, o ranking parece estável, as 10 primeiras colocadas continuam as mesmas – as 4 primeiras continuaram inclusive na mesma ordem. Mas Wischenbart alerta: “Tomar essa continuidade como prova de estabilidade seria interpretar erroneamente as mudanças que caracterizam essa indústria abaixo da superfície”. Entre as 10 primeiras, apenas a Pearson – que inclui a editora Penguin e o setor de educação Pearson Education – vem expandindo continuamente. “O que era um setor governado por apenas alguns conglomerados na Europa, Nova York e, em alguns casos, no Japão, vê agora grupos na China, Rússia ou Brasil se tornando relevantes no palco internacional”, complementa o consultor.</div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
</div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
As brasileiras Abril Educação, Saraiva e FTD marcaram presença no ranking esse ano também, mas apenas a Abril Educação subiu uma posição, passando de 40ª a 39ª colocação. Saraiva caiu da 50ª para a 56ª posição e FTD da 52ª para a 59ª posição no ranking. Para conferir o ranking completo, <a href="http://publishnews.com.br/upload/download/rankingGlobal2013.jpg" style="color: black; cursor: pointer; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">clique aqui</a>.</div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
</div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
</div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Outro destaque foram as chinesas China Publishing Group Corporate e Phoenix Publishing and Media Company que, lideradas pelo governo, já estrearam na lista com faturamento superior a € 800 milhões.</div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
</div>
<div style="font-family: verdana, arial; font-size: 13px; line-height: 19px; list-style: none; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Em conclusão, a estabilidade no topo da lista não reflete as turbulências que ainda virão. “Obviamente, é uma hora importante para estrategistas, para antecipar e conseguir navegar suas empresas nesses tempos interessantes”, finaliza Wischenbart.</div>
Jaime Mendeshttp://www.blogger.com/profile/14377094846833275102noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-814758584862974886.post-39594709579620818702013-06-08T16:42:00.000-03:002013-06-08T16:42:30.143-03:00Saiu na mídia # 13: Paris ajudará livrarias contra concorrência da Amazon<h1 class="titulo" style="background-color: white; clear: both; font-family: arial, helvetica, clean, sans-serif; margin: 0px 0px 7px; padding: 0px;">
<span style="font-size: 26px;"><span style="font-weight: normal;">Paris ajudará livrarias contra concorrência da Amazon</span> </span><span style="font-weight: normal;"><span style="font-size: small;">(publicado na Revista <a href="http://exame.abril.com.br/negocios/noticias/paris-prepara-plano-de-ajuda-as-livrarias-contra-concorrencia-da-amazon">Exame</a>)</span></span></h1>
<h2 class="subtitulo" style="background-color: white; font-family: arial, helvetica, clean, sans-serif; font-size: 14px; font-weight: normal; margin: 0px 0px 8px; padding: 0px;">
"Todo mundo está farto da Amazon", declarou a ministra de Cultura da França, Aurélie Filippetti</h2>
<div class="noindex" style="background-color: white; font-family: arial, helvetica, clean, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 16px; margin: 0px; padding: 0px;">
<div class="coment" style="margin: 0px; padding: 0px; width: 590px;">
<div class="fb-recom" style="margin: 0px; padding: 0px; width: 590px;">
<div class=" fb_reset" id="fb-root" style="background-image: none; border-spacing: 0px; border: 0px; cursor: auto; direction: ltr; float: left !important; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 1; margin: 0px; overflow: visible; padding: 0px; text-shadow: none; vertical-align: top; visibility: visible; word-spacing: normal;">
<div style="float: left !important; height: 0px; margin: 0px; overflow: hidden; padding: 0px; position: absolute; top: -10000px; vertical-align: top; width: 0px;">
<div style="float: left !important; margin: 0px; padding: 0px; vertical-align: top;">
<span style="color: #6f6f6f; font-family: arial, helvetica, clean, sans-serif; font-size: 9px; line-height: 12px; text-align: right;"><br />Brian Snyder/Reuters</span><iframe allowtransparency="true" aria-hidden="true" frameborder="0" id="fb_xdm_frame_http" name="fb_xdm_frame_http" scrolling="no" src="http://static.ak.facebook.com/connect/xd_arbiter.php?version=24#channel=f20c2a21a4&origin=http%3A%2F%2Fexame.abril.com.br&channel_path=%2Fnegocios%2Fnoticias%2Fparis-prepara-plano-de-ajuda-as-livrarias-contra-concorrencia-da-amazon%3Ffb_xd_fragment%23xd_sig%3Df2d27de03c%26" style="border-style: none; float: left !important;" tab-index="-1" title="Facebook Cross Domain Communication Frame"></iframe><iframe allowtransparency="true" aria-hidden="true" frameborder="0" id="fb_xdm_frame_https" name="fb_xdm_frame_https" scrolling="no" src="https://s-static.ak.facebook.com/connect/xd_arbiter.php?version=24#channel=f20c2a21a4&origin=http%3A%2F%2Fexame.abril.com.br&channel_path=%2Fnegocios%2Fnoticias%2Fparis-prepara-plano-de-ajuda-as-livrarias-contra-concorrencia-da-amazon%3Ffb_xd_fragment%23xd_sig%3Df2d27de03c%26" style="border-style: none; float: left !important;" tab-index="-1" title="Facebook Cross Domain Communication Frame"></iframe></div>
</div>
</div>
<div class="fb-like fb_edge_widget_with_comment fb_iframe_widget" data-action="recommend" data-font="arial" data-href="http://exame.abril.com.br/negocios/noticias/paris-prepara-plano-de-ajuda-as-livrarias-contra-concorrencia-da-amazon" data-layout="button_count" data-send="false" data-show-faces="false" data-width="130" fb-xfbml-state="rendered" style="display: inline-block; float: left !important; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px !important; margin-top: 0px; padding: 0px; position: relative; vertical-align: top; width: 133px;">
<span style="display: inline-block; float: left !important; height: 20px; position: relative; text-align: justify; width: 113px;"><a href="" style="background-image: url(http://exame1.abrilm.com.br/images/icon_email.png?1362006050); background-repeat: no-repeat no-repeat; color: #1d6c88; display: inline !important; height: 23px; margin-right: 5px; vertical-align: top; width: 23px;"> </a></span></div>
</div>
</div>
</div>
<div class="mat-corpo" style="background-color: white; font-family: arial, helvetica, clean, sans-serif; font-size: 14px; margin: 0px 0px 31px; padding: 40px 0px 0px;">
<div class="info-img-articles" style="color: #6f6f6f; float: left; font-size: 13px; margin: 0px 20px 20px 0px; padding: 0px;">
<div class="embedded" style="margin: 0px; padding: 0px;">
</div>
<div class="article_image" style="line-height: 17px; margin-bottom: 5px; padding: 0px;">
<img alt="Motorista entrega dois pacotes da Amazon.com em Boston, Massachusetts" class="lazy" data-original="http://exame1.abrilm.com.br/assets/images/2013/4/178352/size_590_2013-04-25T231408Z_1962835850_TM4E94P1ETT01_RTRMADP_3_AMAZON-RESULTS.JPG?1366988009" src="http://exame1.abrilm.com.br/assets/images/2013/4/178352/size_590_2013-04-25T231408Z_1962835850_TM4E94P1ETT01_RTRMADP_3_AMAZON-RESULTS.JPG?1366988009" style="border: 0px; display: inline; max-width: 590px;" title="Motorista entrega dois pacotes da Amazon.com em Boston, Massachusetts" /></div>
<div class="gray" style="line-height: 17px; padding: 0px;">
</div>
<div style="line-height: 17px; padding: 0px;">
A ministra insistiu que "é preciso respeitar o preço único do livro", algo que, segundo sua opinião, não é seguido pela Amazon</div>
<div style="line-height: 17px; padding: 0px;">
</div>
</div>
<div class="clear" style="clear: both; margin: 0px; padding: 0px;">
<div style="line-height: 19px; margin-bottom: 18px; margin-top: 18px; padding: 0px;">
Paris - A ministra de Cultura da França, Aurélie Filippetti, defendeu nesta quarta-feira um plano de ajuda a favor dos livrarias independentes, ao mesmo tempo que revelou a preparação de "medidas muito fortes" contra a companhia americana de venda online<a href="http://exame.abril.com.br/topicos/amazon" style="color: #1d6c88; text-decoration: none;" target="_blank"><strong style="font-style: inherit;">Amazon</strong></a>, acusada de concorrência desleal.</div>
<div class="noindex" style="margin: 0px; padding: 0px;">
<span style="line-height: 19px;">"Todo mundo está farto da Amazon", declarou a ministra francesa em entrevista à emissora de rádio "RTL", na qual, inclusive, assinalou que esse sentimento existe em seu país de origem, os Estados Unidos, onde 10 mil empregos foram perdidos nas livrarias.</span></div>
<div style="line-height: 19px; margin-bottom: 18px; margin-top: 18px; padding: 0px;">
Segundo Aurélie, as medidas começaram a ser apresentadas na última segunda-feira aos profissionais franceses, com uma verba suplementar de 2 milhões de euros para o Centro Nacional do Livro (CNL), valor que se soma aos nove milhões de euros anunciados em março.</div>
<div style="line-height: 19px; margin-bottom: 18px; margin-top: 18px; padding: 0px;">
A ministra insistiu que "é preciso respeitar o preço único do livro", algo que, segundo sua opinião, não é seguido pela Amazon. A lei do preço único foi implantada na França em 1981 para proteger as livrarias independentes frente à concorrência das grandes cadeias de lojas de produtos culturais.</div>
<div style="line-height: 19px; margin-bottom: 18px; margin-top: 18px; padding: 0px;">
Os livrarias independentes, essencialmente pequenas e médias empresas, supõem entre 2,5 mil a 3 mil pontos de venda e 13 mil empregos. Segundo a ministra, seu faturamento caiu 8% entre 2003 e 2012.</div>
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Jaime Mendeshttp://www.blogger.com/profile/14377094846833275102noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-814758584862974886.post-29869874569555622232013-04-09T01:24:00.000-03:002013-04-09T01:24:40.062-03:00Saiu na mídia # 12: Entre letras e números<span style="font-size: large;">Compartilhando o ótimo texto de Josélia Aguiar publicado no <a href="http://is.gd/3VyWfF">Valor Econômico</a> em 28.03.2013</span><br />
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<div style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0.8em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Otávio Marques da Costa enviou o currículo pelo site. Advogado jovem num grande escritório de São Paulo, queria mudar de profissão. Começou a cursar outra faculdade, de história, aventava um mestrado no exterior e, enquanto não se decidia, passou a se ocupar nas horas vagas como preparador de texto, um tipo avançado de revisor. Pelo site, seu currículo chegou até a diretora editorial da Companhia das Letras, então Maria Emília Bender. Contratado como assistente por um salário que correspondia a metade do que ganhava, mudou de emprego sem hesitar.</span></div>
<div style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0.8em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Contado até aí, o enredo se presta a um livro sobre gestão de carreira, título que talvez tivesse boa acolhida sem alcançar as listas de mais vendidos. Com o desfecho, dá até best-seller: depois de cinco anos, o funcionário que se distinguiu por um comprometimento singular acaba de assumir o recém-criado cargo de publisher, o que representa chefiar o coração de uma das mais prestigiosas editoras do país. A virada representa bem a ousadia na hora de apostar e a velocidade para obter resultados que exige hoje o mercado editorial brasileiro, espelho de grandes praças estrangeiras.</span></div>
<div style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0.8em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A função é compartilhada. Ao lado de Costa, assumiu Júlia Moritz, filha do fundador, Luiz Schwarcz. Ambos têm 31 anos, dividiam a mesma sala e agora participam juntos de temporadas de imersão no grupo britânico Penguin, que comprou 45% da Companhia das Letras em 2011. A mudança no organograma levou à saída de gente que estava havia décadas na casa, como a própria Maria Emília, e à promoção de assistentes para cargos de editores, agora ocupados também com novos selos editoriais, como Paralela e Seguinte, que marcam a entrada em nichos comerciais. Coordenados pela dupla de publishers, oito editores na faixa dos 30 anos leem, aprovam ou descartam obras oferecidas por agentes, "scouts" ou os próprios autores. Antes se responsabilizavam pela edição do texto - encomendas de tradução, preparação e revisão -, que cabe hoje a um núcleo criado exclusivamente para a tarefa.</span></div>
<div style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0.8em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A renovação das equipes - não só a troca, o rejuvenescimento de seus componentes - é uma das mudanças por que passam editoras de médio e grande porte diante de um mercado que tende a ficar ainda mais aguerrido. Pelo menos cinco das mais importantes editoras do país reestruturaram recentemente seu corpo editorial - além da Companhia, Record, Objetiva, Globo, Cosac Naify - e duas se constituíram ou deram sua arrancada há pouco tempo - LeYa e Intrínseca. Não só mais jovens, os editores, mais envolvidos do que antes com a escolha dos títulos, precisam estar mais pragmáticos. Num ofício historicamente associado à ideia de arte e artesania, não parece mais possível sobreviver alheio aos números.</span></div>
<div style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0.8em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O novo perfil de editor-gestor, que substitui o do editor que só atentava para o texto, e o formato de empresa mais diversificada, que não se acanha em abranger obras comerciais, são, em parte, a adaptação da editora de Schwarcz a um mercado que está modificado desde a criação de sua casa editorial, em 1986.</span></div>
<div style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0.8em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nos últimos tempos, as vendas de livros têm crescido concentradas em poucos títulos comerciais, os chamados mega-sellers. Não são novidade na praça - o "Harry Potter", da Rocco, é de fins da década de 1990 -, mas agora praticamente dominam as listas de mais vendidos. O sucesso, que se dá em escala mundial, é levantado por estratégias de marketing agressivas.</span></div>
<div style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0.8em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Com a quantidade maior de títulos, operação com que as grandes ganham em escala, sobra pouco lugar nas vitrines para obras de arte ou não comerciais, os chamados long-sellers ou "fundo de catálogo", obras que, a despeito de sua qualidade e relevância, vendem aos poucos, sem instantânea pirotecnia. A vocação da grande literatura é sobreviver ao tempo. Num balanço de empresa, porém, é um valor dramaticamente não computável.</span></div>
<div style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0.8em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Costa e Júlia preferem não dizer qual é a nova cara da empresa. A pergunta é difícil e restritiva. "Um título talvez possa simbolizar a atual fase", sugere Costa. Da estante, pega a capa cítrica, o desenho de um imenso bigode. "Toda Poesia", de Paulo Leminski, cultuado poeta curitibano que morreu em 1989, cuja obra, dispersa em vários volumes, estava fora da praça. Saiu com tiragem atípica, alta para o gênero, 5 mil exemplares. Esgotou-se em dois dias. Uma nova tiragem de 5 mil foi encomendada e vendida. Na semana passada, o livro entrou na lista de mais vendidos na Livraria Cultura, rede com público mais intelectualizado, à frente da série pornô soft "50 Tons de Cinza", de E.L. James, publicada pela Intrínseca.</span></div>
<div style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0.8em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Um mega-seller exige ousadia e velocidade: para identificá-lo, oferecer nos leilões uma soma que os concorrentes não vão se arriscar em pagar, traduzi-lo a tempo e colocar nas livrarias em tiragens altas, indicando para livreiro e público que vale o negócio. Um pouco o "efeito-Tostines": vende mais porque é mais lido ou é mais lido porque vende mais.</span></div>
<div style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0.8em;">
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<div style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0.8em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Atentas às listas, editoras montadas na virada para a década zero zero especializaram-se, com equipe enxuta e capital de giro, na busca de livros campeões. A pioneira é a Sextante, fundada no Rio pelos irmãos Marcos e Tomás Pereira, em 1998. "O Código Da Vinci", de Dan Brown, inaugurou a sequência de feitos. Entre as mais recentes nesse filão, há a Novo Conceito, de porte menor que a Sextante, criada pelo casal Milla e Fernando Baracchini, de Ribeirão Preto, em 2004. Colocou nas listas romances açucarados como os de Nicholas Sparks -"Querido John" e "Um Homem de Sorte" -, formato que antes só se encontrava nas bancas de jornal.</span></div>
<div style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0.8em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Ninguém parece simbolizar mais essa nova geração de editores, que percebe o potencial de vendas de uma história, do que Jorge Oakim, da carioca Intrínseca, dono do "blockbuster" "50 Tons de Cinza", da britânica E.L. James. Para vencer o leilão do livro, ofereceu baita soma: US$ 780 mil. Um quarto disso já é considerado alto valor no mercado editorial. Até agora, vendeu 3,1 milhões em menos de um ano, cópias vendidas a R$ 39,90.</span></div>
<div style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0.8em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O economista com experiência no mercado financeiro começou modestamente sua editora em 2003. Só após quatro anos deslanchou. Seu primeiro best-seller, "A Menina Que Roubava Livros", de Markus Zusak, chegou a 1 milhão de cópias. Depois veio a série romântica de vampiros "Crepúsculo", de Stephenie Meyer, 5,5 milhões. A concorrente Sextante se animou com o desempenho do jovem editor, hoje com 43 anos, e se associou à empreitada, adquirindo 50%. Com a parceria, Oakim continua a cuidar da aquisição, da edição, da produção e do marketing. À Sextante cabem "back office", distribuição e comercial, processos que, para pequenas e até médias editoras, são de execução dificílima: um mega-seller naufraga se uma dessas etapas emperra.</span></div>
<div style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0.8em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O sucesso não se deve apenas à juventude da empresa e de seu público, mas ao modelo de negócio: "Publicamos poucos e bons livros, o que nos possibilita trabalhar cada título em profundidade, com projeto digital completo, campanha de marketing e de divulgação cuidadosa", respondeu Oakim ao <strong>Valor</strong> quando adquiriu a obra de Elio Gaspari. Em média, são 30 livros por ano. O mesmo que a Companhia das Letras publica em um mês. Ainda menos do que os 60 lançados mensalmente por um grupo grande como o Record, sediado no Rio. </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 1.2;">Uma sutileza que não deve passar despercebida: para descrever sua editora, Oakim não usa a palavra "comercial", termo que talvez soe pejorativo. Prefere "entretenimento".</span></div>
<div style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0.8em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 1.2;">O catálogo é um misto de pop, ação e suspense, obras que saem com tiragens iniciais de 50 mil exemplares - numa editora de qualidade, são comuns títulos de 3 mil a 5 mil exemplares. O movimento de sofisticação da casa, como levar Elio Gaspari - ex-Companhia das Letras, diga-se -, não é isolado. Oakim, que garante só publicar aquilo que leu e de que gostou, passou a garimpar literatura e jornalismo de gabarito, vencedores de Pulitzer como Jeniffer Egan, de "A Visita Cruel do Tempo". Não são títulos para repetir façanhas vendedoras, mas podem render prestígio, com resenhas em cadernos de cultura e mesas em festas literárias, espaços ocupados por editoras de qualidade.</span></div>
<div style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0.8em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 1.2;">Esse cenário mais competitivo demanda um novo profissional. Não basta só entender de letras, como na tradição editorial brasileira. Tem de entender também de números. Usar a designação "publisher" em vez de "editor" é mais do que se adaptar a um jargão da cultura de língua inglesa. Editor relaciona-se ao conteúdo: lida com o autor e o texto, a produção editorial em suas diversas etapas. O publisher se vincula ao negócio: escolhe, compra e publica, etapas que envolvem ideias, ofertas, pagamentos, campanhas e promoções.</span></div>
<div style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0.8em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 1.2;">Uma década e meia atrás, "publisher" era a palavra usada na imprensa para definir o estilo de Roberto Feith, hoje com 60 anos, à frente da carioca Objetiva. No seu catálogo, o ecletismo e a atualidade dos títulos garantiam presença constante nas listas: biografias, grandes reportagens, livros com temas prementes do país e do exterior, temperatura alta associada ao jornalismo.</span></div>
<div style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0.8em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 1.2;">A investida em títulos abertamente comerciais ocorreu a partir de 2005, quando surgiram os selos Suma, de ficção, e Fontanar, de não ficção. "A diversificação da linha editorial, com novos selos voltados para cada gênero, é o novo paradigma", constata Feith, há sete anos parte do grupo espanhol Santillana/Prisa. A razão não é outra: "Dificilmente uma editora poderá manter-se saudável e vigorosa se estiver voltada para um único segmento ou nicho." Entre best-sellers recentes, "Comer, Rezar, Amar", de Elizabeth Gilbert, vendeu no país 500 mil exemplares. Com fôlego financeiro, mantêm-se selos como o Alfaguara, com autores com prestígio entre a crítica.</span></div>
<div style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0.8em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 1.2;">Não é sem preocupação que Feith acompanha a queda de vendas da boa literatura, clássica ou contemporânea. "A ênfase das redes de livrarias costuma ser no que vende rápido, caso contrário deixa de ser exposto", comenta. O risco é o de a literatura se tornar cada vez mais restrita. "A boa ficção literária ajuda-nos a entender quem somos e o tempo em que vivemos. Isso tem valor."</span></div>
<div style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0.8em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 1.2;">A avalanche dos comerciais nas listas coincide com o aparecimento de um novo leitor no país, "ingresso no mundo da leitura após o prolongado período de crescimento por que passa a economia", afirma Pascoal Soto, de 47 anos, diretor-editorial da LeYa Brasil, filial do maior grupo editorial português, com escritórios em São Paulo e no Rio. "Antes conhecíamos os leitores pelo RG e CPF, os habituais. Continuam a existir e a aumentar em número, mas não na mesma proporção em que cresce o de não habituais", observa.</span></div>
<div style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0.8em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 1.2;">A intenção de atender esse público menos afeito a títulos intelectualizados caracteriza a LeYa desde sua chegada ao país, em 2009. Cresceu rapidamente. Desocupou o pequeno escritório da avenida Angélica para se estabelecer numa grande casa do Pacaembu. O ritmo é de média-grande, são já 330 livros publicados, 40 figuraram em listas de mais vendidos. Entre os lançamentos que alcançaram as listas, a série de fantasia "Guerra dos Tronos", de George Martin, os cinco títulos com vendas de 1,4 milhão de exemplares.</span></div>
<div style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0.8em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 1.2;">Para o bolso do consumidor, o custo do livro se tornou menos pesado. Com a concorrência, que levou à multiplicação das edições pocket, o preço médio caiu 46% de 2004 a 2011, segundo a Fipe. A expectativa agora é que, com as novas tecnologias, se resolvam outros antigos entraves, como o da distribuição num país continental.</span></div>
<div style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0.8em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 1.2;">O crescimento do digital ainda está em curso e deve trazer novidades ao mercado brasileiro nos próximos anos, comenta Marcos Strecker, diretor-editorial da Globo Livros. A venda de e-book cresce exponencialmente, mas ainda de efeito irrisório no faturamento, segundo as editoras consultadas. "A internet como meio de venda e de divulgação passa a ter um papel cada vez maior, talvez determinante", observa Strecker. Potencial que tem sido explorado: como conta Oakim, da Intrínseca, em blogs e redes sociais identifica autores e enredos do gosto do seu público.</span></div>
<div style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0.8em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 1.2;">Depois do sucesso de obras como "Ágape", do padre Marcelo Rossi, 6 milhões de cópias em 13 meses, esperava-se que a Globo assumisse uma atuação bastante comercial. Não foi o que ocorreu. A empresa "continuará a ter títulos comerciais muito fortes, mas vai fortalecer seu catálogo de prestígio", esclarece Strecker. No último ano, reorganizou o catálogo em novos selos, como o Biblioteca Azul, que relançou os 17 volumes da "Comédia Humana", de Balzac, clássico entre os clássicos.</span></div>
<div style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0.8em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 1.2;">O mix qualidade + comercial não é novo. Alfredo Machado, que fundou a Record há 70 anos, costumava dizer que fazia um pouco como Robin Hood: com o dinheiro que faturava com os best-sellers, dava para publicar autores de qualidade desconhecidos ou, sendo conhecidos, de baixas tiragens. Parece ser a receita para toda editora pequena-média que começa a crescer, se quer se tornar grande.</span></div>
<div style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0.8em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 1.2;">Seu sucessor, o filho Sergio Machado, 64 anos, que divide a direção com a irmã, Sônia Jardim, diz que não há um percentual fixo - x% comercial, x% de qualidade - para alcançar o equilíbrio num catálogo. "É um pouco como receita de bolo: cada vez que você faz, altera um pouco algum dos ingredientes, livros de risco e livro de retorno certo." Em quatro décadas, diz que já viu um pouco de tudo, desde editoras de qualidade se abrindo para ter selos comerciais quanto o contrário, editoras de autoajuda investindo em autores de prestigio para diminuir a volatilidade. Não se deve esquecer, como lembra, que muitas vezes o de qualidade vende bastante bem, como Umberto Eco. "O que não se pode, mesmo, é ficar apenas num nicho, seja qual for."</span></div>
<div style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0.8em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 1.2;">A Record também passou por uma reestruturação em seu corpo editorial. Luciana Vilas-Boas, diretora editorial por 17 anos da Record e um dos nomes mais importantes no mercado, saiu no começo do ano passado. O cargo foi abolido, quatro pessoas repartem a função.</span></div>
<div style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0.8em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 1.2;">Esse processe de rejuvenescimento nas equipes ocorre em meio à descoberta, depois do boom "Harry Potter", do chamado "leitor jovem adulto, faixa que vai até os 30 anos, que é antenado e está nas mídias sociais". Jovens editores em tese teriam mais convivência com esse público-alvo. Machado diz que as mudanças no mercado - os mega-sellers, os "players" internacionais - não alteraram a liquidez do grupo, que reúne seis editoras incorporadas ao longo de sua história, como a José Olympio, a Civilização Brasileira e, há poucos meses, a Paz e Terra. Ocupar a lista de mais vendidos às vezes significa pouco em relação ao balanço financeiro. Não há, por ora, a expectativa de a empresa, 100% nacional, vir a ter participação estrangeira. Não é, porém, hipótese que descarta.</span></div>
<div style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0.8em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 1.2;">Editoras de prestígio tentam recuperar parte do espaço tomado pelas abertamente comerciais. Essas, por sua vez, tentam adquirir um pouco da sofisticação das primeiras. Bons nichos podem ficar a descoberto - publishers que não querem perseguir best-sellers apostam nisso. "Sem dúvida vamos tentar fazer as coisas legais que as editoras de qualidade não vão mais conseguir", anima-se Florencia Ferrari, de 36 anos, diretora-editorial da Cosac Naify há quase um ano. O maior desafio da casa editorial paulistana, conhecida pelos livros de arte e humanidades de acabamento luxuoso, não é a concorrência, mas, sim, tornar os projetos financeiramente cabíveis. Em seus 15 anos, fez fama de vender livros caros e viver no vermelho, sobrevivência ajudada com aportes dos sócios, Charles Cosac e Michael Naify.</span></div>
<div style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0.8em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 1.2;">O símbolo da virada da Cosac é a "Coleção Portátil", de bolso e mais barata, com 20 títulos que incluem de Dostoiévski a Cacaso. Com design à Cosac Naify: um grande planejamento, coordenado entre as várias equipes, do editorial à produção, permitiu, por exemplo, o uso de papel importado, mais caro. O gasto foi compensado com economia feita na gráfica, rodando 20 títulos ao mesmo tempo. Uma gestão somente pragmática não combinaria com a filosofia da empresa, como reconhece Florencia: "Queremos ter projetos sustentáveis mantendo a nossa identidade". Fecharam o ano fiscal de 2012 no azul. "Se conseguirmos provar que uma editora assim pode funcionar, e se for um exemplo para que surjam outras editoras como a nossa, o Brasil vai ganhar", diz. A aposta é que, "assim como há cada vez mais consumidores exigentes, haverá cada vez mais leitores exigentes".</span></div>
<div style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0.8em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 1.2;">A literatura brasileira, na atual fase de novos autores com atenção na mídia, entusiasma a Cosac Naify. As tiragens são pequenas, se comparadas às de títulos comerciais - ainda mais se comparadas às dos mega-sellers -, mas editores ouvidos pelo</span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 1.2;"> </span><strong style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 1.2;">Valor</strong><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 1.2;"> </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 1.2;">dizem que o autor nacional de qualidade tende a vender mais que seu colega estrangeiro de igual talento, porém desconhecido no país. O motivo para apostar nessas novas vozes não é só financeiro, como explica a diretora-editorial Florencia: "O autor brasileiro 'dá vida' a uma editora fincada em obras de referência como a nossa". A esse nicho se dedicam não só grandes-médias, também as editoras de porte menor, como a 34 e a Iluminuras, de São Paulo, que publicam autores que arrebatam júris especializados. A investida vai contar com gente que está há tempos no ramo. Como em qualquer campo, artilheiros são levados de um time a outro. Heloisa Jahn e Marta Garcia, com décadas de Companhia das Letras, agora são do time da Cosac Naify.</span></div>
<div style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0.8em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 1.2;">O caminho até o cargo de publisher requer virtudes reconhecíveis pelos pares. É o caso de Luiz Schwarcz e Otávio Marques da Costa, da Companhia das Letras: quem convive nota a semelhança de perfil. Caxias. "Otávio é como meu pai era na idade dele", imagina Júlia. "Tirei uma foto dos dois parados na rua, de lado, iguaizinhos", acrescenta, entre risos. Costa repara: "Mas ele diz que é muito mais bonito".</span></div>
<div style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0.8em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 1.2;">A filha tentou evitar seguir o mesmo caminho. Receava que a decisão se devesse apenas à influência da família. Cresceu ajudando o pai a escolher capas, acompanhava-o nas visitas às livrarias nos fins de semana, quando ia à paisana saber se os livros da editora estavam vendendo bem. Via a mãe, a historiadora Lilia Moritz Schwarcz, também editora, anotar à caneta os originais que levava para ler em casa. Por fim estudou história e entrou como estagiária na empresa. Está lá há 12 anos. Parte da formação se deu como editora do selo infantil, período em que teve duas filhas, hoje com 6 e 4 anos, experiência que ampliou sua visão do público-alvo.</span></div>
<div style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0.8em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 1.2;">A carreira é chamada de "editoração" nas poucas universidades nacionais em que o curso é oferecido. Na Fundação Getúlio Vargas (FGV), é recente a pós-graduação de gestão editorial. Na tradição de arte e ofício, costuma passar de pai para filho. Além dos laços familiares citados até aqui, lembre-se que Marcos e Tomás Pereira, da Sextante, parceiros de Jorge Oakim, são netos de José Olympio, outro dos principais nomes da história editorial brasileira.</span></div>
<div style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0.8em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 1.2;">Editores-fundadores também elegem discípulos mesmo sem grau de parentesco. Os talentos são recrutados em áreas como letras, história, ciências sociais, filosofia e jornalismo. Começam cedo, em funções de assistente - a dupla de publishers e a equipe de oito editores da Companhia das Letras foram em maioria formados por Schwarcz e a diretora-editorial por décadas, Maria Emília Bender.</span></div>
<div style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0.8em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 1.2;">Florencia Ferrari concluía um mestrado em antropologia - é Ph.D. na área - quando se tornou, em 2002, ajudante de Augusto Massi, na época diretor-presidente da Cosac Naify. Seu crescimento na empresa se deu ao mesmo tempo em que a editora se desenvolvia. Não é apenas uma intelectual de sólida formação. A capacidade de gestão é elogiada desde a época de assistente. No caratê, chegou à faixa preta, esporte temporariamente interrompido - está grávida da segunda filha.</span></div>
<div style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0.8em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 1.2;">Pascoal Soto, da LeYa, tinha pouco mais de 20 anos em 1987 ao ingressar na Editora Moderna como ajudante de armazéns gerais: carregava e descarregava caminhões de livros e papéis. Passaria por quase todas as áreas nos 15 anos seguintes até chegar ao editorial. Foi editor-sênior na Salamandra, comprada pela Moderna, e na Planeta, quando a Moderna passou a integrar o grupo Prisa/Santillana. Entre seus mestres, cita Ricardo Feltre, ex-dono da Moderna, "empresário exemplar, construiu a Moderna à base de sacrifício e paixão pelo livro". Depois, Ricardo Arissa Feltre, "filho que herdou todas as qualidades do pai". A tradição perpassa até trajetórias que parecem não estar relacionadas.</span></div>
<div style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0.8em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 1.2;">Quando não são talentos nascidos nas casas editoriais, editores e publishers migram do jornalismo. Marcos Strecker, da Globo Livros, fez longa carreira em jornal impresso. Não é um neófito em gestão. Antes, administrou a própria empresa, da área de comunicação, e concluiu um MBA pela FGV. O cinema é uma de suas grandes paixões: publicou livros na área e fez um filme sobre a mãe de Thomas Mann, que era brasileira.</span></div>
<div style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0.8em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 1.2;">Roberto Feith, da Objetiva, vem de uma família de empresários e foi correspondente internacional da Rede Globo - na internet, entre outros, é possível ver a cobertura que fez da invasão soviética do Afeganistão, em 1979. O catálogo em que ressoa o jornalismo se explica. Como ressalta, "diversas das aptidões que fazem um bom repórter se aplicam ao editor". No jornalismo foi buscar editores seus, como Arthur Dapiève, que cuida do selo Objetiva nacional, e Marcelo Ferroni, do Alfaguara. Enumera essas aptidões: "A percepção dos assuntos que interessam ao leitor, uma sensibilidade sobre como abordá-los, saber o que configura um texto bem escrito, a capacidade de trabalhar em equipe; enfim, não é coincidência que tantos profissionais já fizeram a transição da imprensa para as editoras ou vice-versa".</span></div>
<div style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0.8em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 1.2;">Os requisitos básicos, as virtudes de fundo, continuam iguais. "Ser um bom leitor, ter um bom texto e um bom repertório", diz Florencia, da Cosac. De diferente, há a necessidade de ver o livro num "contexto comercial e estratégico", afirma Strecker, da Globo. Com as novas exigências do mercado editorial, Soto, da LeYa, diz acreditar que será cada vez mais receptivo aos profissionais de marketing. Não vê, no entanto, uma substituição completa do editor pelo gestor. "Há os que entendem muito de finanças e gestão e há os que entendem muito de livros. Ter um grande gestor à frente de uma editora não é garantia de sucesso no mercado editorial. Entretanto, sem um bom editor não há gestor que faça milagre." Apesar dos números, prevalecem as letras.</span></div>
<div style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0.8em; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 1.2;"><br /></span></div>
<br />
Jaime Mendeshttp://www.blogger.com/profile/14377094846833275102noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-814758584862974886.post-70572550207632023312012-11-10T23:23:00.000-02:002012-11-10T23:23:22.333-02:00Saiu na mídia #11: Mapa global dos mercados editoriais 2012<span style="font-size: x-large;">Compartilhando post de Arantxa Mellado. </span><br />
<span style="font-size: x-large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Aqui o documento original da <a href="http://www.internationalpublishers.org/images/stories/PR/2012/global_statistics.pdf">International Publishers Association</a></span><br />
<br />
<br />
<span style="color: #274310; font-family: 'Calisto MT', Georgia, Times; font-size: 1.5em; line-height: 1.2em;">Mapa Global de los Mercados Editoriales 2012</span><br />
<br />
<div class="entry" style="background-color: white; border: 0px; color: #666666; font-family: Verdana, Arial, sans-serif; font-size: 0.9em; margin: 15px 0px 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<div class="entry_excerpt_data_post" style="background-color: transparent; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border: 0px; font-size: 0.9em; margin: 0px 0px 10px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Por <span class="author" style="background-color: transparent; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;"><a href="http://www.actualidadeditorial.com/author/arantxa-mellado/" style="background-color: transparent; border: 0px; color: #666666; font-weight: bold; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration: initial; vertical-align: baseline;" title="Entradas de Arantxa Mellado">Arantxa Mellado</a></span></div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; color: #333333; font-size: 0.95em; letter-spacing: 0.015em; line-height: 1.3em; margin-bottom: 15px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Recientemente se ha hecho público el <a href="http://www.internationalpublishers.org/images/stories/PR/2012/global_statistics.pdf" style="background-color: transparent; border: 0px; color: #274310; font-weight: bold; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration: initial; vertical-align: baseline;" target="_blank">Mapa Global de Mercados Editoriales</a>, la primera representación visual de la edición y sus números en el mundo, un mapa que representa los mercados editoriales locales según el valor de mercado a precio de consumo.</div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; color: #333333; font-size: 0.95em; letter-spacing: 0.015em; line-height: 1.3em; margin-bottom: 15px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Como se ve, para España se calculan 1890 millones de euros como el total de ingresos netos de lo editores por año, lo que la situa en sexta posición en el ranking mundial (a falta de conocer estos datos para Japón y China).</div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; color: #333333; font-size: 0.95em; letter-spacing: 0.015em; line-height: 1.3em; margin-bottom: 15px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
En cuanto al valor de mercado a precios al consumidor, el valor del mercado español se estima en 2890 millones de euros, lo que situa al país como octavo de la lista, por debajo de Gran Bretaña, Alemania, Francia e Italia.</div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; color: #333333; font-size: 0.95em; letter-spacing: 0.015em; line-height: 1.3em; margin-bottom: 15px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
Sin embargo, España está en el segundo puesto en cuanto a cantidad de nuevos títulos y reediciones anuales por millón de lectores y año, lo que -en comparación con los datos anteriores- viene a demostrar que se publica mucho para lo poco que se compra.</div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; color: #333333; font-size: 0.95em; letter-spacing: 0.015em; line-height: 1.3em; margin-bottom: 15px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: center; vertical-align: baseline;">
<a href="http://www.actualidadeditorial.com/wp-content/uploads/2012/10/Mapa-Global-de-Mercados-Editoriales.png" style="background-color: transparent; border: 0px; color: #274310; font-weight: bold; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration: initial; vertical-align: baseline;"><img alt="" class="aligncenter size-full wp-image-16215" height="261" src="http://www.actualidadeditorial.com/wp-content/uploads/2012/10/Mapa-Global-de-Mercados-Editoriales.png" style="-webkit-box-shadow: rgb(39, 67, 16) 2px 2px 5px; background-color: transparent; border: 3px solid rgb(255, 255, 255); box-shadow: rgb(39, 67, 16) 2px 2px 5px; display: block; margin: 0px auto; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;" title="Mapa Global de Mercados Editoriales" width="554" /></a></div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; color: #333333; font-size: 0.95em; letter-spacing: 0.015em; line-height: 1.3em; margin-bottom: 15px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: center; vertical-align: baseline;">
<a href="http://www.actualidadeditorial.com/wp-content/uploads/2012/10/Mapa-Global-de-Mercados-Editoriales_leyendas.png" style="background-color: transparent; border: 0px; color: #274310; font-weight: bold; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration: initial; vertical-align: baseline;"><img alt="" class="aligncenter size-full wp-image-16218" height="505" src="http://www.actualidadeditorial.com/wp-content/uploads/2012/10/Mapa-Global-de-Mercados-Editoriales_leyendas.png" style="-webkit-box-shadow: rgb(39, 67, 16) 2px 2px 5px; background-color: transparent; border: 3px solid rgb(255, 255, 255); box-shadow: rgb(39, 67, 16) 2px 2px 5px; display: block; margin: 0px auto; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;" title="Mapa Global de Mercados Editoriales_leyendas" width="545" /></a></div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; color: #333333; font-size: 0.95em; letter-spacing: 0.015em; line-height: 1.3em; margin-bottom: 15px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<br /></div>
<blockquote style="background-color: transparent; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; border-left-color: rgb(229, 230, 226); border-left-style: solid; border-width: 0px 0px 0px 5px; font-size: 1em; font-style: italic; margin: 5px 0px 30px; outline: 0px; padding: 10px 20px 0px; quotes: none; vertical-align: baseline;">
<div style="background-color: transparent; border: 0px; color: #333333; font-size: 0.95em; letter-spacing: 0.015em; line-height: 1.3em; margin-bottom: 15px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
<strong style="background-color: transparent; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">Metodología de creación del <a href="http://www.internationalpublishers.org/images/stories/PR/2012/global_statistics.pdf" style="background-color: transparent; border: 0px; color: #274310; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration: initial; vertical-align: baseline;" target="_blank">Mapa Global de Mercados Editoriales</a></strong></div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; color: #333333; font-size: 0.95em; letter-spacing: 0.015em; line-height: 1.3em; margin-bottom: 15px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
El primer paso fue recopilar todos los datos de las mejores fuentes disponibles y de la forma más realista posible, para iniciar una base de datos que registren tres indicadores principales: en primer lugar, las ventas netas totales de los editores en un mercado; en segundo lugar, el valor del mercado a precios al consumidor, y el tercero, el número de lanzamiento de nuevos títulos y reediciones. Los datos se basaron principalmente en las aportaciones de las asociaciones nacionales de editores y organizaciones relacionadas. Para la mayoría de los países, estaban disponibles sólo las ventas editoriales o el valor de mercado, cuando lo estaban. Los lanzamientos de nuevos títulos y reediciones funcionaron como datos en un primer contexto. Estos primeros resultados se verificaron en cuanto a errores y verosimilitud a través de un pre-lanzamiento en 2011 y principios de 2012.</div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; color: #333333; font-size: 0.95em; letter-spacing: 0.015em; line-height: 1.3em; margin-bottom: 15px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
El segundo paso fue pedir a los profesionales de la industria -en particular a los editores, los organizadores de Ferias del Libro y a los intermediarios locales- su evaluación crítica de los resultados iniciales. Un segundo cuerpo de datos, principalmente las estadísticas de exportación de los mercados exportadores más grandes (Reino Unido, EE.UU., Francia y España), se añadió como punto de referencia. Estos datos se utilizan para arrojar algo de luz sobre las zonas que tenían poca o incluso ninguna estadística del mercado editorial.</div>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; color: #333333; font-size: 0.95em; letter-spacing: 0.015em; line-height: 1.3em; margin-bottom: 15px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
El tercer paso fue explorar el contexto de la edición, pues se observó que los mercados editoriales reflejan parámetros socioeconómicos de un país y pueden correlacionarse de manera significativa con el tamaño de la población y el PIB per cápita. Esto nos ha permitido desarrollar un primer (y todavía experimental) algoritmo para estimar sistemáticamente el tamaño de los mercados editoriales para los que no hay datos empíricos disponibles. Estas estimaciones fueron cruzadas con los números respectivos de los países con datos fiables y con las evaluaciones realizadas por expertos locales.</div>
</blockquote>
<div style="background-color: transparent; border: 0px; color: #333333; font-size: 0.95em; letter-spacing: 0.015em; line-height: 1.3em; margin-bottom: 15px; outline: 0px; padding: 0px; vertical-align: baseline;">
La investigación inicial se inició en 2011 por la Asociación Internacional de Editores (IPA), con fondos adicionales de la Feria del Libro de Londres y Book Expo America. La metodología y la investigación han sido desarrolladas y ejecutadas por Rüdiger Wischenbart Content and Consulting.</div>
</div>
Jaime Mendeshttp://www.blogger.com/profile/14377094846833275102noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-814758584862974886.post-72128089299469750262012-10-19T13:32:00.000-03:002012-10-19T13:32:02.424-03:00Saiu na mídia #10 A Amazon vai comprar a maior rede de livrarias do Brasil?<span style="font-size: x-large;">Compartilhando o artigo de <a href="http://www.tiposdigitais.com/2012/10/amazon_vai_comprar-a_saraiva.html">Carlo Carrenho</a></span><br />
<br />
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<h3 class="entry-header" style="background-color: white; font-family: georgia; font-size: 22px; margin: 0px 0px 5px;">
A Amazon vai comprar a maior rede de livrarias do Brasil?</h3>
<div class="entry-content" style="background-color: white; clear: both; color: #333333; font-family: georgia; font-size: 13px; line-height: 23px; margin: 5px 0px; position: static;">
<div class="entry-body" style="clear: both;">
<div style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px;">
<a class="asset-img-link" href="http://carrenho.typepad.com/.a/6a00e5521eec178834017ee448830e970d-pi" style="color: #929292; float: left;"><img alt="SaraivaPP-246x300" border="0" class="asset asset-image at-xid-6a00e5521eec178834017ee448830e970d" src="http://carrenho.typepad.com/.a/6a00e5521eec178834017ee448830e970d-800wi" style="border: 0px; margin: 0px 5px 5px 0px;" title="SaraivaPP-246x300" /></a></div>
<div style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px;">
<em>[Artigo originalmente publicado em inglês na <a href="http://publishingperspectives.com/2012/10/is-amazon-really-buying-brazils-biggest-bookstore-chain/" style="color: #929292;" target="_blank">Publishing Perspectives</a>]</em></div>
<div style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px;">
Livrarias raramente causam rebuliço na Bovespa, a Bolsa de Valores de São Paulo. Afinal, só uma rede de livrarias, a Saraiva SA Livreiros Editores (<a href="http://www.bloomberg.com/quote/SLED4:BZ" style="color: #929292;">SLED4</a>) – a maior do Brasil – é negociada por lá. Portanto o que aconteceu na última quarta-feira na Bolsa, poucos minutos antes do fechamento do pregão, foi realmente algo extraordinário e, talvez, simbólico das novas águas que a indústria editorial tem navegado ultimamente. O fato é que quando a<a href="http://www.bloomberg.com/news/2012-10-17/amazon-said-to-be-in-talks-to-acquire-brazil-s-saraiva-bookstore.html" style="color: #929292;">Bloomberg noticiou</a> que a Amazon estava negociando a compra da Saraiva, as ações da livraria subiram até R$ 28, o valor mais alto alcançado nos últimos 12 meses, representando uma alta de 7,28% no dia – dos quais 7% aconteceram nos minutos finais do pregão. </div>
<div style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px;">
Outro varejista ligado ao mercado de livros e listado na Bovespa, a B2W (<a href="http://www.bloomberg.com/quote/BTOW3:BZ" style="color: #929292;">BTOW3</a>), conhecido também como Submarino, não teve tanta sorte. Antes visto como um potencial alvo de aquisição da Amazon, suas ações caíram 4,34%, chegando a R$ 11,47. No dia seguinte, as ações da B2W caíram mais 8,54% até R$ 10,49, enquanto as ações da Saraiva permaneceram estáveis, caindo meros 0,36% para R$ 27,90.</div>
<div style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px;">
<strong>A Amazon poderia chegar ao Brasil em novembro</strong></div>
<div style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px;">
Rumores sobre a atividade da Amazon no Brasil já circulam há anos, com cada vez mais intensidade. O fato é que não se pode mais chamá-los de rumores. Ainda não se sabe se vai acontecer com ou sem a compra da Saraiva, mas a fonte anônima da Bloomberg parece estar correta. Na semana passada, o jornalista brasileiro Lauro Jardim publicou no <em>Radar On-Line</em> que a Amazon decidiu que a data de lançamento no Brasil será em novembro. Todo mundo sabe, no entanto, que a Amazon raramente usa o tempo futuro em seus comunicados, portanto isso só pode ser visto como especulação, apesar de ser uma especulação bastante plausível.</div>
<div style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px;">
E por quê? Duas razões. Primeiro, as negociações com a DLD (Distribuidora de Livros Digitais) estão perto de serem finalizadas. A DLD é um consórcio de sete grandes editoras brasileiras que controla ao redor de 35% da lista de best-sellers no país. Elas sempre negociam em conjunto e estão fazendo assim com a Amazon. E são, de longe, o maior desafio para os executivos de Seattle, já que estas editoras estão agressivamente exigindo condições comerciais favoráveis e o controle final sobre os preços. Limitar os agressivos descontos da Amazon são uma condição <em>sine qua non</em> para este grupo de sete empresas. No entanto, fontes no mercado já deixaram claro que um acordo com a DLD está muito perto e deve acontecer antes do fim do ano. Além disso, de acordo com o noticiário local, a Amazon já conseguiu um acordo com a Xeriph, a principal agregadora de e-books, para distribuir pelo menos uma parte de seu catálogo digital. Então, é fato que a Amazon ou já tem ou está a ponto de ter conteúdo suficiente para abrir sua loja de e-books brasileira. Portanto, um lançamento em novembro não parece algo muito absurdo.</div>
<div style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px;">
<strong>E os leitores digitais?</strong></div>
<div style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px;">
Se a Amazon chegar realmente, será que conseguirá disponibilizar Kindles no Brasil em tão pouco tempo? Bem, depende do que significa “disponibilizar no Brasil”. Se significa ter Kindles estocados localmente ou vendido em lojas físicas, a resposta é provavelmente “não”. A menos que os aparelhos já tenham chegado ao Brasil ou pelo menos já tenham sido despachados, é difícil imaginar que todo o processo de importação possa levar apenas poucas semanas, incluindo a liberação alfândegária. No entanto, se “disponibilizar no Brasil” significa que os brasileiros podem comprar Kindles online diretamente dos EUA e recebe-los em suas casas, então isto isso já é uma realidade operacional.</div>
<div style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px;">
Por uns US$ 216 (o preço do Kindle e-ink da geração anterior mais barata) entregue em um endereço brasileiro, com os impostos incluídos, a Amazon possui o e-reader dedicado mais barato do Brasil. Agora, imaginem se a Amazon der um desconto especial ou oferecer entrega expressa gratuita a clientes brasileiros. Nesse caso, não seria necessário um grande processo de importação. Esta é a segunda razão que torna plausível uma especulação de que a Amazon vai abrir no Brasil antes do final do ano. Quanto aos preços competitivos dos Kindles, não podemos esquecer que a Kobo e a Livraria Cultura prometeram disponibilizar seus e-readers antes de dezembro. Podemos então esperar algo como uma guerra de preço na disputa pelos clientes na época do Natal.</div>
<div style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px;">
<strong>Mas a Amazon realmente vai comprar a Saraiva?</strong></div>
<div style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px;">
Não vamos esquecer o outro cenário: os rumores da aquisição da Saraiva. Se isto for verdade, as coisas poderiam acontecer de forma diferente, talvez com maior rapidez. Para entender melhor esta possibilidade, no entanto, devemos conhecer um pouco mais sobre a maior rede de livrarias brasileira.</div>
<div style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px;">
A Saraiva foi fundada em 1914 por um imigrante português como uma livraria de livros usados especializada em Direito. Três anos depois, começou a publicar livros. Hoje, quase 100 anos e várias aquisições depois, o grupo Saraiva inclui a maior rede brasileira de livrarias e uma das editoras mais importantes do país, forte na área de didáticos – onde se beneficia das enormes compras governamentais – e na área de Direito. Outras áreas de atuação incluem mercado geral, infantis, negócios e outros setores Acadêmicos. No lado do varejo, a Saraiva possui 102 lojas, das quais 47 são megastores. Em 2008, o grupo adquiriu a Siciliano, a segunda maior rede de livrarias brasileira, e se consolidou como a maior livraria no país (para comparar, imagine a Barnes & Noble comprando a Borders, se esta ainda existisse).</div>
<div style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px;">
De acordo com a Bloomberg, o capital da Saraiva é de US$ 355 milhões, e o grupo Saraiva foi uma das três editoras brasileiras a entrar na lista anual das <a href="http://publishnewsbrazil.com/2012/07/brazilian-publishers-rise-among-global-publishing-elite/" style="color: #929292;">maiores empresas editoriais do mundo</a> compilada pelo consultor editorial austríaco, Rüdiger Wischenbart.</div>
<div style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px;">
Todo o mercado editorial brasileiro está avaliado em US$ 6,7 bilhões, de acordo com o último <a href="http://publishingperspectives.com/2012/10/ipas-global-ranking-of-publishing-markets-us-china-on-top/" style="color: #929292;">Global Ranking of the Publishing Industries</a>. Para dar uma idéia do poder da Saraiva, a empresa teve uma receita total de R$ 1,889 bilhões em 2011 – apesar de que mais de um terço de suas vendas venham de outros itens e não de livros. E este número continua crescendo: a empresa teve um crescimento de 20,7% em 2011 em relação a 2010, com ganhos (Ebitda) de R$ 172,6 milhões ou 9,1% de receita. Na primeira metade de 2012, a receita foi de R$ 889 milhões, um crescimento de 8,9% sobre o mesmo período de 2011. Os lucros também cresceram de R$ 65,6 milhões para R$ 79,29 milhões na primeira metade de 2012, com uma margem de 8,9%. As livrarias Saraiva, no entanto, não vendem apenas livros, mas também CDs, DVDs, computadores, aparelhos eletrônicos e suprimentos para escritório. O site deles, lançado em 1998, vende uma seleção ainda maior de itens, de bicicletas a geladeiras. Em 2011, R$ 810,3 milhões de vendas vieram de produtos que não eram livros, correspondendo a 56,2% da receita da rede.</div>
<div style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px;">
Os números são ainda mais interessantes quando se compara o desempenho da rede de livrarias da Saraiva ao da editora Saraiva. Em 2011, só 23,7% da receita do grupo veio da editora, um valor de R$ 447,1 milhões. No mesmo ano, no entanto, os ganhos (Ebitda) do negócio editorial forma de R$ 96,7 milhões e corresponderam a 55% dos ganhos de todo o grupo. Isso foi possível porque a margem de lucro das livrarias Saraiva foi de apenas 5,4% no ano passado, enquanto que a margem da editora chegou a 19,3%. Também é importante lembrar que 35,9% ou R$ 517,3 milhões da receita de varejo eram provenientes do e-commerce.</div>
<div style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px;">
A análise destes números é crucial para se entender os possíveis caminhos que uma aquisição da Saraiva pela Amazon poderia tomar. Há basicamente três opções:</div>
<div style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px;">
<strong>1) A Amazon adquire todo o grupo Saraiva</strong>Esta é certamente a opção menos favorável, pois a Saraiva provavelmente não venderia sua unidade editorial, que é a parte mais lucrativa do negócio. A Amazon, por outro lado, provavelmente pensaria duas vezes antes de se tornar concorrente de outras editoras no Brasil antes mesmo de abrir sua própria loja local. Não faria sentido estratégico entrar no negócio editorial antes de começar sua atividade livreira em um novo mercado.</div>
<div style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px;">
<strong>2) A Amazon adquire a divisão de vendas de livros da Saraiva</strong>Este poderia ser o cenário dos sonhos para a Saraiva, já que venderia sua divisão menos lucrativa e manteria seu negócio com melhores resultados. A editoria e a livraria Saraiva já estão separadas em duas entidades legais diferentes, facilitando o processo de uma possível venda parcial. Claro que neste caso alguma sinergia se perderia, mas nada que um bom contrato com obrigações futuras não possa superar. E as margens de lucro são tão diferentes entre os dois negócios que tais sinergias não seriam suficientes para evitar um acordo. Do lado da Amazon, no entanto, não parece fazer muito sentido comprar 102 livrarias. Seria a primeira vez que a gigante de Seattle teria lojas físicas. É difícil imaginar que a Amazon mudaria sua estratégia global só para entrar no mercado brasileiro. Sim, o Brasil é o país da vez, mas o mundo é um lugar muito grande e é possível imaginar a Amazon em mercados como Escandinávia, Europa Oriental, Rússia ou África do Sul antes de imaginá-la repensando sua <em>raison d’être</em> ou vendendo sua alma ao demônio das lojas físicas.</div>
<div style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px;">
<strong>3) A Amazon adquire somente a loja online da Saraiva</strong>O site da Saraiva é responsável por 27,4% das receitas da Saraiva. Se a Amazon pudesse adquirir somente o negócio online, isto rapidamente abriria caminho no mercado e permitiria que ela superasse vários obstáculos sem precisar se envolver com a administração de lojas físicas. No entanto, isso não faria sentido para a Saraiva. O que seria de uma rede de livrarias sem um site no mundo de hoje? É difícil imaginar a Saraiva cometendo o mesmo erro que a Borders cometeu, deixando sua presença na web brasileira desaparecer ao vender, se associar ou fazer uma <em>joint venture</em> com uma empresa de e-commerce como a Amazon.</div>
<div style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px;">
Se uma negociação entre os dois grupos realmente existe, faz sentido acreditar que ela acontece em torno das opções 2 ou 3. Uma decisão entre uma dessas opções favorece ou Amazon ou a Saraiva, dependendo de qual for a direção tomada, mas a inclusão ou não das 102 lojas físicas deve ser o ponto nevrálgico da negociação.</div>
<div style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px;">
<strong>Brasileiros, cuidado</strong></div>
<div style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px;">
Qualquer que seja o modelo adotado, no entanto, uma possível aquisição da Saraiva pela Amazon não é razão para que as editoras brasileiras comemorem. Se a Amazon comprar a Saraiva, a Submarino afunda, provavelmente deixando o mercado de livros – isto se não sair do mercado de vez no médio prazo – já que aquisição fortaleceria mais ainda a posição já forte da Saraiva no mercado. O resultado final seria, ironicamente, menos competição, mais consolidação e um mercado mais difícil para as editoras.</div>
<div style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px;">
Mais cedo ou mais tarde, a Amazon fará um comunicado. E será escrito com os verbos no passado. Até lá, tudo que podemos fazer é esperar pelo próximo capítulo da novela “A chegada da Amazon no Brasil”, enquanto day traders ganham algum dinheiro com toda a confusão.</div>
<div style="margin-bottom: 10px; margin-top: 10px; text-align: right;">
<em>(Tradução: Marcelo Barbão)</em></div>
</div>
</div>
Jaime Mendeshttp://www.blogger.com/profile/14377094846833275102noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-814758584862974886.post-27882482602847045812012-06-08T12:12:00.000-03:002012-06-08T12:12:15.610-03:00Concentração no mercado editorial brasileiro<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A economia de um país é formada
por cadeias produtivas. As cadeias são constituídas por setores. No caso do
livro, os setores são os seguintes: autoral, editorial, gráfico, produtor de
papel, produtor de máquinas gráficas, distribuidor, atacadista, livreiro,
bibliotecário. A interface entre firmas/empresas de pelo menos dois desses
setores forma um mercado. O senso comum para mercado do
livro é constituído pelos setores editorial e livreiro, intermediado ou não
pelo setor distribuidor.<br /><br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Característica importante deste
mercado é a falta de dados atualizados e com elevado grau de confiabilidade
sobre produção, venda e consumo do livro. Desde 1991 a CBL (Câmara Brasileira
do Livro) e o SNEL (Sindicato Nacional dos Editores de Livros) patrocinam a
pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro. A partir de 2007 a
FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) da USP foi contratada e é a
responsável pela pesquisa.<br /><br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Entre novembro de 2010 e abril de
2011 a FIPE realizou a pesquisa O Censo do Livro<u> (dados referentes a 2009)</u>. Seguem
alguns números: <b>existem no Brasil 498 editoras</b>. A definição de editora é a da
UNESCO: edição de pelo menos 5 títulos no ano e produção de 5 mil exemplares.<br /><br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Com relação ao faturamento anual,
temos a seguinte divisão:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
231 editoras com faturamento
anual até R$ 1 milhão (46,39%);</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
189 editoras com faturamento
anual entre R$ 1 milhão e R$ 10 milhões (37,95%);</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
62 editoras com faturamento anual entre R$ 10 milhões e R$ 50 milhões
(12,45%);<i><o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
16 editoras com faturamento anual
acima de R$ 50 milhões (3,21%).<br /><br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Portanto, são essas editoras que
disputam o mercado editorial brasileiro, que vem crescendo a cada ano. Em 2009,
o valor total recebido pelas editoras foi de 4,16 bilhões de reais e, em 2010,
aumentou para 4,50 bilhões de reais. <b>Crescimento
de 8,12%. </b>Uma das explicações visíveis para este crescimento é que o valor
médio recebido pelas editoras vem caindo desde 2004. O acumulado está em 34%. O
valor médio recebido em 2009 foi de R$ 13,61 e em 2010 foi de R$ 12,94. <u>Portanto,
chega-se a um preço de capa médio de R$ 27,22 e R$ 25,88</u> respectivamente. O livro está com o preço ao consumidor, ao leitor, mais baixo a cada ano.<br /><br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Esse faturamento tem origem nas
vendas para mercado e nas vendas para governo.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mercado em 2009: 3,25 bilhões de
reais (78%);</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mercado em 2010: 3,34 bilhões de
reais (74,31%). <u>Crescimento de 2,99%.<br /></u></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Governo em 2009: 916 milhões de
reais (22%);</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Governo em 2010: 1,15 bilhões de
reais (25,69%). <u>Crescimento de 26,32%.<br /><br /></u></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mas, o que representa o mercado
do livro na economia do país? Os números do PIB são a melhor comparação. O PIB
brasileiro em 2009 foi de 3,143 trilhões de reais. Como o mercado do livro foi
de 4,16 bilhões de reais, este nosso mercado representou 0,13% do PIB. Para
2010 os números foram: PIB 3,675 trilhões de reais. Mercado do livro de 4,50
bilhões de reais, o que representou <b>0,12%
do PIB</b>.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Outro dado interessante é a
relação livro/habitante. A população do Brasil em 2010 era de 190.755.799
habitantes. Nesse mesmo ano foram vendidos, somente para mercado, 258.697.092
exemplares. Portanto, tem-se a média de <b>1,36
livro comprado por habitante</b>. Há muito para crescer.<br /><br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A metodologia da pesquisa divide
o mercado em quatro grandes segmentos:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Didáticos</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Obras Gerais</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Religiosos</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
CTP – científicos, técnicos e
profissionais</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Considerando o faturamento total (mercado
+ governo), temos os seguintes dados:</div>
<table border="1" cellpadding="0" cellspacing="0" class="MsoTableGrid" style="border-collapse: collapse; border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-yfti-tbllook: 1184;">
<tbody>
<tr>
<td style="border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 86.4pt;" valign="top" width="144">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
Segmento</div>
</td>
<td style="border-left: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 86.45pt;" valign="top" width="144">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
2009 fat R$</div>
</td>
<td style="border-left: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 86.45pt;" valign="top" width="144">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
2010 fat R$</div>
</td>
<td style="border-left: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 86.45pt;" valign="top" width="144">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
2009 exs</div>
</td>
<td style="border-left: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 86.45pt;" valign="top" width="144">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
2010 exs</div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 86.4pt;" valign="top" width="144">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
Didáticos</div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 86.45pt;" valign="top" width="144">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
43,09%</div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 86.45pt;" valign="top" width="144">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background: blue; mso-highlight: blue;"><b>46,65%</b></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 86.45pt;" valign="top" width="144">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
45,35%</div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 86.45pt;" valign="top" width="144">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
46,27%</div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 86.4pt;" valign="top" width="144">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
Obras Gerais</div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 86.45pt;" valign="top" width="144">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
29,93%</div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 86.45pt;" valign="top" width="144">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background: red; mso-highlight: red;"><b>25,92%</b></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 86.45pt;" valign="top" width="144">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
31,74%</div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 86.45pt;" valign="top" width="144">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
30,88%</div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 86.4pt;" valign="top" width="144">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
Religiosos</div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 86.45pt;" valign="top" width="144">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
9,66%</div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 86.45pt;" valign="top" width="144">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background: blue; mso-highlight: blue;"><b>11,02%</b></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 86.45pt;" valign="top" width="144">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
16,31%</div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 86.45pt;" valign="top" width="144">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
16,92%</div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 86.4pt;" valign="top" width="144">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
CTP</div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 86.45pt;" valign="top" width="144">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
17,32%</div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 86.45pt;" valign="top" width="144">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background: red; mso-highlight: red;"><b>16,41%</b></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 86.45pt;" valign="top" width="144">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
6,59%</div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 86.45pt;" valign="top" width="144">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
5,93%</div>
</td>
</tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Outra característica do mercado é
com relação ao número de lançamentos anuais, isto é, títulos em 1ª edição. Em
2009 foram 17.183 títulos e, em 2010, 18.712 títulos. Crescimento de 8,90%.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O ano tem 365 dias; excluindo-se
104 dias (sáb e dom) e 12 dias de feriados nacionais, sobram 249 dias. Se
dividirmos o número de lançamentos por esses 249 dias temos a média de 69 novos
títulos/dia em 2009, que aumenta para <b>75
novos títulos/dia em 2010</b>. Livros demais?<br /><br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Toda essa produção é
comercializada através dos seguintes canais, cuja representatividade é:</div>
<table border="1" cellpadding="0" cellspacing="0" class="MsoTableGrid" style="border-collapse: collapse; border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-yfti-tbllook: 1184;">
<tbody>
<tr>
<td style="border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 62.1pt;" valign="top" width="104">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
Ano 2009</div>
</td>
<td style="border-left: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 304.8pt;" valign="top" width="508">
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
Canal de comercialização</div>
</td>
<td style="border-left: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 65.3pt;" valign="top" width="109">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
Ano 2010</div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 62.1pt;" valign="top" width="104">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
42,44%</div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 304.8pt;" valign="top" width="508">
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
Livrarias físicas + seu braço
e-commerce</div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 65.3pt;" valign="top" width="109">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
40,51%</div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 62.1pt;" valign="top" width="104">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
23,78%</div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 304.8pt;" valign="top" width="508">
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
Distribuidores</div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 65.3pt;" valign="top" width="109">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
22,55%</div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 62.1pt;" valign="top" width="104">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
16,64%</div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 304.8pt;" valign="top" width="508">
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
Porta-a-porta</div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 65.3pt;" valign="top" width="109">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
21,66%</div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 62.1pt;" valign="top" width="104">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 304.8pt;" valign="top" width="508">
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<br /></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 65.3pt;" valign="top" width="109">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 62.1pt;" valign="top" width="104">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
82,86%</div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 304.8pt;" valign="top" width="508">
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
Sub-total</div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 65.3pt;" valign="top" width="109">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b>84,72%</b></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 62.1pt;" valign="top" width="104">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 304.8pt;" valign="top" width="508">
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<br /></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 65.3pt;" valign="top" width="109">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 62.1pt;" valign="top" width="104">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 304.8pt;" valign="top" width="508">
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<br /></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 65.3pt;" valign="top" width="109">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 62.1pt;" valign="top" width="104">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
2,91%</div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 304.8pt;" valign="top" width="508">
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
Supermercado</div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 65.3pt;" valign="top" width="109">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
1,47%</div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 62.1pt;" valign="top" width="104">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
2,32%</div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 304.8pt;" valign="top" width="508">
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
Igrejas e templos</div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 65.3pt;" valign="top" width="109">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
1,26%</div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 62.1pt;" valign="top" width="104">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
1,68%</div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 304.8pt;" valign="top" width="508">
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
Escolas e colégios</div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 65.3pt;" valign="top" width="109">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
1,43%</div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 62.1pt;" valign="top" width="104">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
1,41%</div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 304.8pt;" valign="top" width="508">
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
Editoras direto por e-commerce</div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 65.3pt;" valign="top" width="109">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b>1,54%</b></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 62.1pt;" valign="top" width="104">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
8,82%</div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 304.8pt;" valign="top" width="508">
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
outros</div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 65.3pt;" valign="top" width="109">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
9,58%</div>
</td>
</tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O mercado do livro também
acompanha uma das características da economia mundial: a concentração por meio
de aquisições, fusões e joint-ventures. No Brasil começou pelas editoras, tanto
nacionais quanto estrangeiras. (Não tenho como garantir que o levantamento abaixo é 100% preciso, mas é próximo disso. A quem tiver mais informações, agradeço que possam compartilhar).<br /><br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A <b>Guanabara Koogan</b> (criada em 1932) começou as compras:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
1994 a LTC (criada em 1968)</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
2007 a Forense (criada em 1904)</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
2007 a Método (criada em 1996)</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
2008 a Santos (criada em 1981)</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
2010 a Forense Universitária
(criada em 1973)</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
2011 a EPU (criada em 1952)</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
2011 a Roca</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
2011 a AC Farmacêutica (criada em
2005)</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Todas essas editoras estão sob a
holding GEN – Grupo Editorial Nacional criado em 2007.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A <b>Record</b> (criada em 1942) também foi às compras e fez as seguintes:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
1997 a Bertrand Brasil</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
1997 a Civilização Brasileira</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US">1997 a Difel<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US">2001 a José Olympio<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US">2004 a Best-Seller<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
2005 joint-venture com a
canadense Harlequim Books</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
2010 a Verus</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A <b>Saraiva</b> comprou:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
1998 a Atual</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
2000 a Renascer</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
2001 a Solução</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
2003 a Formato</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
2008 a ARX</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
2008 a ARX Jovem</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
2008 a Futura</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
2008 a Caramelo</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A <b>Ediouro</b> comprou:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
2002 a Agir</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
2004 a Relume-Dumará</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
2005 e 2007 a Nova Fronteira</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
2006 parceria com a Thomas Nelson</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
2007 a Nova Aguilar</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
2008 a Desiderata</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A <b>Sextante</b> comprou:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
2007 a Intrínseca (50%)</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US">A <b>Artmed</b>
comprou:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="EN-US">2009 a McGrae-Hill Education no Brasil<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A <b>IBEP/Companhia Editora Nacional</b> comprou:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
2010 a Conrad</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Com relação às editoras
estrangeiras, temos a seguinte cronologia:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em 1976 a <b>Elsevier</b> (Holanda) entra no mercado nacional em parceria com a
Campus. Suas compras foram as seguintes:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
2002 a Alegro</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
2002 a Negócio</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
2005 a Impetus</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Grupo <b>Pearson</b> (Inglaterra) entrou no mercado em 1996 e comprou a Makron
Books no ano 2000.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Grupo <b>Vivendi</b> (França), em parceria com o grupo <b>Abril</b> comprou a Ática e a Scipione em 1999. Saiu do Brasil em 2004
e a Abril comprou a sua parte.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Grupo Prisa-<b>Santillana</b> (Espanha) entrou no mercado em 2001 com a compra da
Moderna e da Salamandra. Em 2005 comprou 75% da Objetiva.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A <b>Larousse</b> (França) chegou em 2003 e, em 2007, comprou a Escala.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Grupo <b>Planeta</b> (Espanha) chegou em 2003. Em 2006 comprou a Academia da
Inteligência.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>Edições SM</b> (Espanha) chegou em 2004.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>Almedina</b> (Portugal) chegou em 2005.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>Penguin</b> Books (USA) em 2005 fez uma joint-venture com a Companhia
das Letras e, em 2011, comprou 45% do capital dessa editora.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Grupo <b>Leya</b> (Portugal) chegou em 2009. Em 2010 fez uma parceria com a Barba
Negra. Em 2011 comprou a Casa da Palavra.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>Thomson</b> <b>Reuters</b> (USA) em
2010 comprou a editora Revista dos Tribunais.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>Babel</b> (Portugal) chegou em 2011.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A outra ponta da concentração
está no setor livreiro. O marco divisório aconteceu em 2008 quando a Saraiva
comprou o grupo Siciliano. Atualmente as principais redes de livrarias, com
foco em obras gerais, são:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
100 lojas, a Saraiva. Base São
Paulo. Dessas, 46 são megastores. As outras 54 lojas (54%) representam apenas
14% de seu faturamento anual;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
32 lojas, a Leitura. Base Minas
Gerais;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
20 lojas, a Livrarias Curitiba.
Base Paraná;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
13 lojas, a Cultura. Base São
Paulo (abrirá mais 4 lojas ainda em 2012);</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
11 lojas, a Fnac. Base São Paulo;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
7 lojas, a Travessa. Base Rio de
Janeiro;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
6 lojas, a Livraria da Vila. Base
São Paulo (abrirá duas lojas em 2012 e mais 2 em 2013).</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Esta concentração nas livrarias
de rede também é facilitada pela migração do comércio em geral para os
shoppings que, como têm um custo elevado para a manutenção de uma loja, viram uma barreira de acesso para as livrarias como menor capital. No ano 2000
o Brasil tinha 280 shoppings. Fechou 2011 com 430 shoppings (+ 53,57%). Em 2012
serão mais 43 e, por enquanto, estão previstos mais 31 para 2013. Para se ter uma
ideia da força deste novo local de consumo, de compras, <b>circulam nos shoppings
376 milhões de pessoas por mês</b>. A população do Brasil é de 191 milhões de
pessoas. Impressiona, não?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p><br /></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Não existe uma pesquisa confiável
com relação ao número de livrarias existentes no Brasil. A ANL – Associação
Nacional de Livrarias fez em 2009 um primeiro levantamento através de
questionários enviados a diversos pontos de venda de livros, e chegou ao número
de 2.980 “livrarias”. <b>Livraria para a
ANL é <i>“uma empresa que oferece um bom acervo de livros em seu mix de produtos
para venda.”</i></b> Portanto, essa definição é muito vaga em relação ao censo
comum de livraria. Talvez fosse melhor usar como parâmetro o número de
exemplares no acervo de cada “livraria”. Por exemplo, acervo mínimo de 10% da
produção anual de novos títulos em 1ª edição, o que, em relação à produção das
editoras em 2010, seria de 1.871 exemplares por loja.<br /><br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="http://anl.org.br/web/pdf/levantamento_anual_2012.pdf">No levantamento de 2011 da ANL</a> o
número de livrarias chegou a 3.481. Como o país tem 5.564 municípios, além do
Distrito Federal, teríamos a média de <u>0,63 livrarias por município</u>. É
claro que a distribuição dessas livrarias pelo território brasileiro acompanha
a economia e a escolaridade de cada região geográfica. Os dados são os
seguintes:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
52,54% das livrarias na região
Sudeste;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
21,00% das livrarias na região
Sul;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
16,83% das livrarias na região
Nordeste;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
6,18% das livrarias na região
Centro-Oeste;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
3,45% das livrarias na região
Norte;<br /><br />A concentração nos diversos setores da economia do livro avança e fica maior a cada ano. Onde os livros serão vendidos em 2015?</div>Jaime Mendeshttp://www.blogger.com/profile/14377094846833275102noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-814758584862974886.post-22967460861193495982012-06-03T22:46:00.000-03:002012-06-03T22:46:43.705-03:00Amazon também no e-commerce físico no Brasil<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Já está mais do que divulgado que
a Amazon vai começar sua operação no Brasil ainda em 2012. O que não está claro
é qual o tipo de operação: se somente o digital e/ou o e-commerce com produtos físicos
também. Imagino que em novembro, no máximo, a operação começará com os livros
digitais. O início da Amazon em 1995 foi com livros, mas os físicos.<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sou dos que acreditam que não
teria nenhum sentido, econômico inclusive, a maior empresa de e-commerce do
mundo, não trabalhar com todo seu mix de produtos no Brasil. O grande obstáculo
para o início da operação com os produtos físicos é, claramente, a dificuldade
logística da operação, isto é, como manter o padrão de entrega Amazon também no
Brasil?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ao longo dos últimos 11 anos a
<a href="http://www.rapidaocometa.com.br/site/">Rapidão Cometa</a> Logística e Transportes S.A. foi representante autorizada da
<a href="http://www.fedex.com/br/">Fedex </a>Express América Latina e Caribe. A Rapidão Cometa tem 70 anos de existência
e sede em Recife. Atende todo o território brasileiro seja via filiais ou
pontos de operação. Seguem alguns dados:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
-45 filiais em 20 estados e DF;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
-202 pontos de operação em todos
os estados e DF, além de Fernando de Noronha;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
-700 mil m2 de área construída e
pátio de operações;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
-3 mil veículos compõem a frota
entre motocicletas e veículos utilitários leves e médios, além dos semipesados
e pesados (as carretas);</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
-transporta containers, carga
fracionada e pequenas encomendas tanto no aéreo quanto no rodoviário;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
-Rapidão B2C é o serviço
específico e diferenciado dentro da empresa para entregas domiciliares de
pequenas encomendas ao consumidor final. Faz também a logística reversa, para
os casos de troca;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
-tem 9 mil funcionários;</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
-faz 12 milhões de entregas por
ano.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Dia 29 de maio de 2012 saiu um
<a href="http://www.rapidaocometa.com.br/site/">comunicado </a>informando a aquisição da Rapidão Cometa pela Fedex. As perguntas a
serem respondidas são:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
1-O que acontece/acontecerá no
cenário econômico de varejo e/ou industrial que leva uma empresa de logística
(a Fedex) a investir alguns milhões de dólares na aquisição de uma empresa
representante?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
2-Por que não continuar com a
representação vigente há 11 anos?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
3-Por que a necessidade de ter o
controle total da operação nas mãos e não via uma representante?</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Para essas perguntas vejo uma
única resposta: <b>a Amazon</b>. Acredito que em 2013 a Amazon entrará no e-commerce
brasileiro com tudo, com todo o seu mix de produtos. A Amazon é uma empresa de
e-commerce. <b>E-commerce só funciona se existir logística.</b> Portanto, a
infra-estrutura de logística já está sendo executada, preparada. Empresas, de
todos os tipos, livrarias inclusive, preparem-se para a concorrência
que vai chegar.</div>Jaime Mendeshttp://www.blogger.com/profile/14377094846833275102noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-814758584862974886.post-41600689027121653972012-05-26T16:57:00.000-03:002012-05-26T16:57:03.930-03:00As livrarias em um novo mercado e o preço único do livro<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Com a divulgação em 15 de Maio de
2012 por parte da Associação Nacional de Livrarias, a ANL, do <i><a href="http://anl.org.br/web/pdf/levantamento_anual_2012.pdf">Levantamento Anual do Segmento de Livrarias</a></i>
feito junto a suas associadas para identificar o comportamento do setor
livreiro em 2011, veio à tona, mais uma vez, a questão da “Lei do Preço Único
do Livro”, dos descontos concedidos nos lançamentos, da concentração do mercado
e do fechamento das pequenas livrarias.<br /><br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mais uma vez a tábua de salvação
mencionada nas <a href="http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/1091001-livrarias-reforcam-lobby-por-tabelamento-de-preco.shtml">entrevistas </a>é a “Lei do Preço Único do Livro”. O que é isso? De
forma resumida, é o seguinte: durante um determinado período de tempo após o
lançamento de um livro (seis meses ou um ano, por exemplo) não poderiam ser
concedidos descontos na venda desse livro para o consumidor final, o leitor. No
máximo, algo entre 5% e 10%.<br /><br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Alguns pontos a serem observados:
isso é legal, do ponto de vista da Lei? O que o consumidor final, o leitor, vai
achar de não poder comprar mais esses livros com desconto?<br /><br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Pesquisando na Lei maior, a
Constituição, o Título VII trata da Ordem Econômica e Financeira e o capítulo 1
dos Princípios Gerais da Atividade Econômica. A seguir vem o artigo 170 que dispõe
o seguinte: </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
“A ordem econômica, fundada na
valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, (...), observando os
seguintes princípios:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
(...)</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
IV – livre concorrência</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
V – defesa do consumidor<br /><br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Pesquisando um pouco mais cheguei
ao CADE, Conselho Administrativo de Defesa Econômica, que pela Lei 8.884 de
11/06/1994 foi transformado em Autarquia. Essa Lei é conhecida como Lei antitruste
e Lei antidumping. Seu artigo inicial diz o seguinte: <i>“</i><i><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">Art. 1º
Esta lei dispõe sobre a prevenção e a repressão às infrações contra a ordem
econômica, orientada pelos ditames constitucionais de liberdade de iniciativa, <b><u>livre concorrência</u></b>, função
social da propriedade, <b><u>defesa dos
consumidores </u></b>e repressão ao abuso do poder econômico.</span></i><i><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-family: Arial, sans-serif;">” </span></i><i><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">(grifos meus)<br /><br /><br /><o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">Segue a
definição do conceito de livre concorrência exposto na página do CADE:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">“</span><b><span style="color: #5ba90f; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Livre
concorrência</span></b><span style="color: #5ba90f; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #57748e; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O princípio da livre
concorrência está previsto na Constituição Federal, em seu artigo 170, inciso
IV e baseia-se no pressuposto de que a concorrência não pode ser restringida
por agentes econômicos com poder de mercado. Em um mercado em que há
concorrência entre os produtores de um bem ou serviço, os preços praticados
tendem a se manter nos menores níveis possíveis e as empresas devem
constantemente buscar formas de se tornarem mais eficientes, a fim de
aumentarem seus lucros. Na medida em que tais ganhos de eficiência são
conquistados e difundidos entre os produtores, ocorre uma readequação dos
preços que beneficia o consumidor. Assim, a livre concorrência garante, de um
lado, os menores preços para os consumidores e, de outro, o estímulo à
criatividade e inovação das empresas.</span><span style="color: #57748e; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> “<br /><br /></span><span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">Apesar de
leigo em Direito, entendo que é contra a Constituição a existência de uma lei
que proíba descontos e que, portanto, também iria contra o interesse do
consumidor que é o de obter, sempre, o menor preço em qualquer aquisição.<br /><br /><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">A grande
questão é que o mercado do livro, no que diz respeito à comercialização, mudou.
Em 1455 Gutenberg comercializou o primeiro livro impresso com tipos móveis de
metal no Ocidente, a Bíblia. Depois, na prática, estabeleceu-se que o editor
publica o livro e o distribuidor e as livrarias formaram uma cadeia de
distribuição para a venda do livro para o leitor. Essa estrutura permaneceu por
muito e muito tempo, até que, 540 anos depois, em 1995 a Amazon começou a venda
de livros pela internet. No Brasil, também em 1995 (setembro), a Livraria
Cultura foi a primeira a perceber que mudanças estavam no ar e começou sua operação
nesse novo canal. Esse foi o primeiro marco divisório, a grande quebra de
paradigma; o segundo será o “livro digital” e, mais em particular, sua
comercialização, mas isso fica para outro post.<br /><br /><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O mercado do livro também acompanha
uma das características da economia mundial: a concentração por meio de fusões,
aquisições e joint-ventures. No Brasil, o processo de concentração consolida-se
em 2008, quando a Saraiva comprou a Siciliano. Com esse fato, outras livrarias
como Cultura, Fnac, Travessa, Vila, Curitiba, Leitura etc, que já vinham
abrindo lojas, tiverem que acelerar o ritmo.<br /><br /><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Concomitante a isso, mas tendo início
lá no final do séc xx, o comércio em geral começou o processo de migração para os
shoppings. Como são espaços comerciais que têm custos maiores, isso contribui,
mais ainda, para o processo de concentração. No ano 2000 existiam no Brasil 280
shoppings. Em 2011 já eram 430 (crescimento de 53,57%). Neste ano de 2012 devem
ser inaugurados mais 43 e outros 31 já estão previstos para 2013. Circulam por
mês, em média, em todos estes shoppings 376 milhões de pessoas. A população do
país é de 191 milhões de pessoas. Portanto, grande parte do público comprador
circula nos shoppings e, é claro, compra nos shoppings. As livrarias que lá não
estão, principalmente as menores, vão perdendo faturamento a cada ano, salvo
raras exceções.<br /><br /><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É um cenário assustador para as
pequenas livrarias? É sim. Estão sendo pegas de surpresa? Entendo que não, pois
lá se vão mais de 15 anos quando os sinais e os exemplos de novas formas de
comercialização do livro começaram a aparecer. Na verdade não foram se
preparando e não investiram em <a href="http://livroslivrariaselivreiros.blogspot.com.br/2008/12/cliente-ou-consumidor.html">atendimento</a>, serviços e, principalmente, na
internet, no e-commerce. Eu mesmo venho escrevendo aqui sobre a importância do
<a href="http://livroslivrariaselivreiros.blogspot.com.br/2010/03/e-commerce-e-logico-que-da-certo.html">e-commerce</a> para o mercado do livro desde 2009.<br /><br /><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ainda existe chance de sobrevivência
para as pequenas livrarias? A resposta é SIM, mas, a cada ano que passa, isso
será mais <a href="http://livroslivrariaselivreiros.blogspot.com.br/2010/07/2010-sera-o-inicio-do-fim-das-pequenas.html">difícil</a>. E a saída, com certeza, não é uma “intervenção” do governo
para controlar preços finais de venda ao consumidor. As livrarias estão no
mercado de varejo, e varejo é um processo dinâmico. Portanto, não dá mais para
ficar atrás do balcão esperando o cliente entrar na loja. Há que se ir até ele.
O melhor caminho e o mais rápido é pela <a href="http://livroslivrariaselivreiros.blogspot.com.br/2010/07/saiu-na-midia-3-pequena-livraria-sai-da.html">web</a>.<o:p></o:p></div>Jaime Mendeshttp://www.blogger.com/profile/14377094846833275102noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-814758584862974886.post-36711550455571207352011-11-02T16:32:00.000-02:002011-11-02T16:52:08.501-02:00Saiu na mídia #9 A indústria gráfica, face-a-face com o futuro<br />
<table class="contentpaneopen-noticia" style="background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: left;"><tbody style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<tr style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><td class="contentheading-noticia" style="border-bottom-color: rgb(204, 204, 204); border-bottom-style: solid; border-bottom-width: 1px; color: #444444; font-family: Tahoma, Geneva, sans-serif; font-size: 18px; line-height: normal; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 4px; padding-right: 4px; padding-top: 0px; text-decoration: none; width: 581px;" width="100%">Compartilhando o ótimo artigo de André Borges Lopes da <a href="http://www.bytestypes.com.br/">Bytes & Types</a><br />
<br />
<a class="contentpagetitle-noticia" href="http://www.bytestypes.com.br/noticias/1075-artigo-qq" style="color: #444444; font-weight: bold; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none; width: 0px;">Artigo: "A indústria gráfica, face-a-face com o futuro (Parte I)"*</a></td></tr>
</tbody></table>
<table class="contentpaneopen-noticia" style="background-color: white; color: #333333; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 16px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: left;"><tbody style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<tr style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><td style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 4px; padding-right: 4px; padding-top: 0px;" valign="top"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><span class="small" style="color: #999999; line-height: 8px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">Fonte: Bytes & Types </span> </span></td></tr>
<tr style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><td class="createdate" style="color: #999999; line-height: 8px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 3px; padding-left: 4px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" valign="top"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Qua, 26 de Outubro de 2011 / 10:29</span></td></tr>
<tr style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><td style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 4px; padding-right: 4px; padding-top: 0px;" valign="top"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Por: <a href="http://www.advivo.com.br/categoria/autor/andre-borges-lopes" rel="tag" style="color: #cc0000; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;">André Borges Lopes</a></span></div>
<div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
</div>
</div>
</div>
</div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 5px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">De acordo com Arthur C. Clarke, ideias novas atravessam três etapas:</span></div>
<ol style="margin-bottom: 15px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 5px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<li style="margin-bottom: 0px; margin-left: 35px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Isso não funciona;</span></li>
<li style="margin-bottom: 0px; margin-left: 35px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Pode ser que funcione, mas não vale a pena;</span></li>
<li style="margin-bottom: 0px; margin-left: 35px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Eu sempre soube que era uma excelente idéia!</span></li>
</ol>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 5px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><em style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"> </strong></em><a href="http://www.advivo.com.br/user/1411" style="color: #cc0000; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;"><img height="170" src="http://www.advivo.com.br/index.php?q=sites/default/files/imagecache/user-150x170/pictures/picture-1411.jpg" style="border-bottom-style: none; border-color: initial; border-left-color: rgb(255, 255, 255); border-left-style: none; border-right-color: rgb(255, 255, 255); border-right-style: none; border-top-color: rgb(255, 255, 255); border-top-style: none; border-width: initial; float: right; margin-bottom: 3px; margin-left: 3px; margin-right: 3px; margin-top: 3px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;" width="150" /></a>Em julho de 2001, fui convidado pela Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica para ministrar um workshop sobre "fotografia digital". Na época, essa nova tecnologia ainda engatinhava, e era vista com profunda desconfiança pelos fotógrafos e produtores gráficos. Câmeras digitais profissionais eram caríssimas e precárias: as então recém-lançadas Nikon D1 custavam mais de US$ 5.000 (só o corpo, nos EUA) e ofereciam de resolução singelos 2,6 megapixels. Mesmo aqui em São Paulo, pouquíssimos laboratórios recebiam arquivos digitais, e pediam entre 24 a 48 horas para entregar as fotos em papel.</span></div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 5px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=814758584862974886" name="more" style="color: #cc0000; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;"></a>Nesse workshop, deixei claro que a qualidade das fotos digitais da época era ainda muito inferior à das fotos convencionais, desde que adequadamente escaneadas. Apesar disso – e me arriscando no pantanoso terreno da futurologia – eu não tinha dúvidas de que a adesão dos fotógrafos ao digital no segmento profissional (em especial no fotojornalismo) seria extremamente rápida. As vantagens oferecidas pela facilidade e agilidade do manuseio dos arquivos eletrônicos, comparadas aos transtornos da revelação química e do escaneamento, davam aos fotojornalistas digitais um diferencial competitivo que compensava largamente todas as deficiências de qualidade. Além disso, era visível que as câmeras digitais estavam evoluindo em velocidade assustadora.</span></div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 5px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Por outro lado, eu não acreditava numa entrada rápida das câmeras digitais na fotografia amadora, nas fotos do dia-a-dia, tipo "viagem de férias" e "aniversário das crianças". Para o usuário amador, havia as dificuldades em transferir, selecionar e editar os arquivos num computador, gravar um CD-R para levar ao laboratório, aguardar os longos prazos de entrega. Um inferno perto da praticidade dos quiosques tipo "one-hour photo", nos quais deixávamos os rolinhos de filme 35mm e voltávamos alguns minutos depois para pegar as ampliações já prontas para serem colocadas nos tradicionais albuns de fotos – os quais seriam depois mostrados e compartilhados entre amigos e parentes.</span></div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 5px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Se minha previsão quanto ao fotojornalismo se revelou acertada, a segunda foi um fiasco. Cinco anos depois do workshop, câmeras de filme já eram franca minoria nas festinhas de crianças e, de lá para cá, simplesmente desapareceram. O surgimento dos sites de relacionamento social na internet – Orkut, Facebook e congêneres – e facilidade de visualizar fotos nas telinhas LCD dos celulares reduziram a uma fração o mercado da ampliação fotográfica em papel. Hoje, milhões de "albuns virtuais" de fotografias são compartilhados diariamente na rede mundial. Na última feira Photo Image Brazil – realizada no mês de agosto em São Paulo – já não se encontrava uma única câmera analógica nos estandes dos grandes fabricantes.</span></div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 5px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Revoluções expressas</span></strong></div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 5px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Descontado o meu erro de previsão, posso dizer que essa revolução ultra-rápida da fotografia digital não chegou a ser exatamente uma surpresa para mim. Na época dessa palestra em 2001 eu já havia vivenciado pelo menos três eventos semelhantes. O primeiro havia sido a substituição das filmadoras domésticas Super-8 pela fitas de vídeo VHS, no início dos anos 1980 – em que pese o fato de que quase todos os profissionais de imagem reclamassem da precaria qualidade de gravação dos primeiros vídeo-cassetes. A segunda, alguns anos depois, havia sido a derrocada dos grandes e charmosos LPs de vinil pelas insonsas caixinhas de CD, mesmo enfrentado forte oposição dos amantes do design gráfico e dos especialistas em música, que sempre reclamaram do "som quadrado" dos arquivos digitais de áudio.</span></div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 5px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Na terceira revolução eu não havia sido apenas testemunha: fui parceiro e miltante. Trata-se da substituição na indústria gráfica dos sistemas tradicionais de pré-impressão pelo "Desktop Publishing" (DTP). O conceito de DTP (Editoração Eletrônica, em português) havia surgido em 1985 – quando foi possível reunir a interface gráfica dos Macintosh, a linguagem de impressão PostScript, as fontes tipográficas digitais, as impressoras de imagem a laser e os primeiros aplicativos de layout de página <em style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">(mais detalhes no box abaixo)</em>. No final de 1995, pouco mais de dez anos após esses lançamentos pioneiros, pude desenvolver com alguns entusiastas do DTP uma "apresentação de conceito" em parceria pelo estúdio Comdesenho (do qual eu era sócio), pelo birô Paper Express e pela gráfica Camargo Soares: um bonito calendário de parede da Chapada Diamantina totalmente produzido em sistemas de editoração eletrônica, do escaneamento das imagens aos fotolitos limpos.</span></div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 5px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Essa revolução do DTP só agora está sendo concluída, no momento em que consolida-se a hegemonia dos sistemas Computer-to-Plate (gravação direta dos arquivos nas matrizes de impressão, sem uso de fotolito) e a completa transferência da pré-impressão para dentro das gráficas. Mas em 1995 já estava evidente que não precisávamos mais das grandes empresas de fotocomposição, <em style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">paste-up</em>, escaneamento, fotolito e provas – que por décadas haviam dominado o mercado de "prepress" em todo o mundo.</span></div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 5px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Vistos em retrospecto, esses primeiros dez anos do DTP passaram como num sopro. Mas não faltaram naquela época as legiões de céticos que duvidavam que aqueles "computadorzinhos ridículos de US$ 10 mil" iriam substituir os milhões de dólares então investidos nas grandes estações de fotocomposição, escaneamento e tratamento de imagem. Ou que iriam desempregar os milhares de profissionais de <em style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">paste-up</em>, retoque e montagem que trabalhavam nas empresas do setor. O tsunami do DTP pegou todos eles no contrapé. Tradicionais fabricantes de equipamentos como Mergenthaler, Monotype e Compugraphic – que haviam sobrevivido à substituição dos linotipos pela composição a frio duas décadas antes – não resistiram à nova mudança: desapareceram ou tornaram-se irrelevantes, para a sorte da Linotype, ITC, Aldus, Adobe, Quark, Corel e muitos outros que investiram nas novas tecnologias.</span></div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 5px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">O beijo do tempo</span></strong></div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 5px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Em resumo, na virada do milênio em 2001 já não faltavam alertas a nos preparar para o que ainda vinha pela frente. Mas o fato é que muita gente preferira não ouví-los. Há cerca de dez anos, lembro-me de escutar da boca de um competente jornalista – então trabalhando numa das maiores revistas de informática do Brasil – que a distribuição de música via arquivos digitais estava condenada ao insucesso: havia sido estigmatizada como "coisa de gente pobre", relegada aos office-boys e seus toscos aparelhos MP3 Players. Um ano depois dessa conversa, Steve Jobs nos apresentou seus iPods e iTunes, revolucionando não apenas a maneira que nós ouvimos música, mas também todo um mercado então dominado pelas grandes gravadoras.</span></div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 5px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">O curioso é que eu passei boa parte da minha infância lendo Júlio Verne e invejando as pessoas que viveram nos final do século XIX, quando novas idéias e invenções surgiam a cada dia para revolucionar o mundo. Descobri, já "coroa", que não tinha motivos para inveja: nossa geração vive tempos infinitamente mais revolucionários e a cada dia somos apresentados a novos produtos, idéias e conceitos. Entretanto, apenas uma fração dessas novidades é tocada pelo "beijo do tempo": essa capacidade mágica e imponderável de mudar o mundo. Ou, como no slogan atribuido a Jobs, <em style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">"to make a dent in the universe".</em></span></div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 5px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Eu me recordo do pressentimento de estar diante desse tipo de coisa em 1987. Eu já iniciava meu trabalho na área editorial e gráfica quando um amigo da faculdade me mostrou pela primeira vez um Mac IIx diagramando páginas numa versão pioneira do software QuarkXPress. Lembro-me de ver o aplicativofuncionando e pensar "Danou-se, o mundo vai desbar à nossa volta". Senti o mesmo pela segunda vez em 1998, quando outro amigo me pediu para postar na sua "página pessoal" na internet (nem se falava ainda em "blog") um texto sobre o uso de maconha que eu havia escrito para uma revista de universitários: poucos dias depois, um marinheiro porto-riquenho servindo em Guam, no Oceano Pacífico, entrou em contato comigo perguntando se eu podia providenciar uma versão em inglês para republicação.</span></div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 5px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">A sensação também estava comigo em 1994, quando vi em ação uma impressora digital E-Print 1000, primeira geração das hoje consagradas HP Indigo. E repetiu-se na feira Drupa de 2008, ao sermos apresentados às novas inkjet industriais coloridas de alta produtividade, rotativas que produzem impressos digitais de baixo custo em uma velocidade assustadora. Para mim, está evidente que o ciclo das matrizes de tipos móveis, inaugurado por Gutemberg e seus contemporâneos no século XV, começa a se esgotar rapidamente – dando lugar a uma nova forma de pensar a transmissão de informações que ainda usa papel pintado como suporte.</span></div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 5px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Estudando com o inimigo</span></strong></div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 5px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Em agosto desse ano, topei novamente com essa sensação de assombro: um amigo de Fortaleza postou no Facebook a foto de um outdoor onde se lia: <em style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">Tablet substitui livros</em>. Trata-se de propaganda um colégio cearense anunciando o projeto "Sistema Ari de Sá de Ensino Digital": a partir de 2012, os alunos do Ensino Médio poderão ter os livros didáticos e conteúdos pedagógicos, produzidos pelo SAS oferecidos em dispositivos digitais de leitura, os famosos "tablets" (no caso, iPads da Apple). Sobre o assunto, há também um vídeo promocional no You Tube: <a href="http://youtu.be/v2xeHMWHy0k" style="color: #cc0000; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;">http://youtu.be/v2xeHMWHy0k</a>.</span></div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 5px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Nesse caso, o assombro não se deveu ao inesperado: todos sabemos que em países do primeiro mundo esse processo já está em andamento. Escolas particulares de elite aqui em São Paulo também começam a incluir alguns livros digitais no cardápio dos seus alunos. O assombro se dá pela absurda proximidade dessa idéia de "substituição". Não é mais na distante Coréia do Sul, é logo ali em Fortaleza; não é daqui a dez anos, é dentro de poucos meses. E o projeto do Ari de Sá traz um conceito importante: não são "livros digitais", trata-se de um "sistema de ensino" que foi convertido para iPad. "Sistema de ensino digital": anote esse conceito, ele será importante. Falarei mais dele num próximo artigo.</span></div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 5px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Para completar os agouros de agosto, no último dia 22 a RISI publicou um estudo intitulado "O impacto da mídia em tablets nos mercados de papéis editoriais" que pode ser visualizado nesse <a href="http://www.risiinfo.com/risi-store/do/product/detail/impact-of-media-tablets-on-publication-paper-markets.html?source=PR1108FXPR" style="color: #cc0000; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-decoration: none;" target="_blank">link</a>, avaliando qual o efeito do crescimento exponencial da venda desses dispositivos de leitura no mercado papeleiro. Num horizonte próximo, o estudo conclui que <em style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">"ainda que os tablets possam causar um efeito positivo nos hábitos de leitura, estima-se que o uso de papel em revistas irá cair pelo menos 20% nos próximos 5 anos"</em>.</span></div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 5px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Não é preciso ser do ramo para concluir que impacto igual ou maior recairá sobre o segmento da indústria gráfica dedicado a atender esse mercado. Estamos falando de nada menos que algumas dezenas de grandes empresas, com milhões de dólares investidos em sofisticadas impressoras offset planas e rotativas, prestes a enfrentar os fantasmas de uma crescente capacidade ociosa e de uma concorrência predatória brutal pelo que restar do mercado.</span></div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 5px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Para enxergar as estrelas</span></strong></div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 5px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><em style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">"O livro em papel nunca vai acabar"</em>, <em style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">"a informação impressa transmite mais confiabilidade"</em>, <em style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">"os arquivos digitais são voláteis, o que está no papel é perene"</em> – são algumas colocações que nos acostumamos a ouvir hoje da boca dos que se recusam a enxergar a tempestade à sua frente. Todos esses argumentos são verdadeiros, mas não se esqueçam que também era verdade que o Super 8 tinha mais qualidade que os antigos VHS, que o som de um bom LP de vinil era melhor que o dos CDs, que as ligações de celular tem menos qualidade e custam muito mais caro que as de um telefone fixo. Por acaso alguma dessas verdades teve o poder de segurar o tsunami das mudanças?</span></div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 5px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Para mim é evidente que o livro impresso não vai acabar, ao menos não dentro do nosso horizonte de previsão. Também me parece óbvio que, por décadas, haverá leitores preferindo receber seus jornais e revistas em papel. Da mesma forma, dificilmente a educação dos seres humanos poderá prescindir tão cedo dos livros e demais publicações impressas. Mas é preciso entender que não é disso que estamos falando.</span></div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 5px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Sejamos conservadores e vamos admitir que, num prazo de cinco anos, algo como 30% do mercado de livros comerciais, 20% do mercado das grandes revistas e 10% do mercado de livros didáticos migre para os leitores digitais. Dá para compreender o tamanho da confusão na qual a indústria gráfica estará metida nessa década que se inicia? Adotar a tática de avestruz e fazer de conta que nada vai acontecer é, sem dúvida, a pior alternativa. Desde a primeira revolução industrial, a História está cheia de exemplos de empresas grandes e poderosas que desapareceram em poucas décadas por não conseguirem prever e se adaptar aos novos tempos.</span></div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 5px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Por outro lado, também não é caso para pânico e desespero. Recorro a uma figura de linguagem do último (e na minha opinião o melhor) discurso do reverendo Martin Luther King, o célebre <em style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">I've Been to the Mountaintop</em>:</span></div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 5px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">"Somente quando está muito escuro é que você consegue ver as estrelas"</span></strong></div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 5px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Mas isso discutiremos no nosso próximo texto.</span></div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 5px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">======================================================</span></strong></div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 5px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">DESKTOP PUBLISHING, UMA CRIAÇÃO COLETIVA</span></strong></div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 5px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">Ao contrário do que supõe a revista Veja (que na sua edição nº 2238 atribui unicamente a Steve Jobs a gênese do conceito de Desktop Publishing), poucas criações tão revolucionárias no mundo da tecnologia foram mais coletivas que a do DTP. Sem entrar no mérito da ordem de importância de cada um, podemos com facilidade montar uma grande lista de “pais” dos produtos que foram os marcos iniciais da editoração eletrônica.</span></div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 5px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">• <strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">Steve Jobs</strong> da Apple ao colocar num computador pessoal relativamente barato (um Macintosh custava em 1985 cerca de US$ 2.500, pouco mais de US$ 5.200 em dinheiro de hoje) uma interface gráfica de usuário (Graphic User Interface) que não apenas usava recursos sofisticados de tipologia como permitia a construção de documentos com o conceito de WYSIWYG (<em style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">What You See Is What You Get</em> - O que você vê é o que você obtém).</span></div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 5px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">• <strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">John Warnock</strong> e <strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">Charles Geschke</strong>, fundadores da Adobe, ao inventar e desenvolver a linguagem PostScript – que permitia aos computadores enviar às impressoras arquivos relativamente pequenos, contendo código com as instruções para que fossem construídos nos interpretadores locais (que chamamos atualmente de RIPs, mas já foram conhecidos como "placas PostScript") os gigantescos arquivos rasterizados de alta resolução das páginas gráficas. Posteriormente, a Adobe lançaria também três aplicativos fundamentais do DTP: o Illustrator, o Photoshop e – bem mais tarde – o Acrobat. (1984-1989)</span></div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 5px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">• <strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">Jobs</strong>, novamente, ao lançar em 1985 a Apple Laser Writer, uma impressora laser P&B de pequeno porte que reunia um engine de impressão da Canon com uma placa processadora de PostScript. Não foi a primeira laser de pequeno porte (essa primazia cabe à HP) mas foi a primeira impressora de baixo custo dedicada à impressão de páginas gráficas. Embora fosse bem mais cara do que um Mac (ela custava na época US$ 7.000) ainda era 10 vezes mais barata que as laser gráficas da Xerox e da IBM.</span></div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 5px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">• <strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">Aaron Burns</strong>, co-fundador da ITC, que lançou em 1985 as primeiras famílias de fontes tipográficas vetoriais em linguagem PostScript.</span></div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 5px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">• <strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">Paul Brainerd</strong>, fundador da Aldus, que ao lançar em 1985 o PageMaker completou o quebra-cabeça do DTP com a peça que faltava: um aplicativo de layout de páginas baseado na interface gráfica no Mac e na linguagem PostScript. A Aldus ainda lançaria o FreeHand, de ilustração, e – já incorporada à Adobe – forneceu o núcleo do que viria a ser o InDesign.</span></div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 5px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">• <strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">Jonathan Seybold</strong>, um respeitado técnico e consultor especialista em artes gráficas e pré-impressão, que enxergou o potencial dessas novas tecnologias em desenvolvimento e teve um importante papel ao apresentar essas pessoas umas às outras e orientá-los para que atendessem aos requisitos do setor gráfico. (1983-1987)</span></div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 5px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">• <strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">Wolfgang Kummer</strong>, da Linotype, tradicional fabricante de equipamentos de pré-impressão, que decidiu incorporar o PostScript às suas fotocomponedoras a laser, desenvolvendo as primeiras imagesetters (Linotronic 100, 300 e 500) e abrindo para o DTP a opção das saídas em alta resolução. Mais tarde, a Linotype também se tornaria importante desenvolvedora de fontes tipográficas PostScript e, associada a Hell, produziria os primeiros scanners de cilindro de alta qualidade compatíveis com a tecnologia do DTP. (1983-1986)</span></div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 5px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">• <strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">Tim Gill</strong>, fundador da Quark, que lançou em 1987 o então revolucionário QuarkXPress, elevando a paginação em DTP a um nível de profissionalismo até então inédito.</span></div>
<div style="margin-bottom: 15px; margin-top: 5px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">• Por fim, podemos incluir indiretamente nessa lista o <strong style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;">Douglas Engelbart</strong>, que inventou o mouse na década de 60, embora somente em 1981 ele começasse a ser utilizado sem muito entusiasmo pela Xerox (que o incluiu como periférico de seu computador Star). Poucos anos depois, a Apple solicitou à Xerox as especificações do dispositivo para que pudesse incluir um mouse junto com o seu Macintosh para facilitar enormemente o manuseio da interface gráfica.</span></div>
</td></tr>
</tbody></table>Jaime Mendeshttp://www.blogger.com/profile/14377094846833275102noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-814758584862974886.post-13444020792739166122011-06-21T00:01:00.001-03:002011-06-21T21:33:21.280-03:00Saiu na mídia #8 Um país sem bibliotecas<div style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-weight: normal; line-height: 1.5em; margin-bottom: 20px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: normal;"></span></div><h1 style="color: #111111; font-weight: normal; font: normal normal normal 2.425em/1.2em Georgia; margin-bottom: 5px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 3px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify; width: 642px;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">Caro leitor,</span></h1><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">mesmo em espanhol, compartilho importante matéria publicada no jornal Público da Espanha </span></div><h1 style="color: #111111; font-weight: normal; font: normal normal normal 2.425em/1.2em Georgia; margin-bottom: 5px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 3px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify; width: 642px;"><span class="Apple-style-span" style="color: black; font-family: 'Times New Roman'; font-size: small; line-height: normal;"><a href="http://www.publico.es/culturas/381738/un-pais-sin-bibliotecas">http://www.publico.es/culturas/381738/un-pais-sin-bibliotecas</a></span><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"> por Roberto Arnaz</span></h1><h1 style="color: #111111; font-size: 16px; font-weight: normal; font: normal normal normal 2.425em/1.2em Georgia; margin-bottom: 5px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 3px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify; width: 642px;">Un país sin bibliotecas</h1><h2 style="color: #504e53; font-size: 16px; font-weight: normal; font: normal normal normal 1.05em/1.5em arial, helvetica, sans-serif; margin-bottom: 10px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify; width: 642px;">La crisis económica amenaza el sistema de préstamo gratuito de libros en Estados Unidos, iniciado hace más de 160 años. También afecta a las librerías del país, convertidas en una especie en peligro de extinción</h2><div class="meta" style="color: #777777; font-size: 0.7em; font-weight: normal; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 5px; text-align: justify; width: 481px;"><span class="autor" style="border-right-color: rgb(204, 204, 204); border-right-style: solid; border-right-width: 1px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 5px; padding-top: 0px;">ROBERTO ARNAZ</span> <span class="lugar" style="border-right-color: rgb(204, 204, 204); border-right-style: solid; border-right-width: 1px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 5px; padding-top: 0px;">Los Ángeles</span> <span class="fecha" style="border-right-color: rgb(204, 204, 204); border-right-style: solid; border-right-width: 1px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 5px; padding-top: 0px;">14/06/2011 00:30</span> Actualizado: <span class="fecha" style="border-right-color: rgb(204, 204, 204); border-right-style: solid; border-right-width: 1px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 5px; padding-top: 0px;">14/06/2011 14:30</span></div><br />
<div style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 0.95em; font-weight: normal; line-height: 1.5em; margin-bottom: 20px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">"Por el grosor del polvo en los libros de una biblioteca pública puede medirse la cultura de un pueblo". <strong>John Steinbeck</strong>, uno de los más grandes escritores estadounidenses de mediados del siglo XX, era consciente de la</div><div style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 0.95em; font-weight: normal; line-height: 1.5em; margin-bottom: 20px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">importancia del acceso a la literatura para el desarrollo de la sociedad. Vivió en primera persona los rigores de la Gran Depresión, pero salió adelante y convirtió su desdicha en una inolvidable colección de novelas que le valió el Premio Nobel de Literatura en 1962. Fue testigo de cómo la creación de una red pública de bibliotecas permitió el acceso a la <strong>alfabetización para los más desfavorecidos</strong>, al Estado del bienestar y a un nivel cultural con el que sus propios abuelos sólo podrían soñar. Sin embargo, el sueño de Steinbeck y su propio legado están a punto de perecer víctimas de una crisis económica y cultural que amenaza con acabar de un plumazo con el agonizante sistema estatal de préstamo gratuito de libros nacido en 1848 con la inauguración de la biblioteca de Boston.</div><div style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 0.95em; font-weight: normal; line-height: 1.5em; margin-bottom: 20px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">Los datos que maneja la Asociación Nacional de Bibliotecas (ALA, según sus siglas en inglés) son estremecedores. Desde la llegada de la inestabilidad financiera, 438 de los cerca de 16.000 archivos literarios que hay en el país han cerrado sus puertas y varios centenares más están en la cuerda floja, entre ellos el de Salinas (California), cuna de Steinbeck y guardián de su obra. Esta pequeña biblioteca ya consiguió regatear la crisis en 2005 gracias a los <strong>3,2 millones de dólares de un donante privado</strong>, a los que se unieron medidas de control del gasto, como la rebaja del 5% en los salarios de sus trabajadores, y a una considerable reducción del horario de apertura durante el verano: desde el cierre de los colegios en junio hasta el inicio del nuevo curso sólo permanece abierta ocho horas a la semana.</div><div style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 0.95em; font-weight: normal; line-height: 1.5em; margin-bottom: 20px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">De forma parecida, todas las ciudades en Estados Unidos, grandes, medianos y pequeños núcleos urbanos, se están viendo obligadas a cerrar sus bibliotecas públicas o, al menos, limitar su horario hasta la mínima expresión. <strong>Cerrojazo a la cultura gratuita en Detroit</strong>, que estudia echar la persiana en todas sus sucursales, y Denver, dispuesta a cercenar el número de sedes a la mitad. Mientras, el estado de Michigan ya tiene fecha para cerrar tres de sus 103 bibliotecas, el 10 de junio.</div><h3 style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 1.125em; font-weight: normal; margin-bottom: 5px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 10px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">Recortes anticonstitucionales</h3><div style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 0.95em; font-weight: normal; line-height: 1.5em; margin-bottom: 20px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">La noticias no son mejores en Nueva York, donde gracias a estas instituciones circulan más de 35 millones de libros, CD y DVD cada año. El nuevo presupuesto de la ciudad para 2012 prevé un recorte de 40 millones de dólares en la financiación de bibliotecas públicas, además de la destrucción de 1.500 empleos.</div><div style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 0.95em; font-weight: normal; line-height: 1.5em; margin-bottom: 20px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">Para los expertos de ALA, lo que los gobiernos locales, estatales y la mismísima Casa Blanca están haciendo con las oficinas de préstamo de libros es inconstitucional, ya que <strong>"las bibliotecas son un bien público esencial, un pilar fundamental en las sociedades democráticas"</strong>. La asociación recuerda a los políticos que "el derecho de los ciudadanos a leer, buscar información y expresarse libremente en las bibliotecas está garantizado por la primera enmienda" de la Carta Magna estadounidense.</div><div class="ladillo" style="border-top-color: rgb(176, 17, 58); border-top-style: solid; border-top-width: 2px; float: left; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 1em; font: italic normal normal 1.4em/normal georgia; margin-bottom: 10px; margin-left: 0px; margin-right: 10px; margin-top: 5px; padding-bottom: 10px; padding-left: 10px; padding-right: 10px; padding-top: 10px; text-align: justify; width: 200px;">En EEUU apenas quedan 3.000 librerías y cerca de 700 son independientes </div><div style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 0.95em; font-weight: normal; line-height: 1.5em; margin-bottom: 20px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">Pero las quejas de los bibliotecarios están cayendo en saco roto. Las bibliotecas públicas de todo el país son las víctimas preferidas de los asesores presupuestarios. En los últimos cuatro años, más de la mitad de los estados del país han recortado la ya ajustada financiación de las bibliotecas por encima del 10%. Los gobiernos estatales y locales con problemas de caja han visto en las bibliotecas una presa fácil. Un estudio de la Federación Nacional de Alcaldes afirma que, tras los servicios de mantenimiento de parques y jardines, los archivos de libros fueron la segunda opción preferida para pasar el cuchillo del ahorro: el 39% de los gobiernos locales reconoció que recortó el presupuesto a las bibliotecas durante el año pasado.</div><div style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 0.95em; font-weight: normal; line-height: 1.5em; margin-bottom: 20px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">Para justificar la<strong> caza de brujas</strong>, los estadistas se basan en los informes que hablan de una caída del uso de estas instituciones para justificar los recortes. Desde mediados de 1990, la tendencia a la baja en el uso de la biblioteca ha sido bien documentada por medios y asociaciones. Con la rápida expansión de internet, los ciudadanos comenzaron a buscar respuestas en la forma más rápida y más conveniente. Una reciente investigación realizada por la Asociación de Bibliotecas de Investigación revela que las consultas se han reducido una media del 4,5% al año, mientras que los datos de circulación han caído al nivel de 1991.</div><h3 style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 1.125em; font-weight: normal; margin-bottom: 5px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 10px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">Menos profesionalidad</h3><div style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 0.95em; font-weight: normal; line-height: 1.5em; margin-bottom: 20px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">Pero a este argumento también se le puede dar la vuelta: defender que las bibliotecas son mucho más que centros de lectura y que permiten a las personas sin recursos acceder a educación y utilizar nuevas tecnologías como ordenadores o internet. El Ayuntamiento de Filadelfia ha llegado a la conclusión de que los archivos públicos crearon un impacto económico en la ciudad de más de 30 millones de dólares en el año fiscal 2010. De hecho, se estima que <strong>8.600 empresas no se han iniciado o mantenido sin los conocimientos adquiridos en la Biblioteca Pública de Filadelfia</strong>.</div><div style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 0.95em; font-weight: normal; line-height: 1.5em; margin-bottom: 20px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">Con el presupuesto exprimido, si las bibliotecas quieren mantenerse abiertas, deben entregarse a la privatización. Varias sucursales de California se han visto obligadas a acudir a Sistemas de Bibliotecas y Servicios LLC (LSSI), una empresa que se compromete a mantenerlas en funcionamiento por menos dinero. "Las bibliotecas en California ya no podemos cumplir con nuestra misión básica", reconoce Clara DiFelice, responsable de la biblioteca del Distrito Beaumont, para quien <strong>"dejarse engullir por los depredadores a través de la privatización reducirá la profesionalidad de las bibliotecas"</strong>.</div><div style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 0.95em; font-weight: normal; line-height: 1.5em; margin-bottom: 20px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">El pasado mes de octubre, la biblioteca del municipio californiano de Santa Clarita fue la primera en retirarse del sistema del condado de Los Ángeles para firmar un contrato con LSSI. La decisión generó numerosas críticas y provocó que los votantes de California aprobasen la Proposición 22 en las elecciones legislativas de noviembre, impidiendo que el estado paliase su deuda desviando a sus arcas los fondos con los que se financian las bibliotecas. De hecho, el 93% de los estadounidenses cree que las bibliotecas, a las que acuden más de 87 millones de personas en todo el país, deben ser "un servicio público y gratuito".</div><h3 style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 1.125em; font-weight: normal; margin-bottom: 5px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 10px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">Grandes y pequeñas librerías</h3><div style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 0.95em; font-weight: normal; line-height: 1.5em; margin-bottom: 20px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">La crisis bibliotecaria se ha trasladado también a las tiendas de libros. Tras el desmantelamiento de más de 200 establecimientos de la cadena Borders, en Estados Unidos apenas quedan 3.000 librerías, de las que únicamente entre 700 y 900 son independientes, es decir, no pertenecen a ningún gran grupo. Desde principios de año, <strong>varias librerías emblemáticas de todo el país han cerrado sus puertas esta semana</strong>, incluyendo la librería Cody de San Francisco, con más de medio siglo de historia y que se hizo famosa durante las protestas contra la Guerra de Vietnam dando cobijo a los estudiantes de la Universidad de Berkeley que huían de las cargas policiales y los gases lacrimógenos.</div><div class="ladillo" style="border-top-color: rgb(176, 17, 58); border-top-style: solid; border-top-width: 2px; float: left; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 1em; font: italic normal normal 1.4em/normal georgia; margin-bottom: 10px; margin-left: 0px; margin-right: 10px; margin-top: 5px; padding-bottom: 10px; padding-left: 10px; padding-right: 10px; padding-top: 10px; text-align: justify; width: 200px;">Detroit estudia cerrar todas sus bibliotecas y Denver, la mitad de ellas </div><div style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 0.95em; font-weight: normal; line-height: 1.5em; margin-bottom: 20px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">"Simplemente no teníamos trabajo. Nos hemos convertido en un gran almacén de libros con muchos gastos y pocos ingresos". Así justificaba el cierre de sus tiendas Andy Ross, propietario de una cadena de librerías en la que en sus momentos de gloria firmaron autógrafos autores y personalidades como Norman Mailer, Bill Clinton, Jimmy Carter, Tom Robbins, Mohammed Ali o Salman Rushdie, que fue atacado con un cóctel molotov durante su visita a Cody.</div><div style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 0.95em; font-weight: normal; line-height: 1.5em; margin-bottom: 20px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">Pero no sólo los pequeños libreros independientes se han llevado el golpe de la caída del interés por los libros en formato papel. El gigante Barnes & Noble, el mayor grupo de venta de literatura, cerrará su tienda insignia en Nueva York a finales de año. Situada en uno de los lugares más exclusivos de la Gran Manzana, en el número 4 de Astor Place, la cadena no puede afrontar el alquiler. Según reconoció la portavoz del grupo, Mary Ellen Keating, <strong>"nos gustaría estar allí, pero realmente no nos lo podemos permitir"</strong>.</div><div style="font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 0.95em; font-weight: normal; line-height: 1.5em; margin-bottom: 20px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">La pregunta que ahora se hacen los agentes del sector es: si la situación actual es grave, cuando aún el 70% de los libros se compran en librerías, ¿qué sucederá cuando, como pronostican los expertos, las ventas online lleguen al 75% en 2020?</div><div class="despiece" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: #f7f7f7; background-image: initial; background-origin: initial; border-top-color: rgb(176, 17, 58); border-top-style: solid; border-top-width: 2px; float: left; font-family: arial, helvetica, sans-serif; font-size: 1em; margin-bottom: 5px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 10px; padding-bottom: 12px; padding-left: 12px; padding-right: 12px; padding-top: 12px; text-align: left; width: 616px;"><h3 style="font-size: 1.125em; font-weight: normal; margin-bottom: 5px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 10px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">Gran Bretaña también se opone a los recortes</h3><div style="font-size: 0.95em; font-weight: bold; line-height: 1.5em; margin-bottom: 20px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">Cierre de bibliotecas</div><div style="font-size: 0.95em; font-weight: normal; line-height: 1.5em; margin-bottom: 20px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">El recorte del gasto público iniciado por el Gobierno británico a principios de 2011 amenaza con el cierre de bibliotecas públicas, que podría llegar a afectar a 468 centros. El Consejo de las Artes confirmó que la reducción de fondos afectaría a museos pequeños, bibliotecas y archivos, cuya partida ha pasado de 13 a 3 millones de libras.</div><div style="font-size: 0.95em; font-weight: bold; line-height: 1.5em; margin-bottom: 20px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">Manifestaciones</div><div style="font-size: 0.95em; font-weight: normal; line-height: 1.5em; margin-bottom: 20px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">En febrero se organizaron hasta 40 manifestaciones, además de un llamamiento a la gente para que literalmente vaciara las estanterías, aunque luego debía devolver los libros. "La gente ama y utiliza sus bibliotecas", dice Alan Gibbons, uno de los impulsores de la campaña. "¿No es hora de que el Gobierno rectifique este programa destructivo e indiscriminado de cierres y haga lo mismo?" </div><h3 style="font-size: 1.125em; font-weight: normal; margin-bottom: 5px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 10px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">Un ‘videoclub' de libros para Washington</h3><div style="font-size: 0.95em; font-weight: normal; line-height: 1.5em; margin-bottom: 20px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;">Las autoridades del condado de Washington (Minnesota) están dispuestas a degradar sus bibliotecas a poco más que máquinas de ‘vending'. La ciudad de Hugo será la primera en instalar el sistema denominado Library Express en poco más que un kiosco de autoservicio en el que se pueden solicitar, recoger y devolver materiales de la biblioteca. Los políticos han encontrado en esta suerte de ‘videoclub' electrónico la excusa perfecta para prescindir de la mayoría del personal de las bibliotecas públicas y lograr el equilibrio en sus maltrechos libros de cuentas. </div></div>Jaime Mendeshttp://www.blogger.com/profile/14377094846833275102noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-814758584862974886.post-30735059358777752552011-05-19T02:09:00.000-03:002011-05-19T02:09:19.542-03:00Saiu na mídia #7 Livro em papel sempre terá um mercadoCaro leitor,<br />
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<div style="text-align: justify;">neste início de trabalho no novo emprego, na Cosac Naify, está díficil escrever para este blog. Enquanto não é possível escrever posts meus, permitam-me compartilhar assuntos ligados ao livro e às livrarias publicados na mídia. A entrevista abaixo saiu no <a href="http://online.wsj.com/article/SB130550066595316089.html?mod=rss_americas_portugues">The Wall Street Journal</a> e tem informações bem interessantes.</div><br />
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<div align="justify" class="articlePage"><em>Jeffrey A. Trachtenberg</em> <br />
<strong>The Wall Street Journal</strong> <br />
<div style="text-align: justify;">Poucos executivos do meio editorial têm uma visão mais privilegiada da rapidez com que a tecnologia digital vem transformando o setor do que John Makinson, o diretor-presidente da Penguin Group, a divisão de livros da Pearson PLC.<br />
</div>A editora publica mais de 4.000 títulos de ficção e não ficção no mundo. Decidir como e onde vender todos esses livros está muito mais complicado do que quando Makinson assumiu a presidência, em 2002. Na época, o negócio de livros digitais era pequeno e o impacto de descontos na internet não se fizera sentir em sua totalidade.<br />
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Entre as decisões cruciais de Makinson está a adoção do "modelo de agência": nele, a editora estipula o preço de venda do livro digital e dá ao varejo 30% da receita. Hoje, o modelo está sendo examinado de perto por órgãos de defesa da concorrência nos EUA e na Europa.<br />
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A Penguin também é uma das três grandes editoras por trás do Bookish.com, site anunciado na sexta-feira que se concentrará em novos títulos e autores e venderá diretamente ao consumidor.<br />
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Diretor financeiro da Pearson de 1996 a 2002, Makinson, de 56 anos, também editou por um tempo a coluna Lex no "Financial Times". Recentemente, falou ao Wall Street Journal sobre e-books baratos, leitura digital e livrarias independentes.<br />
<div class="insetContent embedType-image imageFormat-D"><div class="insetTree"><div class="insettipUnit"><img alt="[Penguin]" border="0" height="174" hspace="0" src="http://si.wsj.net/public/resources/images/MK-BL912_PENGUI_D_20110508225457.jpg" width="262" /> <cite>Daniella Zalcman para The Wall Street Journal</cite> <br />
<div class="targetCaption">John Makinson, diretor-presidente da Penguin, acredita que muitas pessoas querem presentear, compartilhar e guardar livros em papel</div></div></div></div>Trechos:<br />
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<strong>WSJ</strong>: O livro impresso, em papel, vai deixar de ser publicado um dia?<br />
<strong>John Makinson</strong>: Não, não creio. Há uma diferença cada vez maior entre o leitor de livros e o proprietário de livros. O leitor de livros quer apenas a experiência de ler o livro e é um consumidor digital natural: em vez de comprar um livro barato descartável, compra um livro digital. Já o proprietário do livro quer presentear, compartilhar e guardar livros. Adora a experiência. À medida que formos melhorando o produto físico, em especial a brochura e a capa dura, o consumidor vai pagar um pouco mais por essa experiência melhor. Outro dia, fui conferir a venda de clássicos em domínio público em 2009, quando todos esses livros estavam disponíveis de forma gratuita. O que descobri foi que nossas vendas tinham subido 30% naquele ano. O motivo é que estávamos começando a vender edições de capa dura — mais caras — pelas quais o público se dispunha a pagar. Sempre haverá um mercado para o livro em papel, assim como creio que sempre haverá livrarias.<br />
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<strong>WSJ</strong>: A seu ver, qual será a participação de mercado do livro digital nos EUA em 2015?<br />
<strong>Makinson</strong>: Bem mais de 30%. O ritmo de crescimento no Reino Unido e em outros mercados é um pouco mais lento do que se esperaria se olharmos para a experiência americana. É que a penetração de aparelhos de leitura se dá muito mais lentamente.<br />
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<strong>WSJ</strong>: A lista de best-sellers do Kindle, da Amazon, é dominada por títulos baratos, bancados pelo próprio autor. Muitos custam US$ 2,99 ou menos. Para editoras tradicionais, essas obras independentes são uma ameaça?<br />
<strong>Makinson</strong>: Esse é um mercado novo que, economicamente falando, é inviável no formato em papel. Não há como imprimir, distribuir e fazer estoque de um livro a esse preço. Mas, como editoras, provavelmente teremos de participar. (...) Além disso, vamos olhar para o catálogo. Talvez haja público para um western de US$ 1,99. É preciso muito cuidado, no entanto, para garantir que esse novo mercado não comprometa as vendas de Clive Cussler, Tom Clancy, Patricia Cornwell e Ken Follett.<br />
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<strong>WSJ</strong>: Qual o maior desafio para as livrarias num momento em que há milhões de títulos em papel à venda na internet e no qual a receita com livros digitais está dobrando?<br />
<strong>Makinson</strong>: O varejo [tradicional] de livros tem futuro. O problema, em grande parte, não é só que há livrarias demais, mas que são muito grandes. Como diversificar a oferta ao consumidor para fazer um uso produtivo do espaço sem perder a experiência de se estar em uma livraria?<br />
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<strong>WSJ</strong>: Livrarias independentes sempre tiveram um papel fundamental no lançamento de obras literárias. Com o crescimento do livro digital e da venda on-line, quantas dessas lojas independentes vão sobreviver, considerando que estão sujeitas às mesmas forças que afetaram redes de livrarias maiores?<br />
<strong>Makinson</strong>: Tenho uma livraria independente na Inglaterra, [a Holt Bookshop, em Norfolk, de cerca de 230 metros quadrados], então tenho um interesse aqui. Não quero soar ingênuo: vai ser muito difícil. Se formos ver as vantagens competitivas estruturais da Amazon em relação a uma livraria convencional, é espantoso. Mas as pessoas estão dispostas a pagar um preço maior numa livraria independente sabendo que podem comprar [o mesmo livro] por menos em outro lugar. É que o consumidor tem um envolvimento emocional com a livraria, sente que a livraria está prestando um serviço público, não só comercial. Não vejo indícios de que as livrarias independentes se tornarão obsoletas.<br />
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<strong>WSJ</strong>: O sr. lê em formato eletrônico?<br />
<strong>Makinson</strong>: Quando viajo, uso um aparelho digital, principalmente para leitura de manuscritos. Se for só para ler livros, provavelmente vou optar pelo Kindle. Mas, se quiser viajar com um aparelho que me dê acesso ao e-mail em trânsito, é possível que leve um iPad. Também leio livros em papel.</div>Jaime Mendeshttp://www.blogger.com/profile/14377094846833275102noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-814758584862974886.post-77145779376228643492011-04-25T20:30:00.001-03:002011-04-25T20:30:00.976-03:00Saiu na mídia #6 O Futuro do Direito Autoral<div style="text-align: justify;">Tendo em vista a importância do tema reproduzo abaixo o que foi publicado originalmente no <a href="http://www.phonobase.com/blog/">Phonoblog</a>. Destaco esta passagem que entendo deva ser o fio condutor da questão dos direitos autorias. <strong><em>"Precisamos falar menos em termos de pirataria e muito mais em termos da <u>ameaça para a viabilidade financeira da cultura no século 21</u>, porque é isso que está em risco se não tivermos uma política de direitos autorais efetiva e devidamente equilibrada."</em></strong> Francis Gurry</div><div style="text-align: justify;">A partir daqui é o texto que está no Phonoblog.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><em>Diante da importância das ideias, argumentos e propostas expostas nesta conferência pelo Diretor Geral da WIPO, Francis Gurry, decidimos traduzir integralmente o texto para o português. Um obrigado a Pena Schmidt pelo repasse do original.</em> </div><div style="text-align: justify;"><em>Tradução de Juliano Polimeno, CEO da Phonobase Music Services</em></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;">Blue Sky Conference: Future Directions in Copyright Law<br />
Queensland University of Technology, Sydney, Australia</div><div style="text-align: justify;"><strong>O Futuro do Direito Autoral<em> (Texto original em inglês “<a href="http://www.wipo.int/about-wipo/en/dgo/speeches/dg_blueskyconf_11.html">The Future of Copyright</a>“)</em></strong><br />
Francis Gurry, Diretor Geral da <a href="http://www.wipo.int/">WIPO</a> (World Intellectual Property Organization)<br />
25 de fevereiro de 2011<br />
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</div><div style="text-align: justify;">Estou muito satisfeito por ter a oportunidade de participar desta Conferência. Parabenizo a Faculdade de Direito da Universidade de Tecnologia de Queensland (QUT) e os principais organizadores da Conferência, Professor Brian Fitzgerald e Ben Atkinson, por assumir o desafio lançado pela sociedade digital.<br />
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</div><div style="text-align: justify;">Poucas questões de propriedade intelectual ou, se me permitem sugerir, de política cultural são tão importantes quanto as consequências da mudança estrutural revolucionária introduzida pela tecnologia digital e pela Internet. Recentemente, como o número de pessoas no mundo com acesso à Internet passa de dois bilhões (1), o apoio para endereçar as consequências dessa mudança fundamental atingiu o nível mais alto. Ambos Sarkozy, presidente da França, e Medvedev da Rússia pediram ao G20 para analisar a questão. Em seu discurso em Davos, no início deste ano, o presidente Medvedev declarou que “os antigos princípios de regulação da propriedade intelectual não estão mais funcionando, principalmente quando se trata da Internet “. Isso, afirmou, “carrega o colapso de todo o sistema de propriedade intelectual”.<br />
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</div><div style="text-align: justify;">A tecnologia digital e a Internet criaram o mais poderoso instrumento para a democratização do conhecimento desde a invenção dos tipos móveis para impressão. Eles introduziram a fidelidade perfeita e custos próximos a zero na reprodução de obras culturais e uma capacidade sem precedente de distribuir essas obras pelo globo a velocidades instantâneas e, de novo, com custos próximos a zero.<br />
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</div><div style="text-align: justify;">A promessa sedutora de acesso universal a trabalhos culturais veio com um processo de destruição criativa que tem abalado os alicerces dos modelos de negócio de nossas indústrias criativas pré-digitais. Subjacente a este processo de mudança há uma questão fundamental para a sociedade. É a questão central da política de direitos autorais. Como a sociedade pode tornar as obras culturais disponíveis para o maior público possível, a preços acessíveis e, ao mesmo tempo, assegurar uma existência econômica digna aos criadores e intérpretes e aos parceiros de negócios que os ajudam a navegar no sistema econômico? É uma questão que implica uma série de equilíbrios: entre a disponibilidade, por um lado, e o controle da distribuição de obras como forma de extrair valor, por outro; entre consumidores e produtores; entre os interesses da sociedade e os do criador individual; e entre a gratificação a curto prazo do consumo imediato e do processo de longo prazo de fornecer incentivos econômicos que premiam a criatividade e fomentam uma cultura dinâmica.<br />
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</div><div style="text-align: justify;">A tecnologia digital e a Internet tiveram, e continuarão a ter, um impacto radical sobre esses equilíbrios. Eles deram um avanço tecnológico para um lado da balança, o lado da livre disponibilidade, do consumidor, do desfrute social e da gratificação a curto prazo. A história mostra que é uma tarefa impossível reverter o desenvolvimento tecnológico e a mudança que ele produz. Ao invés de resistir a isso, temos de aceitar a inevitabilidade da mudança e buscar um engajamento inteligente com ela. Não há, de qualquer forma, outra escolha – ou o sistema de direitos autorais se adapta ao natural avanço que ocorreu ou irá se extinguir.<br />
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</div><div style="text-align: justify;">Adaptação, neste caso, exige, na minha opinião, ativismo. Estou convencido de que uma atitude passiva e reativa aos direitos autorais e à revolução digital acarreta um risco maior de que os resultados da política serão determinados por um processo darwiniano de sobrevivência do modelo de negócios mais apto. O modelo de negócios mais forte pode vir a ser aquele que alcança ou respeita o equilíbrio do direito social na política cultural. Ele também pode, no entanto, vir a não respeitar esses equilíbrios. Os equilíbrios não deverão, em outras palavras, ser deixados ao léu das possibilidades tecnológicas e da evolução dos negócios. Eles devem, sim, ser estabelecidos através de uma resposta política consciente.<br />
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</div><div style="text-align: justify;">Existem, acredito eu, três princípios principais que poderiam nos guiar no desenvolvimento de uma resposta política de sucesso. O primeira deles é a neutralidade para com a tecnologia e os modelos de negócios desenvolvidos em resposta à tecnologia. O objetivo do direito autoral é não influenciar as possibilidades tecnológicas para a expressão criativa ou modelos de negócio construídos sobre essas possibilidades tecnológicas. Também não é seu propósito preservar os modelos de negócios estabelecidos no âmbito das tecnologias obsoletas ou moribundas. Sua finalidade é, creio eu, trabalhar com qualquer e com todas as tecnologias para a produção e distribuição de obras culturais, e extrair algum valor dos intercâmbios culturais possibilitados por essas tecnologias para retornar aos criadores e intérpretes e aos parceiros de negócios envolvidos por eles para facilitar esse intercâmbio cultural através do uso das tecnologias. O direito autoral deve promover o dinamismo cultural, não preservar ou promover interesses comerciais escusos.<br />
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</div><div style="text-align: justify;">Um segundo princípio é o da abrangência e coerência na resposta política. Não acho que exista uma resposta mágica. Ao invés disso, é mais provável que uma resposta adequada venha de uma combinação de leis, infraestrutura, mudança cultural, colaboração institucional e melhores modelos de negócio. Deixe-me comentar cada um desses elementos brevemente.<br />
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</div><div style="text-align: justify;">A Lei foi por muitas décadas, senão séculos, considerada a forma de fazer política de direitos autorais. Ela ainda deve ser o árbitro final, mas sabemos que é um instrumento bastante rígido e limitado no ambiente digital. Nesse ambiente, o volume de tráfego, a natureza internacional ou multi-jurisdicional de tantas relações e transações e o regulamento frouxo do Domain Name System, que permite um elevado grau de anonimato, fazem da lei mera sombra de si mesma no mundo físico, uma força enfraquecida. Suas instituições e seu alcance estão presos em uma gaiola territorial, mesmo que o comportamento econômico e tecnológico tenha rompido essa gaiola já há algum tempo. Em consequência, a cultura da Internet é tal que plataformas influenciam comportamentos, tanto quanto, senão mais, do que as leis.<br />
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</div><div style="text-align: justify;">Reconhecendo a limitação da lei, e sua incapacidade de fornecer uma resposta abrangente, não significa que devemos abandona-la. Existem muitas e importantes questões jurídicas a serem abordadas. Entre elas, creio que a questão da – e aqui eu uso, ou faço uso indevido, deliberadamente de um termo do direito civil – responsabilidade dos intermediários é primordial. A posição dos intermediários é chave. Eles são, ao mesmo tempo, prestadores de serviços, bem como parceiros, concorrentes e até clones de criadores, artistas e seus parceiros de negócio, daí a dificuldade que temos para chegar a uma posição clara sobre o papel dos intermediários.<br />
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</div><div style="text-align: justify;">Como havia sugerido, penso que a infraestrutura é parte tão importante da solução quanto as leis. Vamos ousar dizer que a infraestrutura do mundo da gestão coletiva está desatualizada. Ela representa um mundo de territórios separados onde o titular do direito se expressa em diferentes meios, não o mundo multi-jurisdicional da Internet ou a convergência da expressão em tecnologia digital. Isso não quer dizer que a gestão coletiva ou as sociedades de gestão coletiva não são mais necessárias. Mas elas precisam de reforma e evolução. Precisamos de uma infraestrutura global que permita a concessão simples de licenças globais, algo que torne a tarefa de licenciamento de obras culturais legalmente na Internet tão fácil quanto a obtenção de tais obras ilegalmente. O tempo não me permite entrar em detalhes, mas gostaria de repetir duas mensagens de conferências recentes (2). Primeiro, eu acredito que um registro internacional de música – um banco de dados do repertório global – seria um passo muito importante e necessário no sentido de estabelecer a infraestrutura para o licenciamento global. E, segundo, a fim de ser bem sucedida, essa futura infraestrutura global deve trabalhar com as sociedades de gestão coletiva existentes e não tentar substituí-las. Ela deve proporcionar um meio de liga-las em um sistema global, assim como o Patent Cooperation Treaty (PCT) liga os escritórios de patentes do mundo, ao invés de substituí-los.<br />
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</div><div style="text-align: justify;">Além das leis e da infraestrutura, temos a cultura, e a Internet desenvolveu, como sabemos, sua própria cultura, que viu um partido político, o Partido Pirata, emergir para disputar eleições tendo como plataforma a abolição ou a reforma radical da propriedade intelectual, em geral, e do direito autoral, em particular. A plataforma do Partido Pirata proclama que “[o] monopólio do detentor de direitos de explorar comercialmente uma obra estética deve ser limitada a cinco anos após a publicação. Um termo de cinco anos de direitos autorais para uso comercial é mais do que suficiente. O uso não-comercial deve ser livre desde o primeiro dia.”<br />
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</div><div style="text-align: justify;">O Partido Pirata pode ser uma expressão extrema, mas o sentimento de aversão ou desrespeito à propriedade intelectual na Internet é generalizado. Olhe para a incidência de download ilegal de música. Podemos discutir sobre a melhor metodologia a ser usada para medir esse fenômeno, mas estamos todos certos de que a prática atingiu proporções alarmantes.<br />
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</div><div style="text-align: justify;">Para efetuar uma mudança de atitude, penso que precisamos reformular a pergunta que a maioria das pessoas veem ou ouvem sobre direitos autorais e Internet. As pessoas não reagem ao serem chamadas de piratas. De fato, alguns, como vimos, até mesmo tem orgulho disso. Eles responderiam, creio eu, a um desafio de compartilhar responsabilidade pela política cultural. Precisamos falar menos em termos de pirataria e muito mais em termos da ameaça para a viabilidade financeira da cultura no século 21, porque é isso que está em risco se não tivermos uma política de direitos autorais efetiva e devidamente equilibrada.<br />
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</div><div style="text-align: justify;">O quarto elemento em um projeto abrangente e coerente é a colaboração institucional. Esta é uma área muito delicada, onde qualquer ação pode ter uma influência desproporcional sobre a batalha pelos corações e mentes do público sobre a questão da política de direitos autorais. É também uma área um pouco incoerente, com diferentes abordagens nacionais, algumas enfatizando ações contra consumidores e outras mirando os intermediários; abordagens multilaterais no Anti-Counterfeiting Trade Agreement (ACTA), e algumas ações práticas da indústria ou códigos de auto-regulação.<br />
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</div><div style="text-align: justify;">Acredito que precisamos de maior coerência, se estamos dispostos a fazer progressos nesta área. Precisamos definir com sensatez quais objetivos compartilhamos, começando de forma modesta. Mas estamos muito limitados pela relutância de alguns países para acolher qualquer discussão ou ação internacional nesta área.<br />
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</div><div style="text-align: justify;">O elemento final de um projeto abrangente e coerente são melhores modelos de negócio. Isto está, sem dúvida, acontecendo agora. Mas a história não acabou e, para o futuro, devemos sempre lembrar a nós mesmos que a história do confronto de nosso mundo do direito autoral clássico com o ambiente digital tem sido mais um conto de pesar da resistência Luddite (3) do que um exemplo de engajamento inteligente.<br />
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</div><div style="text-align: justify;">Deixe-me ir para a sugestão final de um princípio orientador que conduza a uma resposta de sucesso para o desafio digital. Creio que precisamos de mais simplicidade nos direitos autorais. O direito autoral é complicado e complexo, refletindo as sucessivas ondas de desenvolvimento tecnológico nos meios de expressão criativa ,da impressão à tecnologia digital, e as respostas de negócios para esses diferentes meios. Corremos o risco de perder nossa audiência e apoio público, se não pudermos tornar a compreensão do sistema mais acessível. Gerações futuras irão claramente se lembrar de muitas das obras, direitos e agentes de negócios de que falamos como bonitos artefatos da história cultural, algo que o disco de vinil tornou-se num espaço muito curto de tempo. A obra digital vai alterar as dimensões. Vemos isso acontecendo com o conteúdo gerado pelo usuário. Também com a impressão 3D ou fabricação por adição de camadas (additive manufacturing) onde o arquivo digital é a tecnologia de fabricação e a fábrica. Este é o reino do céu azul e espero que esta Conferência possa começar a desenvolver as ferramentas para explorar esse céu.<br />
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</div><div style="text-align: justify;">NOTAS:<br />
(1) International Telecommunication Union, <em>The World in 2010: ICT facts and figures</em>.<br />
(2) <a href="http://www.wipo.int/about-wipo/en/dgo/speeches/gurry_china_forum_2010.html">Address at Music: Sounding out the Future</a>, Beijing, November 2011 and <a href="http://www.youtube.com/watch?v=UpI5Kt_OlEA">KeyNote Speech at MidemNet 2011</a>, Cannes, France, January 2011.<br />
(3) Os Luddites foram um movimento social de operários ingleses do início do século 19 que destruíram suas máquinas de trabalho como forma de protesto. Refere-se geralmente àquele que se opõe a mudanças tecnológicas.</div><div style="text-align: justify;"></div>Jaime Mendeshttp://www.blogger.com/profile/14377094846833275102noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-814758584862974886.post-31137951364698784032011-03-04T02:36:00.000-03:002011-03-04T02:36:42.784-03:00A Transformação das Livrarias no Brasil: do livro ao...<div align="justify" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Até o início dos anos 1990 do século passado, quando se pensava em livraria, a imagem que surgia em nossa mente era a de uma espécie de santuário onde nós, leitores, podíamos ter contato com os livros e comprá-los. Passados 20 anos, quando se fala em livraria, qual é a imagem que surge para você?<br />
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<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Hoje nas livrarias, além dos livros, é possível encontrar CDs; DVDs; games; revistas; produtos da linha papelaria, desde um simples lápis a caixas vazias para presente ou para guardar quinquilharias; computadores e toda linha de insumos de informática; TVs e outros eletrônicos; brinquedos; produtos exclusivos, que não livros, com a marca da livraria. Também é possivel tomar café-da-manhã, almoçar, lanchar e jantar. Para além das tradicionais noites de autógrafos, são oferecidos ciclos de debates e palestras. É possível fazer cursos, assistir a pocket shows, recitais de poesia, ir ao teatro e, recentemente, ir ao cinema. Ah, já ia esquecendo, nos fins de semana, ao invés de levar seus filhos para a pracinha, existe a opção de levá-los para as livrarias e participar das diversas atividades oferecidas em muitas delas: contação de histórias, teatrinho de fantoches, teatro infantil, oficinas de ilustração, de dobraduras e modelagem etc, etc, etc.</div><br />
É claro que tudo isso não aconteceu de uma hora para a outra, num piscar de olhos ou estalar de dedos. Foi, e ainda é, um processo de adequação e permanente busca por novas oportunidades comerciais que, na maioria das vezes, só são vislumbradas por poucos. Depois, quem não pensou primeiro, tem que copiar.<br />
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Mas, como chegamos a este momento atual das livrarias? Como começou esse processo da transformação que vivenciamos agora? Em conversa com José Luiz Goldfarb (@jlgoldfarb) via Twitter, tive a confirmação que a Livraria Belas Artes (1979-2006), localizada na Av. Paulista n. 2448, perto da Consolação, foi a primeira a ter café e espaço para eventos. Goldfarb foi o proprietário entre 1985 e 2003.<br />
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Pelo que foi possível apurar, somente em 1996 outras livrarias passaram a ter cafés, fossem eles grandes ou pequenos espaços. Naquele ano a Livraria Argumento no bairro do Leblon, RJ, inaugurou o Café Severino e a Livraria da Travessa, ao inaugurar sua primeira loja em Ipanema, RJ, também ofereceu um espaço com café. Ainda em 1996 foi inaugurada em Belo Horizonte a <a href="http://www.cafecomletras.com.br/">Livraria Café com Letras</a>. Em Brasília, agora em 1998 (12 de julho), foi aberta mais uma livraria com o nome Café com Letras (sem relação com a de BH). No ano 2000 a Livraria Cultura, com a loja do Shopping Villa-Lobos, também passou a ter um café. O que foi tendência, consolidou-se e hoje, qualquer livraria que abre suas portas, seja grande, média ou pequena, de rede ou não, tem um espaço com café.<br />
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As livrarias, principalmente as maiores, foram percebendo que o café ajudava as pessoas a ficarem mais tempo dentro da livraria, o que aumentava a possibilidade de mais vendas. Com isso, esses espaços começaram a ser ampliados e transformados em bistrôs e restaurantes. E, é claro, tiveram que ser terceirizados, para que as livrarias não perdessem seu foco de negócio: o livro.<br />
<br />
O passo seguinte na transformação das livrarias foi a presença de auditórios, sejam eles grandes ou pequenos. Salvo engano, o primeiro foi o da Livraria Cultura, em 2000, no Shopping Villa-Lobos. O Ática Shopping Cultural, inaugurado em 1997 em São Paulo, tinha um espaço para eventos, mas não era um auditório com poltronas ou cadeiras.<br />
<br />
Quem melhor trabalhou a questão dos auditórios até agora e incorporou esse espaço a cada nova loja que abriu, sem exceção, foi a Livraria Cultura. É importante observar que não adianta ter um auditório só para dizer que o tem. Afinal, ocupa um espaço em torno de 70 a 100 m², e esse espaço será bem caro, se não for devidamente utilizado. E ser bem utilizado implica em conseguir que, diariamente, nele sejam realizadas atividades culturais. Para que isso ocorra, há que se ter uma boa equipe de eventos nos quadros da livraria. Portanto, é bem mais complexo do que parece ter um auditório dentro de uma livraria.<br />
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<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Em julho de 2010 já escrevi neste blog sobre as pequenas livrarias (leia <a href="http://livroslivrariaselivreiros.blogspot.com/2010/07/2010-sera-o-inicio-do-fim-das-pequenas.html">aqui</a>). Direcionando agora o olhar para as livrarias de rede, identifico dois grandes modelos de negócio, capitaneados pela Saraiva e pela Cultura. Existem outras redes que desenvolvem trabalhos parecidos, além de comercializarem e oferecerem a seus clientes um espectro semelhante de produtos. Os resultados, pelos mais diversos motivos, variam entre cada uma dessas redes. O certo é que, até agora, <u>todas têm sucesso</u> dentro das suas propostas de negócio.<br />
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Pelo lado do modelo de negócio da Saraiva, identifico semelhanças entre a Fnac, a Livrarias Curitiba e a Leitura (sede em BH). Pelo lado da Cultura vejo semelhanças entre a Travessa e a Livraria da Vila.<br />
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De comum no mix de produtos entre elas, além dos livros, estão os CDs, os DVDs e os games, além de alguns jogos educativos. O modelo de negócio Saraiva e redes semelhantes, opta por oferecer a seus clientes, nas lojas físicas, outros produtos das linhas papelaria, informática, eletrônicos, softwares, telefonia, cine e foto etc. Com isso, é claro que o espaço reservado para a exposição de livros e suas estantes é bem menor. Em algumas megas a área para produtos que não são livros já passa da metade do espaço total da loja. Já o modelo de negócio Cultura e redes semelhantes, aposta em concentrar a oferta de produtos nos livros que, assim, ocupam a maior parte do espaço físico dessas lojas.<br />
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Agora em janeiro e fevereiro foi noticiado que até as megas livrarias dos <a href="http://www.blogdacompanhia.com.br/2011/01/edicao-extraordinaria/">Estados Unidos</a> e <a href="http://www.publishnews.com.br/telas/noticias/detalhes.aspx?id=62201&busca=australia">Austrália</a>, por exemplo, estão fechando as portas. Mesmo o mercado brasileiro sendo bem diferente e ainda tendo muito para crescer, existirá espaço para esses dois tipos de negócio? Se sim, qual dos dois será majoritário?</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
</div> <table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBw4AZVLpkNCWtWmKqzK1iRrZrG6lcKZTI_yM3l839Op307Un0IpaaKL7H7kE7m0yrfy97luUgYx-ctEyYBjXMoNJaIisA_mrflL7ppXhpasJ3i-G5T6c0QaoEETuUvuNKQ6hw-mxYG-4/s1600/Teatro+Eva+Herz+foto+Ari+Brandy.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; cssfloat: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="133" l6="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBw4AZVLpkNCWtWmKqzK1iRrZrG6lcKZTI_yM3l839Op307Un0IpaaKL7H7kE7m0yrfy97luUgYx-ctEyYBjXMoNJaIisA_mrflL7ppXhpasJ3i-G5T6c0QaoEETuUvuNKQ6hw-mxYG-4/s200/Teatro+Eva+Herz+foto+Ari+Brandy.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">foto Ari Brandy</td></tr>
</tbody></table><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Considero o ano de 2007 um marco na mudança de concepção do negócio livraria. Explico-me. Nesse ano é inaugurada a loja da Livraria Cultura no Conjunto Nacional em São Paulo; uma loja de 4.300 m². Até aí nada de mais se junto não viesse a inauguração de um TEATRO dentro da livraria, o Eva Herz. Em 2010, por ocasião do terceiro aniversário, foi divulgado que passaram por esse teatro 100 mil pessoas, nas suas mais diversas atividades culturais como palestras, shows, encontros, trasmissões ao vivo de programas rádio, projeções, leituras, cursos e peças de teatro, de textos infantis e adultos. Essas 100 mil pessoas para chegarem ao teatro passaram por dentro da livraria. Logo, dá para imaginar e com certeza quase que absoluta, que uns 100 mil produtos foram vendidos para essas pessoas.</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Em 2010, em 3 de setembro, a Livraria Cultura volta a surpreender com a inauguração do Cine Livraria Cultura, que faz parte do complexo cultural que vem sendo construído no Conjunto Nacional, na Av. Paulista. Além da grande loja de 4.300 m², ainda existem a loja de Artes e três lojas customizadas e administradas pela Livraria Cultura: a loja da Companhia das Letras, a do Instituto Moreira Sales e a da Record.</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">Voltando à questão do teatro, essa ideia surgiu na Grécia há mais de 2.500 anos e permanece viva nas sociedades atuais. Atrevo-me a dizer que, simbolicamente e no imaginário das pessoas, teatro remete a cultura, assim como cinema remete a diversão. Como em 2010 a Livraria Cultura inaugurou mais dois teatros nas lojas de Brasília e Salvador, e já divulgou que a loja a ser aberta no centro do Rio em dezembro de 2011 também terá um teatro Eva Herz - será o quarto da rede -, creio que este processo confirma a criação de um novo modelo de negócio para o segmento das livrarias.</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;">E qual é ou seria esse novo modelo de negócio? É um modelo de negócio em que o foco é a prestação de serviços dentro de um polo de atrações culturais e não a venda de produtos. A venda do livro será uma consequência. Dará certo?</div></div><div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"></div>Jaime Mendeshttp://www.blogger.com/profile/14377094846833275102noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-814758584862974886.post-2440643489011805112011-02-18T13:30:00.002-02:002011-02-18T13:30:00.588-02:00Saiu na mídia #5 Amazon, WalMart e e-books derrubam a Borders<span style="color: black; font-family: Arial; font-size: 10.5pt; font-weight: normal;">Segunda maior livraria americana pede concordata e vai fechar cerca de 200 lojas.</span> <div style="line-height: 19px; margin: 18px 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><div style="line-height: 12pt;"><br />
</div><div style="line-height: 12pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: Arial; font-size: 10.5pt;">Por Daniela Barbosa da <a href="http://exame.abril.com.br/negocios/empresas/noticias/amazon-walmart-e-e-books-derrubam-a-borders">Exame.com</a>, publicada em 16.02.2011</span></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; line-height: 12pt; text-align: justify;"><br />
</div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; line-height: 12.75pt; text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEif3mxGMIdBKLIj_cOOMtpBmJfXJZ5uVeTOtJyOj1nbFA17hxjI7UmgFJ1P7GrKQF00WZFRUgPOfYlIAPnhY8uxeEOxbHl3PjeRRHYTA_6IZa9CMumOqU9FZAH0vvVkagqZ6p3ah0HMASk/s1600/borders+closing.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; cssfloat: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="212" j6="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEif3mxGMIdBKLIj_cOOMtpBmJfXJZ5uVeTOtJyOj1nbFA17hxjI7UmgFJ1P7GrKQF00WZFRUgPOfYlIAPnhY8uxeEOxbHl3PjeRRHYTA_6IZa9CMumOqU9FZAH0vvVkagqZ6p3ah0HMASk/s320/borders+closing.jpg" width="320" /></a><span style="color: black; font-family: Arial; font-size: 10.5pt;"><em>O Bordes Group, segunda maior rede de livrarias americana, anunciou nesta quarta-feira (16/2) seu pedido de proteção contra falência ao Tribunal de Falência dos Estados Unidos. <br />
<br />
A companhia vai fechar, nas próximas semanas, 30% de suas lojas, isto é, cerca de 200 unidades. A rede tem atualmente 644 pontos de vendas distribuídos em 48 estados americanos. As lojas que vão baixar as portas estão com desempenho abaixo do esperado pelo grupo.<br />
<br style="mso-special-character: line-break;" /></em></span></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; line-height: 14.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: Arial; font-size: 10.5pt;"><em>O e-book (livro digital) e o número crescente de leitores eletrônicos também são apontados como responsáveis pela decadência da livraria, uma vez que a rede não teve capacidade de acompanhar a modernização do varejo de livros nos Estados Unidos. Segundo o The Wall Street Journal, a Borders não conseguiu desenvolver uma estratégia bem-sucedida no meio digital, principalmente em um momento em que o e-book é o segmento que mais cresce no universo editorial.<br />
<br />
</em></span></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; line-height: 14.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: Arial; font-size: 10.5pt;"><em>A rede até chegou a vender alguns modelos de e-books em suas lojas, como o Kobo, o Sony Pocket Edition e o AnyBook, mas nenhum foi capaz de desbancar a fama do Kindle, comercializado pela Amazon, e do Nook, da Barnes & Noble, que criou a sua assinatura no produto.<br />
<br />
</em></span></div><div style="line-height: 14.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: Arial; font-size: 10.5pt;"><em>Desde 2001, a rede vem dando sinais de que os negócios não estão bem. Nos últimos cinco anos, os papéis da companhia apresentaram quedas constantes. A Borders foi obrigada a reduzir de 35.000 para 19.000 o número de seus funcionários. As dívidas do grupo somam mais de 200 milhões de dólares. Cerca de 90% desse valor refere-se a débitos com fornecedores.<br />
<br />
</em></span></div><div style="line-height: 14.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: Arial; font-size: 10.5pt;"><em>No ano passado, na tentativa de se reerguer, a rede reformulou seu site, com a aposta em crescer nas vendas online, mas não foi capaz de desbancar a Amazon . No mesmo ano, a varejista vendeu sua linha de artigos para papelaria por 31,2 milhões de dólares, boa parte do valor foi usado para reduzir dívidas. Nos primeiros nove meses de 2010, a companhia acumulou prejuízo de 143,7 milhões de dólares.<br />
<br />
</em></span></div><div style="line-height: 14.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: Arial; font-size: 10.5pt;"><em>A Borders nasceu como um sebo no início da década de 70, em Michigan. A rede foi criada pelos irmãos Tom e Louis Borders. Em 1992, a varejista, que já tinha se consolidado no mercado de livros, foi vendida para a Kmart, dona também na época da rede de livraria Waldenbooks.<br />
<br />
</em></span></div><div style="line-height: 14.25pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: Arial; font-size: 10.5pt;"><em>Para tentar se reposicionar no mercado e honrar os 40 anos de tradição, a companhia aguarda agora a aprovação do Tribunal de Falência americano da liberação de um empréstimo no valor de 505 milhões de dólares concedido pela GE financeira.</em></span></div></div>Jaime Mendeshttp://www.blogger.com/profile/14377094846833275102noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-814758584862974886.post-33158162792870155552011-02-18T00:28:00.000-02:002011-02-18T00:28:28.832-02:00A Volta do Projeto de Lei 7.913<div style="text-align: justify;">E não é que o <a href="http://www2.camara.gov.br/deputados/pesquisa/layouts_deputados_biografia?pk=97038">Dep. Bonifácio Andrada</a> conseguiu voltar à Câmara dos Deputados! Assumiu, como Suplente, o mandato de Deputado Federal na Legislatura 2011-2015, a partir de 04 de fevereiro de 2011, em virtude do afastamento do Deputado Federal <a href="http://www.tecnologia.mg.gov.br/index.php/institucional/quem-e-quem/secretario-de-estado">Narcio Rodrigues</a>, que se licenciou do cargo para ocupar a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes) de MG.<br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">Em post datado de 2 de Janeiro deste ano intitulado <b>"Projeto de Lei proíbe livrarias de selecionarem os livros que vendem"</b> (<a href="http://livroslivrariaselivreiros.blogspot.com/2011/01/projeto-de-lei-proibe-livrarias-de.html">leia aqui</a>), escrevi sobre esse PL 7.913 que poderia vir a complicar ainda mais o desenvolvimento do mercado do livro no Brasil. Como o Dep. Bonifácio Andrada não foi eleito em 2010, o projeto foi automaticamente arquivado em 31 de janeiro de 2011 (<a href="http://livroslivrariaselivreiros.blogspot.com/2011/02/arquivado-projeto-de-lei-7913.html">leia aqui</a>).<br />
<br />
Dia 15 de fevereiro o Dep. Bonifácio Andrada apresentou o REQ 357/2011 e solicitou o <a href="http://www.camara.gov.br/internet/sileg/Prop_Detalhe.asp?id=486907">desarquivamento</a> do PL 7.913, o que foi concedido pela Mesa Diretora da Câmara dos Deputados<strong> </strong>no dia 17 de fevereiro. <br />
<br />
E, assim, inicia-se mais um round nesta luta para mostrar que o autor do referido Projeto de Lei, não conhece a realidade do mercado editorial e livreiro no Brasil. Seria bom se CBL, Snel, ANL e outras instituições do livro se posicionassem sobre o assunto, antes que se corra o risco de, por um descuido, esse PL virar Lei.</span></div>Jaime Mendeshttp://www.blogger.com/profile/14377094846833275102noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-814758584862974886.post-80251136752995451652011-02-02T01:12:00.000-02:002011-02-02T01:12:22.690-02:00Arquivado Projeto de Lei 7.913<div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">Em post no início de Janeiro deste ano intitulado <b>"Projeto de Lei proíbe livrarias de selecionarem os livros que vendem"</b> (leia <a href="http://livroslivrariaselivreiros.blogspot.com/2011/01/projeto-de-lei-proibe-livrarias-de.html">aqui</a>), escrevi sobre esse PL 7.913 que poderia vir a complicar ainda mais o desenvolvimento do mercado do livro no Brasil. O assunto rendeu bastante no twitter e em vários blogs, além de matéria de Raquel Cozer no Caderno 2 do Estadão, depois reproduzida no seu <a href="http://blogs.estadao.com.br/a-biblioteca-de-raquel/2011/01/13/um-projeto-que-da-o-que-falar/">blog</a>, A Biblioteca de Raquel.<br />
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Pois bem, para felicidade geral do mercado (imagino eu), o tal Projeto de Lei 7.913 do Dep. Bonifácio Andrada foi <u>ARQUIVADO</u>. Como isso aconteceu?<br />
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O período de quatro anos de mandato dos deputados federais chama-se legislatura. Dia 31 de janeiro de 2011, terminou a 53ª legislatura. Pelo Regimento Interno da Câmara, com o encerramento de uma legislatura são automaticamente arquivadas todas as proposições em <a href="http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/POLITICA/192966-PROPOSICOES-EM-TRAMITACAO-NA-CAMARA-SERAO-ARQUIVADAS-NA-SEGUNDA-FEIRA.html">tramitação </a>na Casa. Foram exatas 9.269 e, dentre elas, o PL 7.913. <br />
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Só podem seguir tramitando as propostas que atendam algum dos seguintes itens</span><span class="Apple-style-span" style="color: #333333;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, 'Lucida sans', Helvetica, Arial, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 12px; line-height: 18px;">:<br />
</span></span></span><span class="Apple-style-span" style="color: #333333; line-height: 24px;">a) as que já têm pareceres favoráveis de todas as comissões a que foram distribuídas e as apensadas a elas;<br />
b) </span><span class="Apple-style-span" style="color: #333333; line-height: 24px;">aquelas já aprovadas pelo Plenário em turno único, em primeiro ou em segundo turno e as apensadas a elas;</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: #333333; line-height: 24px;"></span><span class="Apple-style-span" style="color: #333333; line-height: 24px;">c) as de autoria do Senado ou que já tenham tramitado por lá e suas apensadas;</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: #333333; line-height: 24px;"></span><span class="Apple-style-span" style="color: #333333; line-height: 24px;">d) propostas de iniciativa popular, ou elaboradas pelo Executivo, pelo Judiciário ou pelo procurador-geral da República e suas apensadas.<br />
O PL 7.913 não se enquadra em nenhuma delas.<br />
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As propostas arquivadas podem voltar à tramitação caso seu autor seja reeleito e solicite o desarquivamento nos primeiros seis meses da nova legislatura. Como já mencionado no post de 2 de janeiro, o Dep. Bonifácio Andrada <u>NÃO </u>foi reeleito. Ele é o 2º suplente da bancada do PSDB de MG. Portanto, para que o tal PL 7.913 fique de vez arquivado, é torcer para que ele não venha a assumir nenhuma vaga na <a href="http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/POLITICA/192878-CONHECA-A-NOVA-COMPOSICAO-DA-CAMARA-DOS-DEPUTADOS.html">Câmara </a>nos próximos seis meses, seja pela saída (por qualquer motivo) ou morte de dois deputados colegas seus de bancada.</span></div><h3 class="post-title entry-title" style="color: #cc6600; font-family: Georgia, serif; font-size: 18px; font-weight: normal; line-height: 1.4em; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0.25em; padding-bottom: 4px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px;"><br />
</h3>Jaime Mendeshttp://www.blogger.com/profile/14377094846833275102noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-814758584862974886.post-52145561764592886282011-01-30T23:35:00.000-02:002011-01-30T23:35:44.267-02:00Saiu na mídia #4 Mudança no mundo da tradução<div align="justify">Volto novamente ao assunto tradução (veja post anterior <a href="http://livroslivrariaselivreiros.blogspot.com/search/label/tradu%C3%A7%C3%A3o">aqui</a>) para compartilhar o excelente artigo de <a href="http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=626JDB004">Lenke Peres</a> publicado no Observatório da Imprensa dia 30 janeiro de 2011. Portanto o Google Translate e similares não são o caminho. Como destaca o Lenke Peres: "<em><strong>nunca houve tantos canais e ferramentas de comunicação e nunca se comunicou – verdadeiramente – tão pouco e com tão má qualidade</strong></em>." Segue o artigo completo.<br />
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<em>Mudança no mundo da tradução<br />
</em><em>Por Lenke Peres<br />
</em><br />
<em>Sim, o mundo da tradução mudou. Neste mundo de tradutores eletrônicos amplamente disponíveis online, os tradutores profissionais – e, por tabela, a própria língua portuguesa – estão cada vez mais desvalorizados. Uma profissão desde sempre mal remunerada, comparativamente à sua importância cultural e informativa e ao esforço despendido por aqueles que a exercem. Nunca a conhecida expressão traduttori, traditore coube tão bem – mas agora aos tradutores eletrônicos e/ou aos tradutores inexperientes, negligentes ou não profissionais que os usam em suas traduções.<br />
<br />
Certamente não foram os bons tradutores profissionais que introduziram o abominável gerundismo no português brasileiro corrente, vício de linguagem que hoje integra até os textos de jornalistas. E quanto à tradução do termo em inglês plant para "planta", quando dispomos das traduções "fábrica, unidade industrial, unidade de produção, instalações industriais; usina, estação", conforme o caso? Casualty virou "casualidade", em lugar de baixa ou morte. Na área de seguros, o termo comprehensive policy, para designar uma apólice ou cobertura abrangente, completa ou total, virou "apólice compreensiva" (embora muitas seguradoras mostrem que suas apólices não são tão compreensivas assim na hora de pagar as indenizações). No âmbito judiciário, internal affairs virou "assuntos internos", em vez de corregedoria.<br />
<br />
Outro dia, ouvi alguém dizer que ia "marcar um apontamento", em vez de "marcar uma hora/um horário/uma consulta/etc." com alguém. E o que dizer da expressão "nossas vidas" que invadiu a mídia e as legendas e dublagens dos filmes? Em português, falamos, por exemplo, "a melhor época da nossa vida", não "a melhor época das nossas vidas", até porque temos uma vida só (crenças religiosas à parte, pelo amor de Deus, como diz o meu amigo João Ubaldo Ribeiro ao abordar um tópico polêmico em suas crônicas, peço encarecidamente aos discordantes que enviem seus protestos à Redação do OI).<br />
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Hoje, na hora de ler um artigo traduzido nos jornais e revistas ou ouvir o noticiário internacional no rádio ou na TV, o bom tradutor profissional "lê por trás", ou seja, são tantos os erros de tradução que é possível identificar o termo original por trás da tradução incorreta e "ler" o que o autor dizia realmente; embora, às vezes, a tradução seja tão ruim que nem isso é possível.<br />
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Em seu ofício, o bom tradutor sabe que "se não faz sentido para mim, não fará sentido para o leitor". E, apesar de não ser em absoluto remunerado por isso, o tradutor apaixonado por seu ofício pode passar horas pesquisando um único termo até chegar à solução de tradução correta ou mais próxima do significado pretendido pelo autor.<br />
<br />
Porém, o mundo de hoje repele o cuidado e suas primas cultura e experiência em favor do custo baixo e do imediatismo do trabalho. No caso das empresas, muitas vezes orçamentos são pedidos online para anônimos, vencendo aquele que oferece o preço mais baixo e o prazo mais curto, esquecendo-se elas do sábio dito popular de que "o barato sai caro", uma vez que traduções ruins terão de ser revisadas por pessoal interno, devendo o custo desse pessoal (horas gastas na revisão e horas deixadas de trabalhar em sua função original) ser adicionado ao custo do serviço, além de o resultado final do trabalho ficar bem aquém do desejável. Em seus sites, empresas, inclusive as de mídia, não disponibilizam um canal específico para a oferta de prestação de serviços, não possibilitando aos profissionais de tradução apresentarem seu histórico. Na verdade, nunca houve tantos canais e ferramentas de comunicação e nunca se comunicou – verdadeiramente – tão pouco e com tão má qualidade.<br />
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E, por fim, não posso deixar de mencionar a omissão, pela mídia e pelos sites de livrarias e de lojas virtuais, do nome do tradutor da obra por eles mencionada ou comercializada, relegando o tradutor ao anonimato ou então o deixando à mercê da apropriação indevida de sua obra.<br />
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</em>Existem exceções à observação acima. Sites como o da Livraria Cultura e da Travessa exibem o nome dos tradutores dos livros. No caso das editoras, algumas das que têm grande preocupação em ter bons tradutores entre seus colaboradores, como são os casos da Zahar, Companhia das Letras, Editora 34 e Cosac Naify para citar algumas, os tradutores têm seus nomes junto dos autores dos livros.</div>Jaime Mendeshttp://www.blogger.com/profile/14377094846833275102noreply@blogger.com0